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Projeto sobre Educação Sexual

Por:   •  12/8/2017  •  Projeto de pesquisa  •  3.759 Palavras (16 Páginas)  •  2.595 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

A sexualidade sempre se faz presente na sociedade, seja, nos jornais, nas novelas, na escola, nos livros, nos filmes, na musica, na dança, na internet, e nas conversas do dia a dia. Crianças e jovens sofrem influencias constantes da mídia e a curiosidade de se aprender coisas relacionadas à educação sexual se faz necessária. Sendo assim, o tema desta pesquisa é Educação Sexual na escola: desafios enfrentados pelo professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

        São inúmeros os desafios enfrentados pelo professor para trabalhar a educação sexual nas escolas. Os alunos têm levado para a escola perguntas sobre sexualidade, tais perguntas às vezes manifestadas por meio de brincadeiras, que acabam sendo ignoradas pelo professor.

Sabe-se também que os educadores resistem em trabalhar o assunto, pois se sentem despreparados, inseguros, com medo, possuem tabus e preconceitos. Nessas situações, perguntas como: "o que responder?" e "como responder?" se tornam um dilema para esses profissionais. Quando o tema é abordado na escola, é trabalhado com algumas dificuldades, impedindo o educador de atingir os objetivos previstos.

A educação sexual é um assunto que deve ser discutido, debatido e incluído no currículo escolar, porém é um tema que infelizmente é carregado de mitos e tabus, por professores, pais e também pelos estudantes. Para muitos, a palavra sexualidade, significa somente o sexo, orgasmo, masturbação, reprodução humana, e etc., entretanto vai além, se deve abordar o homem como um todo, considerando questões de gênero, identidade sexual, conhecimento sobre seu corpo, envolvimento emocional e cuidados com a própria saúde. Pensar em sexualidade no ambiente escolar implica em reconsiderar posições, conceitos e preconceitos.

  1. PROBLEMATIZAÇÃO

Orientação sexual é um dos temas transversais que está presente nos Parâmetros Curriculares Nacionais, o documento aponta a relevância de se discutir o assunto na escola, afinal a criança está imersa em uma sociedade consumista e que valoriza o mundo erotizado. As questões referentes à educação sexual estão, queira-se ou não, na escola e professor tem a responsabilidade, na tentativa de auxiliar e esclarecer o assunto que ainda é cercado por preconceitos.

Diante destas reflexões, das observações durante os estágios, por ser um assunto constante na sociedade e sobre os problemas que envolvem a Educação e orientação sexual na escola se deu a escolha do tema. Portanto, questiona-se:

 Como o professor das series iniciais do Ensino Fundamental trabalha a educação sexual na sala de aula? Quais os desafios enfrentados pelo professor ao abordar este tema? Qual a importância da orientação sexual no ambiente escolar?

  1. OBJETIVOS

3.1- OBJETIVO GERAL:

Identificar e analisar como a educação sexual ocorre nas escolas, quais são os desafios que professor dos anos iniciais do Ensino fundamental enfrentam ao abordar estes assuntos na sala de aula, e a importância dessa orientação sexual no espaço escolar.

3.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Conhecer o que diz os PCNs sobre a orientação sexual;
  • Investigar se os docentes trabalham com a educação sexual e como desenvolvem este trabalho;
  • Identificar as dificuldades dos professores para trabalhar a educação sexual;
  • Investigar qual a importância da orientação sexual no ambiente escolar.
  • Refletir sobre a importância do professor como mediador das questões sobre educação sexual;
  • Apontar possíveis propostas de trabalho pedagógico sobre educação sexual;
  1. JUSTIFICATIVA

Alguns autores entendem que a educação sexual é uma tarefa da família e a orientação sexual é da escola. Também podemos encontrar autores que definirão a educação sexual como um processo de formação global do ser humano, podendo tanto a família quanto a escola contribuir para o mesmo.  Nos Parâmetros Curriculares Nacionais encontraremos o uso do termo orientação sexual, mas também várias referências sobre educação sexual. Partindo desses pontos de vista, utilizarei ambas as nomenclaturas ao longo desse trabalho, uma vez que os autores também se valem dessa norma, não oferecendo a possibilidade de uso de um termo único, de modo que as citações não percam seu real sentido.

A Educação Sexual ainda é vista como tabu, como algo que não precisa ser comentado para não despertar o interesse pelas pessoas, principalmente das crianças. Diante da nossa realidade onde a desinformação só tem contribuído para o aumento das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), AIDS, gravidez na adolescência, e experiências sexuais prematuras, é necessário assumir que o tema precisa ser abordado com crianças e jovens que estão descobrindo a sexualidade e os limites do próprio corpo cada vez mais cedo. O professor junto com a escola tem o papel de passar essa informação sem reforçar mitos e preconceitos, possibilitando o dialogo da forma mais aberta possível.

Ao tratar do tema Orientação Sexual, busca-se considerar a sexualidade como algo inerente à vida e à saúde, que se expressa desde cedo no ser humano. Engloba o papel social do homem e da mulher, o respeito por si e pelo outro, as discriminações e os estereótipos atribuídos e vivenciados em seus relacionamentos, o avanço da AIDS e da gravidez indesejada na adolescência, entre outros, que são problemas atuais e preocupantes. (BRASIL, 1998, p.287)

Hoje no Brasil, não há nenhuma lei que obrigue as escolas a inserirem a Educação Sexual nos seus currículos. No entanto, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) sugerem que a Orientação Sexual, seja trabalhada em todas as disciplinas, sempre que uma oportunidade aparecer. Pesquisas relatam que diversas escolas não encontram espaço curricular para tratar o assunto em questão, e nas raras vezes em que o tema é abordado fica restrito nas aulas de ciências e biologia, na qual é trabalhada a memorização de conceitos.

Praticamente todas as escolas, atentas para a necessidade de trabalhar com essa temática em seus conteúdos formais, incluem aparelho reprodutivo no currículo de ciências naturais. Geralmente o fazem por meio discussão sobre reprodução humana, com informações noções relativas á anatomia e fisiologia do corpo humano. Essa abordagem normalmente não abarca as ansiedades e curiosidades das crianças, pois enfoca apenas o corpo biológico e não inclui as dimensões culturais, afetivas e sociais contidas nesse mesmo corpo. (BRASIL, 1998, p.292)

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