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Portfólio da disciplina Gestão Educacional e Espaços Educativos

Por:   •  5/11/2015  •  Resenha  •  2.067 Palavras (9 Páginas)  •  772 Visualizações

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Centro universitário Uninter

Angela Rodrigues dos Santos Barboza

RU 817904 turma 2012/08

Portfólio da disciplina Gestão Educacional e Espaços Educativos

Goiânia

2015

Centro Universitário Uninter

Curso: Pedagogia

Disciplina: Gestão Educacional

Professora: Prof. Inês A. Almeida

Aluna: Angela Rodrigues dos Santos Barboza

BARTNIK, Helena Leomir de Souza. Gestão educacional concepções de gestão escola, a práxis da gestão escolar, utopia, limites e desafios. Espaços educativos: um olhar pedagógico.

RESENHA

        A concepção técnico - cientifica, segundo Libâneo, Oleveira e Toschi (2003,p.324), apresenta como sua versão mais conservadora a denominada administração clássica ou burocrática. A versão mais recente é conhecida como modelo de gestão da qualidade total (GQT), com utilização mais forte de métodos e práticas de gestão da administração empresarial. O modelo GQT é originário da administração japonesa e tem o foco na participação dos colaboradores, resultando em altos índices de produtividade e de eficiência das tarefas propostas. Tal modelo passou a ser adaptado por outras nações, embora em ambiente cultural diferente, mas seguindo as tendências do setor manufatura.

        Os manuais que orientam a implantação, o processo de treinamento e os princípios básicos que devem nortear as estratégias de ação e os modelos de gestão na GQT são instrumentos indispensáveis para treinamentos e reuniões. Voltados à qualificação, estão sujeitos a constantes análises e reformulações. Nesse tipo de gestão, cada membro é responsável pelo seu processo e todas as pessoas fazem o gerenciamento da qualidade por meio do cumprimento das metas estabelecidas nesses manuais, os quais fornecem os dados necessários para agilizar as ações essenciais de forma que o atendimento ao cliente seja cada vez melhor.

        A administração de empresas, que segue os pressupostos mencionados, busca atender as necessidades dos empresários, visando a um produto de qualidade que satisfaça os clientes. A gestão escolar, considerando-se os conceitos de processo, produto, cliente e fornecedor, volta-se para a necessária adequação da cultura empresarial à cultura escolar.

        Os resultados podem ser avaliados por meio dos itens de controle definidos pelo coletivo, tais como índice de faltas, índices de desistência, custo operacional e outros. A implantação desse sistema de gestão na escola pressupõe planejamento criterioso e criação de um processo sistemático e permanente de educação, informação e mudança de atitudes e valores. Nessa concepção, a maioria pela qualidade total visa a aumentar a produtividade, não porque as pessoas trabalham mais, mas porque as pessoas passam a ter maior conhecimento sobre suas tarefas, na medida em que se envolvem mais, atingem melhores resultados.

        Com base na definição do projeto pedagógico desenvolvido por professores, funcionários e membros da comunidade, podemos dar prioridade aos conteúdos que irão instrumentalizar e capacitar os indivíduos para uma leitura do mundo em que estão inseridos, dando respostas coerentes às exigências da sociedade, confrontando com criticidade os diversos saberes.

        As estratégias de planejamento e gestão compartilhada, por serem participativas, contribuem para o crescimento do capital humano e do capital social, ampliando as possibilidades de empoderamento da população local e facilitando a conquista da boa governança, que são algumas das condições necessárias para o desenvolvimento sustentável.

        A experiência desenvolvida com o tema educação cidadã (Antunes;  Padilha,2010) relaciona a gestão compartilhada com a concepção de gestão escola denominada democrática, comunitária e compartilhada, compreendendo que esta se concretiza quando envolve efetivamente a participação da comunidade e quando é compartilhada com ela a construção do projeto educativo escolar.

        Enfatiza, ainda, esse autor que a escola é um lócus privilegiado para analisar e reduzir o excesso de burocratização e centralização do poder, bem como contribuir efetivamente, por meio da gestão democrática e participativa, com a transformação social.

        O conceito de democracia teve origem na Grécia antiga é, no decorrer da história, foi sendo transformado e interpretado de maneiras diferentes. Na Antiguidade, a palavra democracia, na sua essência, representava a participação popular nas decisões da polis (cidade). Com a evolução histórica, democracia passou a ser entendida como sinônimo de formas de governo, em que um governo seria democrático ou não, dependendo do grau de participação do povo nas políticas e práticas de administração.

        A autonomia na escola requer o envolvimento de todos na organização, operacionalização e avaliação dos processos administrativos e pedagógicos, de forma a refletir permanentemente sobre os objetivos sociopolíticos da instituição escolar, o que requer dos educadores que atuem com profissionalismo nesse processo, uma vez que: construir ética e politicamente a autonomia não teria significa se não se aliassem à perspectiva ética-política a dimensão técnica, o domínio seguro de conhecimento específicos, a utilização de uma metodologia eficaz, a consciência critica e o propósito firme de ir ao encontro das necessidades concretas e suas sociedade de seu tempo. (Rios, 1998,p.12)

        A construção de uma gestão democrática na escola pressupõe a clareza da finalidade da escola no contexto sociedade contemporânea. Do ponto de vista legal, fundamenta-se a finalidade da escola na Constituição Brasileira, art. 205, que determina ser direito de todos “o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho”, sendo, portando, atribuição da escola, por meio de várias mediações, contribuir para que essa prescrição se efetive não só de direito, mas de fato.

        A práxis da gestão escolar: utopia, limites e desafios

         A gestão da escola, ao mesmo tempo em que sofre o impacto das políticas econômicas e culturais da sociedade e das políticas educacionais, pode construir um espaço de conta-hegemonia. Sobre essa questão, já Marx (citado por Manacorda, 1991, p.88), em um discurso sobre educação , em 10 de agosto de 1969, afirmou: Por um lado, é necessário uma mudança das condições sociais para criar um sistema de ensino correspondente, e, por outro

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