Plano Infalível

Plano “Infalível”

O atual Plano Nacional da Educação (PNE), cujo objetivo é melhorar a base estruturante da educação brasileira, servindo-se como guia, resume-se em 10 diretrizes e 20 metas com estratégias que devem ser cumpridas num prazo de 10 anos.

O Plano Nacional de Educação tem como prioridades: elevar o nível de escolaridade da população, a ponto de erradicar o analfabetismo; melhorar a qualidade de ensino, criando condições de suporte educacional e profissional para o desenvolvimento qualitativo do ensino; e reduzir as desigualdades educacionais.

Além das prioridades gerais do PNE, o mesmo apresenta metas específicas para cada setor de Ensino – básico, fundamental, médio, técnico, superior e EJA – considerando a qualidade e inclusão social e trabalhista, juntamente com a valorização dos docentes através de um plano de carreira melhor e uma formação mais qualificada de fácil acesso, tudo incluso num maior financiamento educacional no país.

Desde a sua vigência em 2011 até os dias atuais, ainda não se percebeu evolução significativa de suas metas, uma vez que muitos gastos foram feitos e erros cometidos. Comparando-se o PNE atual com o anterior – vigência nos anos de 2001 a 2010 –, o de agora apresenta maior objetividade, mesmo abordando vertentes não mencionadas e pouco discutidas nas 295 metas, contudo, tanto na versão passada quanto na atual, os tópicos mostram-se repetitivos e tornam a leitura do documento estritamente maçante.

Sem desconsiderar os méritos e mudanças que o novo PNE vem trazendo para a educação, suas metas estão meio distantes da realidade ao se deparar com o sistema de governo corrupto existente no Brasil. Nos anos referentes à versão anterior do PNE, a educação recebia uma verba em torno de 5,3% do PIB brasileiro e, hoje, a verba destinada à educação gira em torno de 10%, ou seja, se, antes, com uma porcentagem menor, já havia desvios dessas verbas, imagina agora que a porcentagem é maior.

A nova edição do PNE está mais bem elaborada, no entanto, em relação à sua aplicação, precisa-se agir com sabedoria, pois a realidade de cada região brasileira é muito distinta, as diferenças socioeconômicas de cada região são profundas. Assim, pode-se deduzir facilmente que o norte e o nordeste não terão tantas condições para atingir as metas do novo Plano Nacional de Educação, a menos que a União auxilie-os financeiramente.

        O PNE veio para mudar a educação do Brasil para melhor, mas, para que isso aconteça, de fato, a população precisa cobrar mais políticas e ações do governo. Dessa forma, o Plano pode vir a funcionar na íntegra e não sejam apenas mais recomendações do Estado.