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Pensamento Pedagogico Brasileiro Capitulo

Por:   •  2/10/2019  •  Resenha  •  933 Palavras (4 Páginas)  •  248 Visualizações

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No segundo capitulo de seu livro, Gadotti aborda a pedagogia militante de Paulo Freire. De acordo com o autor, Freire sempre parte do contexto social, político e econômico para fazer suas analises, no livro Educação como pratica da liberdade, o autor mostra o papel político que a educação pode vir a desempenhar em uma sociedade, imaginando uma nova realidade, sendo esta a “sociedade aberta”, onde as classes dominantes não conduziriam nada, ou seja, a mudança só viria através da condução da sociedade pelas classes populares.

A construção de uma “nova” sociedade não poderá ser conduzida pelas elites dominantes, incapazes de oferecer as bases de uma política de reformas, mas apenas pelas massas populares, que são a única forma de operar mudança. (GADOTTI appud FREIRE, 2004, p. 32).

Freire acreditava que através da educação, as massas chegariam ao poder, na obra citada, fala sobre o conceito de consciência transitiva critiva, sendo isso, a consciencia desafiadora e transformadora. Mas, para chegar nesse estado de consciência, é necessário a criticidade, a fala, a vivencia. O dialogo existente entre a classe dominadora é exclusivo, não permite que as massas dialoguem juntamente. Na pedagogia dominante, o aluno apenas escuta e obedece. “A dificuldade de praticar o dialogo esta na própria estrutura social, fechada e opressora, que leva o educando a considerar-se (interprojetando a opressão, “hospedando-a”) “ignorante absoluto e natural.” (GADOTTI appud FREIRE, 2004, p.32).

Freire busca um dialogo contrario ao dialogo do elitismo, prezando o amor, humildade, esperança, fé e confiança. Busca uma relação professor-aluno em que a condição do estudante é importante no método do ensino, ou seja, uma cultura vinculada ao interesse dele.

O que da embasamento a teoria de Freire é a sua pratica pedagógica, nesse livro o autor apresenta o seu método histórico e global, onde o educando se descobre como um sujeito do processo histórico através da educação como um processo de humanização. O ponto de partida é o universo vocabular e as palavras geradoras, extraídas da sua própria vivencia, da parte para o todo, do empírico para o abstrato.

Freire não separa método, teoria e pratica, para ele, tudo isso deve andar junto. As elites intelectuais são excludentes, e recorrem à violência quando se sentem ameçadas, as classes médias, procurando se igualar a elite, acabam acatando a ordem delas, ou seja, a mudança virá através das massas populares. O autor vê a alfabetização como uma grande arma para essa “revolução”, por isso, as elites tentam impedir o acesso do povo a educação.

A pedagogia libertadora é aquela que se preocupa com a transformação social.

O autor esboça, assim, a sua “pedagogia libertadora” como aquela pedagogia comprometida com a transformação social, que é, primeiramente, “tomada de consciência da situação existencial” e, imediatamente, práxis (ação mais reflexão) social, engajamento e auto critica. ( GADOTTI appud FREIRE, 2004, p.34).

Nesse processo, o aluno também deve lutar contra os seus preonceitos, preconceitos que existem graças as elites, que manipulam a cabeça da massa.

Na obra Pedagogia do oprimido, o autor complementa essa idéia com uma visão de classe mais acentuada, com uma critica a educação bancária, que tem como objetivo, a opressão do aluno.

Na concepção bancaria (burguesa), o "educador é o que sabe, os educandos os que nao sabem"; "o educador é o que pensa e os educandos os pensados"; "a educador é o que diz a palavra e os educandos os que escutam docilmente"; "o educador é o que opta e prescreve sua opcao e os educandos os que seguem a prescrissão”; "o educador escolhe o conteado programatico e os educandosjamais são ouvidos nessa escolha e se acomodam a ela"; "o educador identifica a autoridade funcional, que lhe compete, com a autoridade do saber, que optõe antagonicamente a liberdade dos educandos; estes devem adaptar-se as determinações daquele"; e, finalmente, "o educador é o sujeito do processo; os educandos, meros objetos". (GADOTTI appud FREIRE, 2004, p.35)

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