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O ARTIGO AUTISMO

Por:   •  9/6/2019  •  Artigo  •  3.373 Palavras (14 Páginas)  •  128 Visualizações

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Introdução

Quando falamos em educação de qualidade não se pode deixar de lado o contexto inclusivo desse sistema. A inclusão é uma vertente que deve estar presente em todos os setores da sociedade inclusive na esfera educacional.

Devido a relevância do tema deu se o interesse em realizar um estudo acerca da educação inclusiva com foco na patologia Autismo, no segmento da Educação Infantil.

Diante da realidade atual em que tantas crianças diagnosticadas com autismo consideramos pertinente um estudo acerca das especificidades do atendimento dispensados a essas crianças. Para tal buscaremos além da pesquisa bibliográfica uma pesquisa de campo onde serão observadas crianças autistas inseridas em classes comuns na modalidade da Educação Infantil. Após observação e entrevista com o professor regente de turma buscaremos analisar os dados e fazer um breve relato associado á pesquisa bibliográfica anteriormente realizada.

Entendemos que a inclusão ainda não se faz presente como deveria em todos os âmbitos sociais sejam pelos mais diversos motivos que vão desde o pensamento preconceituoso até a falta de acessibilidade e, a escola, claro não foge a essa regra. O que pretendemos com esse estudo é alem de elucidar a questão do autismo demonstrar como está acontecendo o atendimento da criança com necessidades especiais no ambiente escolar, seja no contexto pedagógico ou nas relações afetivas.

A Educação Infantil, por ser a primeira etapa de escolarização da criança, muito vem a contribuir para a formação intelectual, cognitiva da criança, dessa maneira é essencial que todas as crianças, sem exceções, tenham principalmente nessa etapa um tratamento condizente com suas necessidades. É inaceitável que com todos os avanços tecnológicos e intelectuais que vivenciamos atualmente ainda não se tenha alçado uma educação inclusiva de qualidade.

Diante do exposto o presente estudo é extremamente pertinente por abordar uma tema atual e de relevante importância. Neste sentido buscaremos abordar as diversas vertentes que o atendimento a uma criança autista pode gerar, levando em conta os estímulos da família( no sentido de tratamento externo, fora do contexto escolar) e estímulos educacionais que podem ser utilizados pelo professor regente da Educação Infantil. Sendo assim faremos uma abordagem do autismo em que o tratamento dispensado á criança será nosso principal objeto de estudo.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

História da Educação Especial no Brasil

Diante do estudo do processo da historicidade da Educação Especial no Brasil percebemos que as conquistas vivenciadas atualmente são fruto de uma árdua caminhada ao longo do tempo.

A educação especial é um tema muito abrangente e complexo, pois, envolve preconceitos e exclusão social, ao longo da história pode-se perceber que a deficiência foi tratada em duas fases: a exclusão até o século XV e o período de segregação do século XVI ao XIX.

No período de exclusão social as deficiências eram tratadas como uma deformação humana, as crianças eram eliminadas, exterminadas e abandonadas por causa das suas deficiências. Os mesmos eram tidos como aberrações da natureza que não deveriam conviver em sociedade restando a opção do extermínio como única alternativa.

No período da segregação as crianças com deficiências eram segregadas, agrupadas entre si de acordo com suas deficiências, ou seja, elas eram incluídas em instituições e escolas especiais, mas não em escolas regulares.

Segundo Mazzotta (2005, p. 34)

(...)a história da educação mostra que a forma como eram vistas as pessoas com deficiência, até o século XVIII, o respeito à deficiência era unicamente aliadas ao misticismo o ocultismo, não havia base científica para o desenvolvimento de noções realísticas e nem o conceito de diferenças individuais era compreendido ou avaliado.

As pessoas com deficiência eram tidos como aberrações da natureza e tratadas como fruto do sobrenatural. As diferenças eram relegadas e esses indivíduos marginalizados e excluídos do convívio social.

No Brasil a atual constituição, garante a educação como um direito de todos, mas sabe-se que nem sempre a lei vigora na prática e durante muito tempo a educação regular não fazia parte do cotidiano das crianças especiais.

De acordo com a Constituição Federal do Brasil:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” e enquanto atividade do Estado torna-se instrumento de concretização do programa constitucional, sendo este acesso às políticas educacionais, direito de cada cidadão (BRASIL, p. 135).

A educação especial vem lidando com a educação e aperfeiçoamento de indivíduos que não se beneficiaram dos métodos e procedimentos usados pela educação regular. Neste sentido a sociedade de um modo geral tem responsabilidades em viabilizar o desenvolvimento desses indivíduos de forma que, os mesmos sejam capacitados e qualificados para exercer seus direitos e deveres sociais.

De acordo com MAZZOTTA (1996, p.27):

A evolução da Educação Especial no Brasil pode ser subdividida em dois períodos distintos: de 1854 a 1956 (iniciativas oficiais e particulares) e de 1957 a 1993 (iniciativas oficiais de âmbito nacional). Além disso, em 1600, época do Brasil colônia, o atendimento escolar começou a ser feito com um aluno portador de deficiência física em uma instituição especializada e particular.

No primeiro período a que se refere Mazzotta não havia preocupação com as pessoas com necessidades especiais no cenário nacional embora no referido período foram criadas muitas instituições para atender a crianças cegas, surdas e mudas, mas elas eram tidas como excluídas e eram atendidas de maneira assistencialista. Percebemos então, que na realidade as crianças especiais eram ainda excluídas das demais.

Já no segundo período citado pelo autor destacam-se campanhas voltadas para os portadores de necessidades especiais,patrocinadas pelo Governo Federal, dentre as varias campanhas pode-se citar: CNEC - Campanha Nacional de Educação de Cegos, a campanha para a educação do surdo e do mudo brasileiro – CESB cuja finalidade é: “Promover por todos os meios a seu alcance, as medidas necessárias à educação e assistência, no mais amplo sentido, em

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