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O Tempo e o Espaço de Brincar na Educação Infantil

Por:   •  22/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.212 Palavras (13 Páginas)  •  409 Visualizações

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    Resumo

    O presente trabalho tem como objetivo conhecer sobre a organização do tempo e o espaço físico no dia-a-dia da Educação Infantil, observar e entender a importância atribuída aos professores que atuam nesta área quanto às atividades que desenvolvem junto a seus alunos. Também se propôs verificar as concepções dos professores quanto às atividades desenvolvidas e seus benefícios para os alunos através do brincar. Além disso, buscou-se, analisar as repercussões do brincar na prática pedagógica na Educação Infantil e identificar fatores que influenciam na maneira como as crianças brincam atualmente sendo que para o desenvolvimento deste trabalho optou-se pela pesquisa bibliográfica.

    Os resultados indicam que é possível aderir, sem receio, que o brincar é, precisamente, a atividade na qual a implementação de novas estratégias é a melhor maneira de alcançar os objetivos, frente à complexidade da realidade imposta na atualidade. Desta forma, esta proposta de investigação vem ao encontro da valorização e organização do tempo e espaço para as brincadeiras, com a intenção de resgatar essa importância no processo de ensino aprendizagem, que ultrapassa os limites da rotina diária da sala de aula.

    PALAVRAS CHAVE: Educação infantil, Tempo, Espaço.

     INTRODUÇÃO

    O brincar é uma atividade relevante junto às demais expressões do ser humano, como a arte, o desenho, etc. através da brincadeira podem-se conhecer e exercitar o mundo acrescentando fantasia e realidade num mesmo espaço de expressão. Ou seja, a criança leva para esta atividade suas percepções de mundo e assim aprende sobre modos de convivência comportamentos sociais, papéis sociais, etc.

    Através das brincadeiras as aprendizagens tornam-se significativas, pois enquanto brinca a criança vivencia situações a partir do seu ponto de vista e pode se colocar no lugar do outro quando, por exemplo, representa o papel de sua mãe, da professora e outros tantos.

    A motivação está em ser a construtora do enredo que se desenvolve de forma criativa e espontânea pela criança, dando a história o fim que ela deseja. Além de um espaço criativo, enquanto constrói a brincadeira a criança também classifica, ordena idéias, opera lógica, faz previsões e enfim constrói conhecimento.

    Diante de tantas possibilidades expressas no brincar justifica-se a necessidade urgente da educação utilizar tais manifestações infantis em sala de aula acrescentando a elas os conteúdos referentes a faixa etária indicada. No caso da Educação Infantil os Referenciais Curriculares para esta faixa etária, consideram o brincar enquanto eixo norteador de propostas significativas a criança, reconhecendo assim sua eficiente aplicabilidade na escola.

    No entanto, nem sempre é isto que vemos em tantas realidades de educação Infantil e, na maioria das vezes o brincar está presente, mas de forma desarticulada às demais atividades, quando não utilizado como uma atividade de menor valor, para ocupar espaços como a espera para o lanche, intervalo entre uma atividade e outra, ou na hora de esperar pelos pais buscarem as crianças.

    A partir disto podemos problematizar duas questões:

    1. Se a atividade lúdica é o que torna significativo a expressão das crianças da educação infantil, como educadores têm organizado o tempo e o espaço para as brincadeiras na educação infantil?

    2. como integrar o lúdico junto à rotina da educação infantil?

    Através do RCNEI (1998) o governo procurou desenvolver as práticas dessa atividade, sendo esses parâmetros legais um alerta a urgente necessidade de se organizar a pratica do movimento infantil a fim de reunir um maior número de benefícios partindo dessa vivência para os educadores.

    A partir disto então objetiva-se com este trabalho compreender através de diversos autores um pouco sobre a efetividade do lúdico na aprendizagem da criança da Educação Infantil, conhecer como a rotina na Educação infantil pode estar organizada de modo que o tempo e o espaço das brincadeiras estejam integrados ao cotidiano escolar e como o professor pode contribuir para o enriquecimento da atividade lúdica da criança.

    Para isso utilizaremos como metodologia a pesquisa bibliográfica, recorrendo a livros, periódicos, artigos na internet, a fim de compreendermos melhor a presença das brincadeiras na Educação Infantil.

    Esta contribuição esta em possibilitar aos professores da educação infantil um espaço de reflexão sobre as suas práticas, esperando assim uma conscientização acerca da importância do brincar na escola. No entanto, não fechamos aqui as idéias apresentadas, mas abre-se para futuras reflexões que poderão contar com o que aqui foi produzido.

    CAPÍTULO 2

O brincar nem sempre é visto como uma prática norteadora das propostas na Educação Infantil. Isto pode acontecer, pois muitos educadores não entenderam ou não tiveram disciplinas em sua formação, que lhes ajudassem compreender a riqueza que há na criança colocar-se de forma lúdica nas atividades. Assim, quando chegar a hora de assumir uma sala de aula organizará o espaço e o tempo destinado ao lúdico de forma deslocada. De um lado atividades conteudistas e de outro o brincar como algo espontâneo à criança, não situando a brincadeira como eixo de suas propostas.

    Apresentaremos, neste capítulo, uma breve contextualização sobre a infância e o brincar, questões relativas ao tempo e ao espaço do brincar, o brincar e as aprendizagens das crianças e, o papel do educador dentro deste contexto.

    2.1 HISTÓRICO DA INFÂNCIA

    Uma das contribuições mais importantes sobre a historia da infância, foi dada pelo historiador francês Ariès (1981), com enfoque na história das mentalidades, principalmente no que diz respeito à condição e natureza histórica e social no ser criança. Este autor analisou como se constituiu o conceito de infância a partir da análise de obras de arte e literatura, onde eram retratados hábitos, vestuário e algumas situações da vida social.

    Segundo Ariès (1981, p.50), até o século XII, a arte medieval desconhecia ou não retratava a infância, não existia nenhum sentimento diferenciado do ser criança. De acordo com o autor. “ O sentimento da infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças, corresponde à consciência da particularidade infantil, essa particularidade que separa essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem”.(Ariès, 1981, p.156). Ela era tratada sem distinção do mundo adulto, sendo representada em obras de arte como um homem ou mulher em miniatura.

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