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Relatório sobre educação no século XIX

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Por:   •  12/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.324 Palavras (6 Páginas)  •  373 Visualizações

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RESUMO

Este trabalho apresenta um breve relato sobre a Educação no século XIX. Algumas idéias e práticas desenvolvidas na época, bem como o contexto socioeconômico que a define, sintetizam o objetivo deste artigo. Como aporte teórico-metodológico, as interpretações de Francisco Cambi foram os principais referenciais utilizados, caracterizando um processo descritivo sobre a evolução dos saberes educacionais e pedagógicos. Podemos concluir, portanto, que no século XIX, foram lançadas as bases da educação moderna, delineando-se novas abordagens e métodos pedagógicos, e também se produzindo novas reflexões sobre os rumos da educação.

1. INTRODUÇÃO

A Educação é um tema considerado essencial, se quisermos entender mais detalhadamente o processo de desenvolvimento histórico da sociedade e da cultura humana. Esta opinião torna-se aceitável ao percebermos o porquê dos historiadores e pesquisadores afins, partindo do reconhecimento de que a abrangência e importância do assunto encontram respaldo na sua dimensão histórica, fazem uso da periodização.

A criação de marcos e divisões temporais para uma delimitação mais aprofundada - não generalizada - de cada etapa da história humana permite que, na proporção em que determinamos sua veracidade, as interpretações e abordagens sobre um determinado tema sejam inseridas dentro de uma ordem tempo-espacial. Estas reflexões sãoelaboradas a partir de questionamentos diferenciados que colaboram para o debate sobre a construção das ciências. Seguindo este raciocínio, a problemática nos estudossobre a história da educação converge para tal conduta, que segundo Paul Monroe(1979) deve assim ser vista.

Complementando tal afirmativa, Mario Manacorda (2001, p. 6) aponta que “[...] vários aspectos da educação comportam um relacionamento permanente com os temas mais gerais da história da humanidade.” Ou seja, as características dos processos educacionais estão ligadas aos aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais da sociedade a qual pertence. A educação como disciplina, ciência, é diretamente influenciada pelo contexto histórico da qual faz parte, sendo modelada de acordo com o desenrolar dos processos históricos e suas mudanças constantes.

Na narrativa educacional e pedagógica, portanto, deve estar explícito a não linearidade das teorias, hipóteses e justificativas. Cabe ao educador-pesquisador revelar as circunstâncias e casualidades que referendam o processo histórico, imperfeitas e inexatas, de modo que a história da educação seja comtemplada em sua totalidade, gravitando em torno do individuo humano.

Como outras áreas do conhecimento, a educação encontra-se numa relação de fluxos e refluxos quanto ao seu arcabouço teórico-prático; suas ideias e reflexões e sua aplicabilidade em um mundo mutável marcado por intempéries. Essa constatação, segundo António Nóvoa, é a força impulsionadora dos estudos sobre a história da educação, a qual “fornece aos educadores um conhecimento do passado coletivo da profissão, que serve para formar sua cultura profissional. Possuir um conhecimento histórico não implica ter uma ação mais eficaz, mas estimula uma atitude crítica e reflexiva.” (Apud CAMBI, 1999, p. 13).

Tomamos esta citação como justificativa para o presente artigo, por entendermos que a experiência educacional e pedagógica é fruto de um processo inconstante, marcado por rupturas, tal qual a trajetória do homem. Com a compreensão dos diferentes métodos, idéias, estruturas e atores sociais de tal processo, serão possíveis renovar o entendimento atual sobre a ciência da educação e os desafios a serem enfrentados no mundo contemporâneo. Em verdade, esta é a posição de Francisco Cambi, o qual defende que:

[...] a síntese da história de uma disciplina cientificamente repensada – a pedagogia, a educação -, [...] oferece uma série de quadros, problemas, práxis, temas etc. que fazem parte de sua bagagem técnica, mas que emergem através de um longo processo histórico, sob o qual devem ser retomados e focalizados [...]. Dessa maneira, o pedagogo [...] pode melhor colher e julgar o background e teorias, práxis, posições da educação, sua espessura temporal [...] e operar assim um controle mais autêntico e mais capilar do próprio saber. (1999, p. 19)

Esta percepção sobre a educação pontua os questionamentos da mesma como ciência. Os principais estudos sobre o tema levam em consideração tais desdobramentos, e como os mesmos foram elaborados, de acordo com as prerrogativas e indagações sobre a época e o contexto que influenciaram sua formação. Posto isso, analisar a educação no século XIX é (re) pensar essa problemática, levando em consideração as características do período e, em primeiro plano, o debate no campo das idéias e práticas.

A tarefa de elaborar este trabalho obedeceu predominantemente a analise do discurso de dois autores principais: Francisco Cambi e Mario Manacorda. Esta observação destina-se a sugerir que a escolha destes dois pensadores, com ênfase no primeiro, se deve meramente à seleção particular dos autores do presente artigo.

História da pedagogia e História da educação: da antiguidade aos nossos dias são duas obras que, embora com propostas ousadas (no sentido de estabelecer uma síntese sobre a história das duas temáticas), são eloquentes e frutos de salutar erudição e domínio sobre o tema, sendo referências reconhecidas e indiscutíveis para qualquer estudioso da área.

Por fim, muito

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