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Redemocratização da educação brasileira e formação docente

Por:   •  10/5/2016  •  Dissertação  •  1.839 Palavras (8 Páginas)  •  461 Visualizações

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1. Redemocratização da educação brasileira e formação docente

A história da Educação no Brasil só começa a ser registrada a partir de 1549, a partir do período Colonial, durante esse período a educação no Brasil era administrada através dos jesuítas. Um dos primeiros jesuítas a chegar ao Brasil foi o Padre Manoel da Nobrega, com ajuda de outros padres deram inicio aos primeiros ensinamentos no Brasil. O ensino promovido pelos jesuítas era voltado para a doutrina cristã e o plano de ensino “escola ler e escrever”, os alunos estudavam os conceitos e rituais da igreja, o latim e a gramatica, os que mais se destacavam eram mandados para Europa para completar a formação e depois voltar ao Brasil para da continuidade ao plano de ensino.

Os jesuítas praticaram o ensino no Brasil durante 200 anos, durante esse tempo fundaram vários colégios com a formação de religiosos. Os colégios que eram construídos pelos jesuítas, eram voltados para a sociedade da elite brasileira, ainda que os alunos não quisessem se tornarem padres tinham que passar por tal ensino para que depois pudesse ingressar em universidades fora do Brasil. Em 1759 o ministro do Estado de Portugal, Marquês de Pombal, realiza uma série de reformas na educação de seu pais e suas colônias, pois o mesmo trazia novos modelos de educação inspirados no movimento do Iluminismo que acontecia na Europa.

Com a expulsão dos jesuítas a mão de obra para o ensino começou a ser alterada, houve mudanças no formato do ensino, criaram então as escolas públicas, onde todos puderam estudar, pois a mesma era mantida pelo Estado deu-se origem aos concursos públicos e análise da literatura voltada para as escolas. Ouve a criação das “aulas régias”, aulas avulsas de latim, grego e filosofia, era tudo organizado pelos professores, os mesmos colocavam a “escola” para funcionar e o governo arcava com todas as despesas. Com a vinda da Côrte portuguesa para o Brasil, em 1808, o ensino começou a mudar mais profundamente, teve inicio a series de cursos profissionalizantes em nível médio e superior.

A educação brasileira na primeira Republica não tinha mudado muita coisa em relação ao período Colonial, o governo só investia no ensino secundário e superior. Os ensinos secundários e superiores funcionavam isoladamente, já que o primário ficava por conta do Estado, onde o mesmo não investia e ficava a desejar. A situação da educação nesse período ia contra as ideias republicanas, mas com a Revolução de 30 vários de seus princípios educacionais passaram a fazer parte da Constituição de 1934. Os ideais agora tinham como princípio o ensino gratuito e obrigatório do 1° grau, todos tinham que ter direito a educação, uma maior liberdade de ensino, obrigação da escola e família no que tinha relação com a educação, o ensino religioso passou ater caráter multiconfessional, todos tinham direito ao voto, não sendo mais especifico apenas para os maiores de 21 anos do sexo masculino, assim poderiam tirar um grupo que sempre permaneceria no poder. Portanto os fatores políticos, sociais e econômicos influenciaram na revolução de 30, pois muitos queriam reformas que viessem causar uma revolução educacional para atender os objetivos e os conteúdos públicos que eram bem restritos e precisavam ser modificados.

A Educação Nova no Brasil começa a partir de 1930, quando o governo começa a ter uma forma mais afetiva na educação, que até então não funcionava de maneira sistemática, era totalmente desorganizada e não englobava todas as ideias e níveis. Com a Revolução de 30 e a constituição de 1934 a educação no Brasil passou a ser organizada. Foi criado o Ministro da Educação e as Secretarias de Educação do Estado, que passaram a organizar os sistemas de ensino. Um dos principais representantes foi Francisco Campos cujo objetivo de sua reforma era melhorias significativas para a educação brasileira. Em 1932 foi lançado o manifesto dos Pioneiros da Educação, onde foi o mais importante avanço na politica educacional, visando às diferenças, ampliando os cursos, no atendimento, os objetivos e recursos esperados. Por fim a Revolução de 30 teve um grande avanço na política da educação no Brasil, onde é obrigatório o ensino do 1º grau, na extensão de cursos por maiores investimentos econômicos. Na união do Estado e do Município para a criação de universidades e na proposta de formação de professores para o ensino primários entre outros.

O governo dividiu o ensino primário em fundamental e supletiva, destinada as crianças de 7 a 12 anos e aos adolescentes maiores de 13 anos. O ensino secundário sofreu duas reformas com o objetivo de estruturar os conteúdos atribuídos no curso, fincando ginásio e médio. Na constituição de 1937 o curso profissional “ensino técnico-comercial” era destinadas as classes menos favorecidas. A partir de 1942 ele foi dividido em 4 ramos: comercial, industrial, agrícola e normal.

Durante o período de 1946 até 1964 as forças das democráticas tiveram desenvolvimento nos movimentos populares. Comparando a ditatura anterior do Estado Novo percebemos que o Brasil viveu duas décadas de regime democrático. Esse período ficou conhecido como a “redemocratização”. Em 1946 o regime democrático foi restabelecido pela constituição, a educação teve alguns princípios reintroduzidos como a educação para todos, a escola primária obrigatória, assistência aos estudantes e gratuidade do ensino oficial para todos ao nível primário e aos anteriores. O ensino ministrado pelos poderes públicos e o ensino religioso obrigatório foi estabelecido como regra pela constituição de 1946.

Apesar das mudanças a Constituição do Estado Novo durou até 1961, a partir dai iniciou-se a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, dando origem a várias campanhas para a melhoria do atendimento escolar. Entre elas as principais campanhas podemos citar as seguintes: a Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Superior (Cades), Aperfeiçoamento e Expansão do Ensino Comercial (Caec), Erradicação do Analfabetismo, Educação de Adultos, Rural e Surdos, Reabilitação dos Deficientes Visuais, Merenda escolar e a do Material de Ensino.

No decorrer do período republicano, o ensino técnico – profissional não era bem visto pelo ensino superior. Quem quisesse entrar em um curso superior, tinha que passar pelo curso secundário. Em 1961 o ensino médio passou a incluir o secundário, os três ramos do ensino técnico-industrial, comercial e agrícola, juntamente com o curso normal. Sendo assim qualquer aluno que concluísse o secundário, técnico ou normal poderia ingressar no ensino superior.

A luta pela escola publica teve grande destaque nesse período, pois no Brasil

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