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Histórias da Educação Infantil Brasileira - Moysés Kuhlmann Júnior

Por:   •  6/7/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.265 Palavras (6 Páginas)  •  4.562 Visualizações

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Histórias da educação infantil brasileira - Moysés Kuhlmann Júnior

Em seu texto Histórias da educação infantil brasileira, Moysés Kuhlmann procura contextualizar a história das instituições voltadas à educação infantil. O texto inicia fazendo referência ao marco dos 500 anos da chegada de Cabral no Brasil e a formação da cultura brasileira que é constituída por inúmeras outras culturas, povos e raças, e suas diferentes condições sociais. Essas diferenças persistem até os dias de hoje e estão cada vez mais presentes e visíveis em nosso cotidiano.

Com a independência do Brasil e o nascimento da democracia, surge então a iniciativa de projetos criados voltados à educação infantil, mas o período do Regime Militar que se instaurou no Brasil, trouxe prejuízos consideráveis para o povo, inclusive na educação. Já em !988, a educação infantil começa a ser consolidada nas definições da Constituição de 1988 e na, como o autor diz, tardia Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996. A partir daí a legislação nacional passa a reconhecer que as creches e pré-escolas, para crianças de 0 a 6 anos, são parte do sistema educacional, primeira etapa da educação básica. Em 1985, a Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo, Guiomar Namo de Mello, publicou uma carta em uma revista que demostrava a necessidade de se construir uma pré-escola pública e gratuita para atender as crianças de classes populares.

A educação infantil, nesse período, não tinha uma divisão de classes, ela atendia a crianças de 0 a 6 anos de idade, porém, a dificuldade de se conseguir verbas fez com que surgisse as primeiras instituições voltadas para a educação de crianças de 0 a 3 anos de idade, as quais conhecemos hoje como creches, jardins-de-infância, e, escolas maternais, criadas com base nos estudos de Froebel, fundador do jardim-de-infância, na Alemanha, em 1840. Estas instituições foram criadas a partir de modelos vigentes na Europa, posteriormente, os Estados Unidos também foram influência para o Brasil. As concepções da assistência científica, em consenso com as propostas das instituições de educação popular difundidas nos congressos e nas exposições internacionais, já visavam que não deveriam ser feitos investimentos consideráveis na educação voltada para as crianças pobres, e que, a pedagogia vigente, teria que ser a pedagogia da submissão, com o papel de conformar os pobres com sua situação desfavorável e somente prepará-lo para ser explorado socialmente.

A falta de interesse da parte do governo em investir na educação, de enviar recursos tanto para os alunos quanto para a formação de educadores, desde os tempos remotos, reflete até os dias de hoje, piorando a qualidade de ensino, sem estruturas e espaços devidos para a acomodação dos alunos.

Em 1920, em alguns estados, a legislação previa a instalação de Escolas Maternais, com a finalidade de prestar cuidados aos filhos de operários, preferencialmente junto às fábricas que oferecessem local e alimento para as crianças, faziam desde o berçário, o que ocupava as instalações das creches. Aos poucos, a nomenclatura sofre alterações e deixa de considerar a escola maternal como se fosse aquela dos pobres, e passa a defini-la como a instituição que atenderia a faixa etária dos 2 aos 4 anos, enquanto o jardim seria para as de 5 a 6 anos. Posteriormente, essa especialização etária de 0 a 6 anos de idade, nas instituições de ensino, passa a ser classificada em berçário, maternal, jardim e pré.

No decorrer do texto, percebe-se como as políticas discriminavam a educação voltada para as crianças pobres. A Doutrina de Segurança Nacional, da Escola Superior de Guerra, reconhecia em documento de 1976 o alto grau de exploração e desigualdade social existentes em nosso país. Era chegada a hora de buscar uma educação igualitária.

As instituições de educação infantil também eram vistas como instrumento para a libertação da mulher do jugo das obrigações domésticas, como superação dos limites da estrutura familiar; era como se fosse uma de se garantir às mães o direito ao trabalho. Como a mão de obra do trabalho feminino nos setores médios cada vez mais se ampliava, a classe média começou a procurar instituições educacionais para seus filhos, surge, então, a criação de pré-escolas particulares alternativa. O atendimento nas instituições de educação

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