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Prática Interdisciplinar: Vivências Educativas

Por:   •  30/10/2023  •  Projeto de pesquisa  •  2.049 Palavras (9 Páginas)  •  38 Visualizações

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O lúdico como ferramenta potencializadora do aprendizado na pré-escola

Bruna Gabrielle de Oliveira Pedro da Silva¹
Edvania de Sá de Souza Moraes
Patrícia Leandro da Mata
Rafaela Perciliana de Souza Lana
Tais Aparecida dos Santos

Darlene Catiana Silva dos Santos²

        

RESUMO

Este trabalho trata da pesquisa da influência do lúdico nas vivências da prática educativas pedagógicas. O contexto do presente texto propõe uma reflexão de como a ludicidade tem papel importante no ensino-aprendizagem na Educação infantil, colaborando então para um entendimento de que essas práticas são essenciais para o bem-estar das crianças, contribuindo para uma aprendizagem de suma importância na vida escolar delas, tanto na fase presente, quanto nas fases futuras, já que o lúdico colabora de forma direta com a alfabetização. O principal objetivo da Educação Infantil é contribuir para uma aprendizagem de interação social e desenvolver os aspectos físicos e emocionais das crianças, preparando-as para a alfabetização e a vida escolar vindoura. Desse modo, a partir das experiências de vivências escolares na educação infantil, o presente texto traz, à luz do referencial teórico de Piaget, Vigotsky, Winnicot e dentre outros, a importância do lúdico na didática do educador.

Palavras-chave: Educação infantil, lúdico, práticas pedagógicas.

1 INTRODUÇÃO

A educação tem o papel de capacitar os indivíduos através do conhecimento, assim gerando uma sociedade autocrítica e desenvolvida. O pleno convívio em sociedade e a possibilidade de transmitir conhecimentos na vida adulta depende diretamente das vivências educativas em que o indivíduo estará inserido desde os primeiros meses.  

Envolver a sociedade na educação pode transformar o ensino. Ao observar as crianças podemos aprender a leveza de errar e continuar. Na infância a ludicidade e a aprendizagem andam juntas, facilitando a apropriação do conhecimento. É uma fase de autoconhecimento, a criança é cheia de curiosidade, sendo possível que aprenda brincando sobre regras, ordem e organização.

Quando utilizamos as brincadeiras para ensinar, tudo se torna mais natural. Segundo Melo e Valle (2005), as brincadeiras e jogos na aprendizagem colaboram na etapa de assimilação do conhecimento, pois é com as vivências diárias que a criança descobre e organiza os saberes. Ainda, de acordo com a sua visão, auxiliam para que a criança exteriorize anseios e medos.

A partir do eixo da importância do lúdico na infância, este paper tem por objetivo apresentar como as brincadeiras são de extrema importância para a criança, que desde os anos iniciais, quando ainda sem muito entender, se diverte e aprende com o seu próprio corpo. É necessário que os familiares e professores estimulem o brincar, o criar e o aprender. Desenvolver atividades que estimulem a criatividade e a atenção torna-se mais fácil quando a criança está se divertindo.  

Desse modo, a pergunta norteadora de base para o trabalho está expressa da seguinte forma: como a ludicidade afeta o potencial de aprendizagem e interação social de alunos da pré-escola?  A hipótese do estudo está ancorada na máxima de que a ludicidade é fundamental para tornar dinâmica e prazerosa a aprendizagem das crianças desde a mais tenra idade. O método utilizado para embasar o texto foi o bibliográfico, valendo-se de referências como Piaget, Vigotsky e Freud.  

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No tocante ao lúdico, existe uma grande contribuição teórica no campo da psicologia que reforça a sua união com os conhecimentos de ensino pedagógico. Freud (1914/2010), por exemplo, cita a carga pulsional (prazer produzido) pertencente ao brincar como um elemento de grande valiosidade para o educador ou estudioso do comportamento da criança. Para ele, bem como para o pediatra Winnicott (1971/1975), as brincadeiras deixavam “rastros” por meio das repetições, que por sua vez, trariam um ganho cultural a partir da renúncia pulsional.

Esse termo anteriormente citado, significa dizer que a criança, na sua primeira infância, possui fortes laços afetivos de presença com os pais. Por sua vez, toda vez que eles desaparecem rapidamente e a criança nota isso, ela demonstra tristeza e medo. O brinquedo, seria então, segundo esses pesquisadores, um “analgésico” infantil, pois o prazer proporcionado por ele, faria a criança desapegar-se desses impulsos primários por alguns momentos.

Esse “universo particular”, e ao mesmo tempo compartilhado, criado durante a ação de brincar, levou pesquisadores como Jean Piaget (1974), a atribuir papéis pedagógicos para essa manifestação. De acordo com o autor, os jogos vão além do entretenimento descrito por Freud e Winnicott, pois contribuem também com o desenvolvimento intelectual delas.

Para Piaget, a capacidade exploratória revelada nas brincadeiras desenvolve integralmente a criança, aperfeiçoando seus aspectos cognitivos, afetivos, físico-motores, morais, linguísticos e sociais, uma vez que essa ação permite a ela uma emulação do mundo real que interage com a fantasia. Todo esse processo de informações segue, segundo o autor, cada etapa do desenvolvimento infantil.

Sendo assim, cabe interpretar que, numa ótica freudiana, a brincadeira auxilia toda a criança na transição e interação entre o id (impulsos internos naturalizados), o ego (personalidade criada a partir da noção do real) e o superego (personalidade a partir dos padrões morais internalizados moralmente por meio da sociedade). A partir desse entendimento, é possível adentrar na noção do desenvolvimento social de Vygotsky.

De acordo com o autor, as brincadeiras são capazes de criar uma “zona de desenvolvimento proximal” na criança, essa que implica na distância entre o nível de desenvolvimento real (resolução independente do problema) e o potencial (VYGOTSKY, 1987). Desse modo, através da mediação de um adulto, a criança pode, por meio dos jogos e brincadeiras, aprender a resolver problemas sozinha, bem como de criar o sentimento de solidariedade e a capacidade de ensinar a resolução para os demais companheiros.

Tal ação proporciona ao indivíduo a potencialização das estruturas psicológicas superiores,  dentre elas a atenção, a memória, a imaginação, o pensamento e a linguagem. O brincar pedagógico estimula a atenção quando, por meio de uma liderança a brincadeira é conduzida, aguça a memória e a imaginação, quando o mediador recobra o que foi passado, bem como explora a capacidade de opinião das crianças, que consequentemente estarão exercitando o pensamento e a linguagem.

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