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Repercussão, no Brasil, das reformas pombalinas da educação: o seminário de Olinda

Por:   •  8/12/2022  •  Resenha  •  370 Palavras (2 Páginas)  •  67 Visualizações

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NEVES, Guilherme Pereira das. R IHGB. Repercussão, no Brasil, das reformas pombalinas da educação: o seminário de Olinda. Rio de Janeiro. 159 (401): 1707 – 1728, out,/dez. 1998

Para Guilherme Pereira das Neves, não era novidade alguma afirmar que a figura do marquês de Pombal constituía um divisor de águas na história e na historiografia luso-brasileira. Não tinha dúvidas da dimensão de estadista. Não pretendia tomar partido na polêmica. Para ele, não faltava estudos sobre a as reformas do ensino, nem sobre o período pombalino em geral – alguns maravilhosos como o livro de Laerte Ramos de Carvalho e os artigos de Antônio Alberto Banha de Andrade. Pretendia apontar algumas linhas de força, desenvolvidas em um trabalho anterior que balizaram as mudanças educacionais e os processos pedagógicos entre a expulsão dos Jesuítas em 1759 e a inauguração do seminário de Olinda em 1800, no interior de um ambiente que ainda se pode caracterizar como de antigo Regime.

Por fim o autor diz, ao que tudo indica a substituição dos Jesuítas pelas escolas régias não ficou comprometida pela falta de verbas, pois o estabelecimento do subsídio literário de 1772, gerou uma receita, quando bem administrada, mais que suficiente para garantir os recursos necessários. As maiores dificuldades residiram, sim, na carência de pessoal qualificado e na persistência da tradição patrimonialista, que marcou a história portuguesa. A primeira obrigou a coroa a apelar pelos religiosos, conduzindo, assim a um aparente retorno a situação anterior. Contudo, o regalismo em vigor impediu que o processo completasse. A segunda dificuldade a tradição patrimonialista, teve um papel muito maior. Ao proceder ás reformas da instrução, a Coroa portuguesa não respondia a uma asserção que partisse da sociedade, e sim as necessidades da reduzida elite política dos estrangeirados. Por isso, a hipertrofia da universidade em relação à rede dos estudos menores; por isso a má vontade da parte dos governados, e o descaso, por partes de administradores inferiores; por isso, o pequeno grau de diferenciação do ensino e o insucesso da maioria das experiências de especialização. Deste legado, o Brasil independente de 1822, o Brasil da tradição bacharelista e comparativa constituiu-se em herdeiro. Até hoje.

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