TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O Seminário em Educação

Por:   •  20/5/2019  •  Resenha  •  889 Palavras (4 Páginas)  •  102 Visualizações

Página 1 de 4

Nome: Pollyanna Rodrigues da Silva

RA: 8078521

Curso: Letras – Português

Disciplina: Seminário em Educação

Ciclo 2 - Atividade de Portfólio

TRAGETÓRIA HISTÓRICA DA ESCOLARIZAÇÃO NO BRASIL

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Estado Novo

1930-1945

Segunda República

1945 – 1965

Regime Militar

1964 - 1985

Redemocratização

1985 – aos dias atuais

Entre 1930 e 1945, a educação brasileira passou por grandes transformações em relação a década anterior.

Observa-se um maior fortalecimento da Igreja e das Forças Armadas no desenvolvimento de um projeto educacional com princípios rígidos, tais como centralização, autoritarismo, nacionalização e modernização, enfatizando a formação do patriotismo.

Período marcado pelo surgimento dos estudos de Paulo Freire, trazendo novas  

formas   de alfabetização da  

população, com um olhar de criticidade social. Para Freira, não basta apenas alfabetizar, mas sim proporcionar uma ampliação da visão de mundo e uma interação com ele. A principal característica desse momento são as reivindicações escolares como estratégia de melhoria da educação, quando o saber e a cultura populares passam a ser valorizados.

Além disso, é nesse período que ocorreu o surgimento da LDB 4.024 de 20/12/1961.

A partir de 1964, a educação passou a ser controlada por uma exacerbação do tecnicismo, pautado pela premissa da disciplinarização, da normatização, do alto rendimento e da eficácia pedagógica para que através desse pressuposto o país pudesse ser considerado participante de uma nova ordem mundial, o que marca a educação por ser através dela que se impõe a ordem nacional, visível também o apoio e incentivo às instituições privadas o que persiste até os dias de hoje, como política do governo neoliberal.

Ocorreram grandes reformas educacionais que buscavam incentivar a proliferação de escolas particulares e um fortalecimento maior dos órgãos de planejamento educacional. O ensino passa a ser pensado, controlado e monitorado de cima para baixo.

A partir da Constituição de 1988 e da LDB 9.394 de 26/12/1996, a educação passa a ser vista como um direito público subjetivo, art. 5º, centrado no princípio da liberdade.

Nesse período há gradativamente uma diferença na abordagem do Estado e a escolarização passa a ser vista como um processo de construção coletiva, contínuo, permanente e de formação dos indivíduos.

O momento é representado por políticas públicas que tentam minimizar os débitos históricos em educação, e que ainda colocam o Brasil como país em desenvolvimento, mas com um atraso escolar.

OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL E A ESCOLARIZAÇÃO

A construção da Educação brasileira iniciou-se com a alfabetização e catequização dos indígenas, realizadas pelos padres jesuítas com o objetivo de colonizar o território ocupado por Portugal.

A partir do século XVIII, através das Reformas Pombalinas, a educação no Brasil passou a ser regulamentada pelas leis portuguesas. Com isso, ocorreu o fechamento dos colégios jesuítas e a Língua Portuguesa passou a ser a oficial do Brasil, proibindo o uso do Tupi Guarani e de todos os outros dialetos indígenas. Neste momento, as aulas escolares ainda eram proibidas às mulheres e a profissão docente era também restrita a indivíduos do gênero masculino.

A influência jesuíta, com seu método tradicional de ensino, perdurou durante muito tempo na educação brasileira. Foi somente no século XIX que se observou uma tendência geral de redução do papel da Igreja na formação escolar, aumentando o papel do Estado.

No Brasil Imperial, a escolarização não desempenhava apenas um papel de formação, mas também era responsável por agregar outros conhecimentos e valores, principalmente a inserção social. Assim, encontramos a presença de diversos métodos de ensino e novas práticas pedagógicas.

 Com o surgimento da República, os colégios e grupos escolares buscavam atender as necessidades de uma nova nação, baseada em valores liberais europeus. Na proposta republicana, para tentar se distanciar do fracasso educacional do Império, foi de essencial importância o desenvolvimento da Escola-Modelo, que funcionava nas Escolas Normais, inicialmente em São Paulo e que depois serviram de exemplo educacional para todo o país. Estas instituições se diferenciavam por apresentarem edificações planejadas e uma forte proposta pedagógica.

A partir do início do século XX, vários movimentos sociais (principalmente organizações de trabalhadores) já sinalizavam pela necessidade de uma educação universal. Em 1920 ocorre a fundação da Associação Brasileira de Educação (ABE), com o objetivo de fomentar debates para a construção e consolidação da educação republicana.

A partir da análise do desenvolvimento das políticas educacionais e dos movimentos sociais no Brasil, podemos afirmar que a escolarização sempre esteve ligada ao poder, e o conceito de “educação” sempre se transformou a partir dos interesses da classe dominante, sejam estes políticos ou econômicos.

Dessa forma, observamos que não há uma continuidade e aprofundamento das propostas, pois não foram construídas a partir de um planejamento comum e com objetivos coletivos.

O cenário atual da educação no Brasil é fruto de uma trajetória difícil e contraditória. Ainda se observa a necessidade de instituir políticas públicas que articulem os diversos níveis de ensino, as diferentes ideologias e, acima de tudo, que garanta a educação para todos independente de interesses próprios, mas sim a partir de ideais coletivos e democráticos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- BARROS, M.C.M.S.; OLIVEIRA, K.A.V. Educação e processos de escolarização no brasil: Trajetória histórica in História da educação: intelectuais, memória e política / Demerval Saviani... [et al.]. – Campinas, SP: HISTEDBR-FE/ UNICAMP, 2011.

- GONÇALVES, N. G. Constituição histórica da educação no Brasil. Curitiba: Intersaberes, 2013.

- GOHN, M. G. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação, v. 16, n. 47, p. 333-361, maio/ago. 2011.

- LOPES, E.M.T.; FARIAS FI LHO, L.M.; V EI GA, C. G.  500 anos de educação no Brasil. 3ª edição.  Belo Horizonte: Autêntica, 2003

...

Baixar como (para membros premium)  txt (6.3 Kb)   pdf (95 Kb)   docx (10.4 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com