Regras de Convívio no Ambiente Escolar

1. Tema: Regras de Convívio no ambiente escolar.

2. Situação Problema:

A violência esta presente na nossa sociedade e se manifesta em diferentes formas, seja a violência psicológica, física, verbal ou cultural. Estamos o tempo todo presenciando alguma forma de violência sendo praticada ou veiculada na mídia, situação de discriminação, exclusão, humilhação tem sido uma constante entre as relações humanas. A falta de respeito ao próximo, as desigualdades sociais e as políticas públicas ineficientes são as principais causas da violência na sociedade, que só aumentam a cada dia. Toda criança, de modo geral, é parte integrante desta sociedade, independente da classe social e está exposta direta ou indiretamente a algum tipo de violência.

Cada integrante da escola traz para o ambiente escolar sua cultura, seu modo de ver as coisas, por que cada um é único e oferece ao outro o que tem e que aprendeu a compartilhar no seu convívio social. E os alunos por ainda não possuírem suas personalidades formadas, são suscetíveis a reproduzir comportamentos do mundo que as cercam, comportamentos que podem ser, algumas vezes, tidos como rebeldes ou inaceitáveis no para o convívio escolar, gerando dificuldades com relação à disciplina e o respeito ao próximo. A crescente indisciplina no ambiente escolar e a dificuldade em lidar com atitudes e comportamento de alguns alunos dentro e fora da sala de aula tem trazido prejuízo a aprendizagem e tem sido a queixa de grande parte dos professores. Assim este projeto propõe a mediação do orientador escolar em parceria com os professores, alunos e familiares, para o entendimento das reais causas dos conflitos que tem dificultado o aprendizado dos alunos, propondo um conjunto de regras a ser aprendidas, vividas e compartilhadas no ambiente escolar e na vida.

Os grupos sociais têm regras gerais e específicas, algumas, porém, perpassam por todas as esferas da sociedade. As regras são essenciais para a vida em sociedade, elas ditam o comportamento adequado ou aceitável para que se viva de forma ordenada, respeitosa e harmônica. Cabe a escola apresentar algumas destas regras o mais cedo possível ao seu alunado, sejam estas regras gerais ou aquelas que fazem parte do ambiente escolar, para que se possa garantir um bom desenvolvimento pessoal e social e para que se formem cidadãos melhores capazes de transformar o mundo em que se vive. Mas não basta apenas afixar as normas nas salas ou corredores da escola, é preciso torná-las conhecidas, vivenciadas e aplicadas ao dia a dia das crianças e de todos os envolvidos na educação. Necessário é respeitar os pontos de vistas, culturas, crenças e sentimentos de cada um, sem que a escola deixe de ser organizada e harmoniosa, para tanto, é importante, que o orientador esteja disponível para ouvir as crianças, conhecer sua história de vida, seus motivos e suas expectativas a respeito da escola, buscando relações mais equilibradas e construtivas para a boa convivência no ambiente escolar e com a família.

3. Justificativa e embasamento teórico.

3.1 Justificativa

O conflito faz parte da convivência e é gerado pelas diferenças de opiniões, de desejos e objetivos, enfim, é gerado pela diferença entre cada ser humano, o que nos torna únicos e consequentemente diferentes uns dos outros, e isto é totalmente normal e saudável. No entanto, quando estas diferenças não são mais respeitadas, passamos a ter um conflito violento e precisamos estabelecer regras para que o convívio volte a sua normalidade e haja entendimento entre as partes. Diante dos conflitos gerados pelas diferenças de opiniões, objetivos e etc, sabemos que a convivência e o respeito são pontos importantes a serem trabalhados. Nesse sentido, cabe ao orientador promover o dialogo entre aluno-aluno, aluno-professor, família-escola, e com todo o corpo docente para definir ações e estabelecer regras que conduzam à integração pacifica e harmoniosa no ambiente escolar.

No período de realização de estágio no ensino fundamental observamos a grande dificuldade dos professores, coordenação e funcionários em geral, para lidar com o comportamento de alguns alunos, pudemos perceber a falta de um projeto, de um trabalho coordenado para estabelecer o entendimento e comprometimento de todos quanto às regras de convivência, mostrando sua importância e necessidade dentro da escola. É necessário, que todos reconheçam a importância de compreender e valorizar as regras, respeitar a opinião de cada um e entender que é possível uma boa relação interpessoal, mesmo cada um com sua personalidade, quer seja no ambiente escolar ou fora dele.

É fundamental que o Orientador Educacional, realize trabalhos de conscientização entre os alunos, professores, família e escola, para assim estabelecer o entendimento e comprometimento de todos a com a boa convivência. A decisão de “deixar de castigo”, que é a atitude mais tomada por professores, não é eficiente, tanto o aluno quanto o professor precisa entender onde erra de forma a prejudicar o outro, o porquê isso não deve ser feito, e que, com dialogo é possível ter um ambiente prazeroso e agradável para o trabalho e o convívio social, procurando cada um respeitar a opinião e as diferenças sociais de cada ser humano.

Nenhuma norma ou regra deve ser formulada para constranger ou castigar uma ou outra parte; deve estar em equilíbrio com o ambiente e com os objetivos propostos para a instituição escolar que é de educar e formar cidadãos críticos e reflexivos. Assim, compete à escola, na pessoa do orientador escolar, promover um bom relacionamento entre o educador e o educando, entre escola e a família, e entre a escola e a comunidade, de forma que as pessoas envolvidas neste processo se sintam parte integrante e corresponsáveis pelo sucesso do ensino e aprendizagem e pela formação de uma sociedade mais justa, igualitária e humana.

3.2. Embasamento Teórico:

É fundamental que o orientador educacional conduza um diálogo entre todos os envolvido na comunidade escolar e incentive a reflexão das atitudes de cada um, dentro e fora do ambiente escolar, favorecendo a construção do conhecimento a respeito de si mesmo e do outro. Aprender a se comunicar é essencial para se ter relações de convívio saudável. Segundo os parâmetros curriculares nacionais:

Um dos objetivos da educação escolar é que os alunos aprendam a assumir a palavra enunciada e a conviver em grupo de maneira produtiva e cooperativa. Dessa forma, são fundamentais as situações em que possam aprender a dialogar, a ouvir o outro e ajudá-lo, a pedir ajuda, aproveitar críticas, explicar um ponto