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O MÉTODO QUE LEVOU PAULO FREIRE AO EXÍLIO

Por:   •  25/11/2016  •  Dissertação  •  827 Palavras (4 Páginas)  •  552 Visualizações

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CAPÍTULO 2

O MÉTODO QUE LEVOU PAULO FREIRE AO EXÍLIO

         O capítulo se inicia falando sobre a ideia de alfabetização de Paulo Freire, que começou no início da década de 60, onde metade dos nordestinos eram analfabetos.

         Em 1962, o seu método foi aplicado em Angicos no Rio Grande do Norte, alfabetizando 300 trabalhadores em 45 dias. Um ano depois, o presidente João Goulart o convida para repensar a alfabetização de adultos. Em 1964, acontece o golpe militar que interrompeu todo o trabalho já conquistado.

         Freire, se engajou nos métodos de educação popular, sendo um dos fundadores do Movimento de Cultura Popular (MCP), em Recife, onde no final da década de 50, criou os círculos de cultura, ao qual o grupo estabelecia os temas a serem debatidos e os educadores junto ao grupo tratavam da temática com muito diálogo, interação e conscientização.

         Paulo Freire comprovou que os métodos onde educadores e educandos aprendem juntos são mais eficientes e que a participação do sujeito da aprendizagem no processo de construção do conhecimento além de democrático, é eficaz.

         Ele trabalhava nos círculos de cultura fazendo pesquisas, onde o alfabetizador saia do seu campo para relatar tudo que via e ouvia na comunidade. Relatos sobre a vida das pessoas e suas percepções de mundo, com o objetivo de pautar as palavras mais usadas por aqueles a serem alfabetizados.

         Sua técnica de alfabetização nascia como resultante natural da tomada de consciência dos problemas vivenciados pelo grupo.

         Dessa pesquisa, nasciam as palavras e os temas geradores, que precisavam conter todos os fonemas da língua portuguesa, relevância social e significado.

         O seu método desafia o homem e a mulher que se alfabetiza a se apropriarem do código escrito e a se politizarem.

         A palavra geradora funciona como chave e era trabalhada através de ideias de discussão, finalidade da conversa e encaminhamento da conversa.

         A experiência de Freire mostrou que, na língua portuguesa, não são necessárias mais do que 20 palavras geradoras para completar a alfabetização inicial.

         O método passa por três etapas diferentes: etapa de investigação, que é a etapa da leitura do mundo; etapa da tematização, que é a etapa de descoberta de significado das palavras geradoras e a etapa de problematização, onde o aluno é desafiado a superar a visão acrítica do mundo.

         Na alfabetização de crianças, desenvolvida por Madalena Freire, filha de Paulo Freire, a teoria é a mesma, variando o processo. Sobre o seu método aplicado à criança, Freire declarou que o importante é possibilitar que as crianças criem conhecendo e conheçam criando.

         Freire fez crítica as cartilhas em dois pontos. O primeiro era que os professores escolhiam as palavras a serem utilizadas, restando aos alunos memorizar a atividade. E o segundo era que as cartilhas não faziam referência a realidade da criança.

         Com isso, ele criou os Cadernos de Cultura, objetivando a construção de uma sociedade revolucionária, onde os conteúdos programáticos são colocados de uma maneira que os alunos se apropriam deles. Esse processo não chegou a ser feito no Brasil, por causa do golpe militar.

         Em 1987, o método de Paulo Freire foi aplicado com sucesso em algumas escolar municipais em Pernambuco, num projeto chamado Escola Nova. O método foi associado as teorias de alfabetização de Emília Ferreiro.

         Conclui-se que o diálogo para Paulo Freire é essencial na construção do conhecimento, pois precisamos do outro para conhecer. Conhecer é um processo social, e o diálogo é a base desse processo.

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