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Gênero no Ambiente Escolar

Por:   •  23/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.406 Palavras (10 Páginas)  •  220 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

        

         Nos dias atuais ainda vemos muitas diferenças sociais entre homens e mulheres. Tais diferenças resultam em feminicídios, estupros e constrangimentos diários. Vivemos cercados por tecnologia das mais diversas, mas temos uma sociedade machista, que diminui a voz e os direitos das mulheres diariamente. Caçoam do menino que chora ou que brinca de boneca. A menina que joga futebol é chamada de “Maria Macho”. Essas questões precisam mais do que nunca ser discutidas socialmente.

Podemos dizer que a diferença no tratamento entre homens e mulheres começa desde muito cedo, já na primeiríssima infância. Costumamos presentear bebês do gênero masculino com roupinhas azuis ou verdes, enquanto os tons de rosa e vermelho ficam para os de gênero feminino. Ao entrar na escola, muitas vezes isso é apenas reforçado. Dão para o menino um carrinho ou bonecos de super-heróis para que ele brinque, enquanto para a menina dão bonecas para trocar a fralda ou utensílios de cozinha. Isso reforça a ideia de que existem brinquedos de menina e brinquedos de menino e que a mulher deve ser a responsável por cuidar dos filhos e da casa.         

O Brasil é o quinto país que mais mata mulheres por ano. Apenas por hora, são mais de 500 mulheres vítimas de agressão física. É através da educação e de programas sociais que poderemos mudar este quadro tão absurdo. 

  1. JUSTIFICATIVA

        

        Nos dias atuais ainda vemos muitas diferenças sociais entre homens e mulheres. Tais diferenças resultam em feminicídios, estupros e constrangimentos diários. Vivemos cercados por tecnologia das mais diversas, mas temos uma sociedade machista, que diminui a voz e os direitos das mulheres diariamente. Caçoam do menino que chora ou que brinca de boneca. A menina que joga futebol é chamada de “Maria Macho”. Essas questões precisam mais do que nunca ser discutidas socialmente.

Podemos dizer que a diferença no tratamento entre homens e mulheres começa desde muito cedo, já na primeiríssima infância. Costumamos presentear bebês do gênero masculino com roupinhas azuis ou verdes, enquanto os tons de rosa e vermelho ficam para os de gênero feminino. Ao entrar na escola, muitas vezes isso é apenas reforçado. Dão para o menino um carrinho ou bonecos de super-heróis para que ele brinque, enquanto para a menina dão bonecas para trocar a fralda ou utensílios de cozinha. Isso reforça a ideia de que existem brinquedos de menina e brinquedos de menino e que a mulher deve ser a responsável por cuidar dos filhos e da casa.         

O Brasil é o quinto país que mais mata mulheres por ano. Apenas por hora, são mais de 500 mulheres vítimas de agressão física. É através da educação e de programas sociais que poderemos mudar este quadro tão absurdo.


  1. QUESTÕES:

  1. Por que o tema gênero é difícil de ser abordado nas escolas?
  1.  A distinção ou separação das atividades infantis podem gerar certo preconceito?
  1.  Qual o papel social da escola em romper conceitos antigos sobre diferenças sociais entre homem e mulher?
  1.  Como a instituição de ensino deve abordar este assunto com os pais/responsáveis?
  1. HIPÓTESES

Ainda é muito difícil falarmos sobre questões de gênero nas escolas. Infelizmente, apesar de o Estado ser laico, a Igreja ainda participa ativamente de muitas decisões fundamentais para o desenvolvimento do país, como no debate sobre discutir gênero nas escolas. Quando falamos em questões de gênero, as pessoas imaginam que há uma doutrina que obriga as crianças a mudarem sua orientação sexual; mas devemos lembrar de que todas as crianças devem aprender desde cedo que, independente dos valores familiares e religiosos, é um dever de todos respeitarem as diversidades; e a escola sendo um ambiente construtivo, auxiliará para que questões como essas.

A distinção ou separação das brincadeiras ou brinquedos por gênero podem gerar preconceitos. A criança tem o direito às brincadeiras livres e espontâneas, e o impedimento em relação ao uso de certos brinquedos e atividades podem reforçar algumas ideias negativas, consequentemente construindo preconceitos.

A escola tem o papel de romper conceitos antigos sobre diferenças sociais. A escola e as relações que se nela se estabelecem, têm o poder de reproduzir valores, construir e instituir diversos significados e sentidos sobre os gêneros. Sendo assim ao promover igualdade de gêneros, a escola se torna ainda mais poderosa para o exercício da cidadania e formação de meninas e meninos.

É importante que sempre haja uma parceria entre a escola e os pais, através de trabalhos realizados com os alunos, podemos envolver os pais e de forma indireta desconstruir alguns conceitos

  1. CONCEITO DE GÊNERO

Podemos começar dizendo que gênero é diferente de sexo; apesar de serem vistos como sinônimos pelo senso comum, o sexo é biológico, enquanto o gênero é construído social e historicamente. Ou seja, nascemos macho ou fêmea, mas nos tornamos homem ou mulher. Para exemplificar o conceito de nos tornarmos homens ou mulheres, podemos citar a filósofa feminista Simone de Beauvoir, que aplicou o existencialismo ao conceito e experiência de ser mulher “Ninguém nasce mulher, torna-se” (O Segundo Sexo, vol. 2, pág. 9). A feminilidade é vista como uma aprendizagem cultural ou social. Essa diferença foi constatada pelo psicólogo norte-americano Robert Stoller em 1968 no seu livo “Sex and Gender”, no qual ele introduziu a palavra gênero.

 O sexo é insuficiente para explicitarmos as diferenças sociais entre homens e mulheres, daí o surgimento do gênero, que veio a partir de análises das ciências sociais e de movimentos feministas que contestavam a ideia de essência, recusando assim qualquer explicação relacionada ao determinismo biológico, que pudesse explicar os comportamentos de homens e mulheres. Tal determinismo serviu muitas vezes para justificar as desigualdades entre ambos, a partir de suas diferenças físicas. O que importa, na perspectiva das relações de gênero, é discutir os processos desconstrução ou formação histórica, linguística e social, instituídas na formação de mulheres e homens, meninas e meninos. 

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