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NÓS SOMOS O QUE CONTAMOS: A NARRATIVA DE SI COMO PRÁTICA DE FORMAÇÃO

Por:   •  31/5/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  980 Palavras (4 Páginas)  •  852 Visualizações

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NÓS SOMOS O QUE CONTAMOS: A NARRATIVA DE SI COMO PRÁTICA DE FORMAÇÃO[1]

Nilda Alves[2]

ESQUEMA DO TEXTO

  • Alves desenvolve a idéia de importância e utilidade das narrativas compartilhadas no meio docente.
  • Segundo Ferraço, essas experiências compartilhadas formam um rico manual pedagógico com o qual aprendemos e ensinamos nossas práticas permitindo assim criação de conhecimento sobre processos curriculares e didáticos.

  • A história passa a ser vista como uma colcha de retalhos.
  • Por ser um processo individual influenciado por diversos fatores tais como a natureza da experiência e o significado subjetivo dela, não existirão memórias iguais.
  • A composição desta colcha de histórias só é possível se for organizado de acordo com as linguagens e os sentidos que já conhecemos, vindos de nossa cultura, da trajetória pessoal e profissional além do próprio tecido memorialista.
  • O aprender do docente segundo experiências passadas.
  • Na experiência que vamos acumulando durante a nossa formação e em múltiplos contextos cotidianos aprendemos gestos, expressões, maneiras, movimentação de corpo, como o professor/professora deve se vestir ou falar, como encaminhar o trabalho com os pais.
  • A memória também é um modo de fuga.
  • Há um sentido psicológico com essas lembranças narradas que tem a ver com a necessidade de compor um passado com o qual possamos conviver (Thomson, 1997).
  • O reconhecimento como processo mobilizador.
  • Este processo possibilita as crises que nos deparamos ao longo vida, pois através dele buscamos imagens no passado e sempre retocadas pelas nossas crenças e nossos interesses atualizados, a todo o momento, nossa realidade de hoje e nossas possibilidades futuras.

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  • Coutinho (1997) nos alerta sobre a sensibilidade que cada pessoa com que conversamos tem para perceber o que queremos dele e, por isso, falar o que acha que estamos esperando que fale.
  • Jamais aqueles com quem conversamos vão se mostrar por inteiro.
  • O fato torna-se relativo de acordo com quem o narra pensa e o que ele pensa que é verdade.
  • De fato não é exclusividade de professores, é um fato que ocorre em todas as ações humanas.

  • Embora vivendo experiências localizadas, os praticantes – com os quais conversamos ou cujos escritos produzidos na escola ou sobre eles mesmos temos a oportunidade de ler – produzem movimentos que levam em consideração as forças locais, trazendo ao que está sendo tecido, naquele momento da conversa e nas ações dos grupos com que estão envolvidos, todas as experiências vividas em outros tantos contextos em que se fizeram e fazem redes de subjetividades (Santos, 1995).
  • Cada relato ouvido e cada texto lido, contando a história desses cotidianos escolares, revela um ‘saber-dizer’ exatamente ajustado a seu objeto (Certeau, 1994, p.153)

RESUMO

De acordo com Nilda Alves, os relatos dos profissionais da Educação escolar são de extrema importância para a história escolar brasileira, principalmente, quando há problemas no sistema.  Estes profissionais ajudam a fortalecer tanto políticas educacionais quanto projetos.  Nas escolas eles acabam vivenciando estes relatos, seja por escritas ou oralmente.

Essas memórias são individuais e podem apenas ser contadas por seres humanos, que possuem o poder de guardar e contar lembranças que nunca podem ser iguais entre dois indivíduos, assim como as impressões digitais (Portelli, 1997, p. 16).
Quando devidamente notados estes relatos são passivos de análise de significados, levando sempre as concepções de memória individual e coletiva, da trajetória e cultura de quem relata.
        Cada autor dessas narrativas trará percepções diferentes sobre cada indivíduo por ele narrado, faz-se notório a manifestação de desejos, anseios, angústias, dissabores, preocupações, revelando assim o que constrói uma realidade, sendo para o narrador altamente fidedigna.
Outros fatores que podem ser analisados são as mudanças que ocorrem durante o relato, as contradições, discordâncias políticas e conflitos que estão envoltos neste ambiente.

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