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Os Fundamentos da Filosofia

Por:   •  19/11/2019  •  Seminário  •  957 Palavras (4 Páginas)  •  143 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

FUNDAMENTOS DE FILOSOFIA E EDUCAÇÃO

BELÉM – PARÁ

2018

FUNDAMENTOS DE FILOSOFIA E EDUCAÇÃO

Trabalho apresentado a Universidade Paulista – UNIP, como requisito para a aprovação na disciplina de Fundamentos de Filosofia e Educação, sob a orientação da professora Andreia.

BELÉM – PARÁ

2018

  1. O NAZISMO COMO MITO POLÍTICO
  1. Contexto

Vladimir Fernandes (20102) aborda O nazismo como mito político sob a perspectiva do pensador alemão Ernst Cassirer que afirma que a Alemanha apresentava condições favoráveis para se desenvolverem os mitos políticos. Para melhor entendimento, faz-se necessário conhecer o contexto histórico que favoreceu o surgimento do Nazismo.

 Após a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha se encontrava em uma profunda crise econômica e política, oriundas de sua derrota que impôs diversas sanções ao país, incluindo a perda de territórios e colônias, a proibição de armamentos pesados e fortes indenizações. Consequentemente a nação tornou-se enfraquecida e politicamente instável, houve o aumento do desemprego e da inflação, e grande ressentimento pela derrota. Foi em meio a essa crise que surgiu o partido Nazista, que afirmava retomar o crescimento do país através de um Estado forte.

Caracterizado por ser um regime totalitário e ideológico, o Nazismo fez com que se perdesse a liberdade de pensamento, liberdade de expressão, fazendo com que cada um se ajustasse ao que lhe era imposto, impedindo sua liberdade, segundo Fernandes(2012). A ideologia nazista era baseada em princípios como: Antiliberalismo , Anticomunismo , Nacionalismo extremo , Militarismo , Superioridade racial , Antissemitismo. (NEVES)

Diante desse contexto, Fernandes (2012) destaca a afirmação de Cassirer a qual diz que o colapso da Alemanha culminou em um ambiente propício para a invenção e uso de uma nova técnica, que faria o Nazismo ter triunfo, a chamada mito político.

  1. MITO POLÍTICO VERSUS MITO PRIMITIVO

Cassirer segundo Fernandes (2012), considera que a ascensão do Nazismo deu-se principalmente pela técnica abordada por seus líderes, chamada mito político. “O mito é impermeável à reflexão crítica.”(FERNANDES,2012, p.113). Visto seu caráter de incontestabilidade, o mito político é forjado intencionalmente com o intuito de atingir finalidades previamente estabelecidas, diferentemente do mito primitivo que não são fabricados intencionalmente, são espontâneos.

De acordo com Fernandes (2012), Cassirer considerava que os mitos políticos visavam a princípio a mudar o interior dos homens para então controlá-los e que sua atuação dava-se após ter eliminado qualquer ideia contrária a seus princípios. Os conteúdos míticos eram trabalhados voltados para os interesses da doutrina nazista, embasados na racionalidade técnica. Para difundir seus propósitos, utilizou-se de todos os recursos disponíveis: rádio, televisão, cinema, jornal, etc.

O autor apresenta a técnica do mito que é composta de quatros partes, sendo que ambas tem o mesmo objetivo: “a proibição do pensamento independente e a discussão crítica”(KROIS,1987 apud FERNANDES,2012, p.31). Sendo elas:

(1) a manipulação da linguagem para prevenir ou limitar a comunicação, (2) a ritualização da ação para eliminar a diferença entre esfera publica e privada, (3) a eliminação de todos os valores ideais e a substituição deles por imagens concretas de bem e mal para prejudicar todas as decisões, e (4) a reinterpretação de tempo e historia como “destino”, que prove a última justificação de submissão pessoal. As primeiras duas técnicas limitam a espontaneidade do pensamento e ação; os dois posteriores proveem um substituto para eles. (KROIS,1987apud FERNANDES, 2012, p. 31)

Na visão de Cassirer mostrada por Fernandes (2012), o primeiro passo foca-se na função da linguagem, a qual almeja despertar a emoção das pessoas , para assim conquistá-las e alcançar o objetivo de eliminar qualquer discussão crítica, o que é possível através da alteração da linguagem semântica para a mágica. No segundo passo, a ritualização da ação busca regular todas as atividades e impedir o pensamento crítico, equiparando a esfera pública da esfera privada.

O terceiro passo  mostra , na concepção de mal e bem, a união da sociedade em torno de um valor supremo a exemplo da superioridade de uma raça sobre as demais. E por fim ,no quarto passo  , utiliza-se da arte da profecia para atingir os desejos políticos almejados, nesse passo utiliza-se da emoção e imaginação para se atingis os objetivos esperados.

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