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Oportunidades para ensinar a ação na orientação do processo de aquisição da base alfabética do sistema escrito nas instalações das premissas construtivistas: a "Revisão de Escrita"

Pesquisas Acadêmicas: Oportunidades para ensinar a ação na orientação do processo de aquisição da base alfabética do sistema escrito nas instalações das premissas construtivistas: a "Revisão de Escrita". Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/8/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.067 Palavras (5 Páginas)  •  338 Visualizações

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Todos que estamos na área da educação nas séries iniciais do Ensino Fundamental, reconhecemos que uma mudança significativa nas concepções de aprendizagem e ensino da língua escrita vem ocorrendo desde os anos 80.Essa mudança decorre principalmente da Psicologia Genética piagetiana que na década de 80 traz uma nova compreensão do processo de aprendizagem da língua escrita, através das pesquisas e publicações de Emília Ferreiro. Tal fato obrigou a uma revisão radical das concepções do sujeito aprendiz da escrita e de suas relações com esse objeto de aprendizagem, a língua escrita.

Se por um lado essa mudança ocorreu e é realmente significativa, por outro percebemos que ela não atingiu a totalidade dos professores que atuam com classes de alfabetização no Ensino Fundamental, do Pré III até 2ª série,ensino de 9 anos.

Atualmente, defrontamos com basicamente dois tipos de professores alfabetizadores: o professor que valoriza o produto- final ( ler e escrever ) e entende- o como aquisição de habilidades ( coordenação- motora, discriminação visual, auditiva, etc) e uma segunda corrente que entende a alfabetização como a compreensão do modo de construção do conhecimento, daí a valorização das hipóteses que a criança desenvolve sobre a escrita.

Essas duas concepções determinam as diferenças na prática pedagógica e nos resultados que as crianças alcançam.

Como professora alfabetizadora dediquei muitos anos a primeira vertente acima apresentada ( o professor que valoriza o produto- final) até que comecei a questionar a eficácia do método utilizado e iniciei um ciclo de mudanças: esta ou aquela cartilha, este ou aquele material ou até a mistura deles.

É claro que esta situação de indecisão refletia também um sistema educacional que é falho ao capacitar seus professores, mas não é esse aspecto que pretendo focalizar no momento.

A verdade é que em dado momento da minha profissão optei pela segunda vertente: “entender a alfabetização como compreensão dos meios que a criança utiliza para representar a construção do seu conhecimento sobre a língua escrita” (Kramer,1986).

Isso significou entender o processo evolutivo dos meus alunos, tornando-se assim, imprescindível conhecer determinados aspectos desta evolução, essenciais para uma prática pedagógica consciente.

Eis porque escolhi relatar neste texto uma das possibilidades de ação docente na orientação do processo de aquisição da base alfabética do sistema de escrita, dentro dos pressupostos de pressupostos construtivistas: a Sondagem da Escrita.

A Sondagem da Escrita é um recurso essencial para o professor alfabetizador, pois permite identificar quais hipóteses as crianças têm acerca do funcionamento da língua. Só assim o professor estará apto a realizar mediações que permitam efetivamente a construção da base alfabética da escrita.

Faz-se, portanto, necessário apresentar uma breve análise dos níveis conceptuais lingüísticos, os quais apresento com a nomenclatura mais conhecida entre os professores:

1-Nível Pré - silábico

a) Fase Pictórica: a criança registra garatujas e desenhos.

Exemplo: > # ¨ {(FLOR) __))00 (MESA)

b) Fase Gráfica Primitiva: a criança registra símbolos ou letras misturadas com números.

Exemplo: NO21 (CARRO) WRV6N (ÁRVORE)

c) Fase Pré-Silábica: a criança começa a diferenciar letras de números, desenhos ou símbolos. Exemplo: TRAQ (CASA) AIVNOAXE (ABACAXI)

2. Nível 2: Silábico: a criança conta os “pedaços sonoros”, isto é, as sílabas, e coloca um símbolo (letra) para cada pedaço. Essa noção de cada sílaba corresponder a uma letra pode acontecer com ou sem valor sonoro convencional.

Por exemplo: AO ( GATO ) ou GT ( GATO ) c/valor sonoro

LI (GATO) ou EI (GATO) s/ valor sonoro

3. Nível 3: Silábico- Alfabético: é um momento conflitante, pois a criança precisa negar a lógica do nível silábico. É quando o valor sonoro torna-se imperioso, e a criança começa a acrescentar letras principalmente na primeira sílaba.

Por exemplo: TOAT (TOMATE)

4. Nível 4: Alfabético: a criança reconstrói o sistema lingüístico e compreende a sua organização.

Exemplo: ela sabe que os sons L e A são grafados LA e que T e A são grafados TA e que, juntos, significam LATA.

5. Ortográfico : a criança apresenta-se na fase alfabética e necessita de intervenção do professor na ortografia.

Exemplo : conheceno;convesa;lipesa;,vamus; pasarino;aí ele passo lá; aí ele foi juto

o pedlero é ipotate pala noise.

meupaiconeçel um muler oteme. (hipersegmentação) de mais

o pa as ri no fo avu andu no cel. (hiposegmentação) de menos

REALIZANDO UMA SONDAGEMAS INVESTIGAÇÕES SOBRE A PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA PERMITEM AO PROFESSOR ATUAR COMO MEDIADOR NO PROCESSOR ENSINO-APRENDIZAGEM E FORNECER PISTAS PARA O APRENDIZ TORNAR-SE ALFABÉTICO.NESSE PROCESSO, A SONDAGEM DIAGNÓSTICA CAPACITA O EDUCADOR A CONHECER AS HIPÓTESES DAS CRIANÇAS ENVOLVIDAS.PARA REALIZAR UMA SONDAGEM ESCOLHE-SE QUATRO PALAVRAS (UMA POLISSÍLABA,UMA TRISSÍLABA,UMA DISSÍLABA E UMA MONOSSÍLABA,NESTA ORDEM) E UMA FRASE DE UM MESMO CAMPO SEMÂNTICO.UMA DAS PALAVRAS DITADAS ANTERIORMENTE DEVE APARECER NESTA FRASE.

EXEMPLO": Lista de animais

DINOSSAURO

JACARÉ

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