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Resenho do filme Hugo Cabret

Por:   •  19/8/2025  •  Resenha  •  1.665 Palavras (7 Páginas)  •  1 Visualizações

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Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

-- Campus Juara –

CONTEÚDOS E METODOLOGIAS DA HISTÓRIA PARA O INICIO DA ESCOLARIZAÇÃO

DISCENTE: MARCIA APARECIDA PEREIRA, RAFAELA NUNES DA ROSA E SAIRA FERNANDA MARCOS DE ASSUNÇÃO.

DOCENTE: MA. DENISE WURZLER

JUARA - MT

Luz, câmera... magia! É essa a sensação ao assistir. À Invenção de Hugo Cabret, um filme que vai muito além de uma simples aventura infantil. Dirigido por Martin Scorsese, esse longa é uma verdadeira carta de amor ao cinema e uma homenagem apaixonada a Georges Méliès, um dos pioneiros da sétima arte. Onde engrenagens, segredos e memórias do passado se entrelaçam como num relógio antigo preciso, mas cheio de surpresas.

“A historiografia que se ocupa do cinema vem superando os enfoques teóricos positivistas e buscando a compreensão das especificidades da linguagem imagética.” (ALMEIDA; PELEGRINE. 2012, p.67). Essa mudança implica uma valorização da estética, da linguagem simbólica e do contexto cultural na análise histórica do cinema. Porém, esse avanço também traz desafios metodológicos, pois exige que o historiador domine tanto as ferramentas da análise histórica quanto as da análise fílmica. Trata-se de um movimento que enriquece o campo.

 O filme se passa em Paris, na França, durante o ano de 1931, esse é um período pós-Primeira Guerra Mundial e antecipa a Segunda Guerra Mundial, uma época de grandes transformações tecnológicas e culturais, especialmente com o crescimento do cinema como uma nova forma de arte e comunicação.

O local mais explorado no filme é a estação de trem Gare Montparnasse, onde hugo vive, e passa apuros por ser um órfão vivendo sozinho, ele trabalha e observa a vida ao seu redor. A estação, com seu movimento constante de pessoas, simboliza o tempo e o fluxo da vida. Esse local tem uma relação com o primeiro filme de cinema, "A Saída da Fábrica Lumière", em que trabalhadores saem de uma fábrica, pois ambos os lugares simbolizam o começo de algo novo e o movimento, que é central para o conceito do cinema e do tempo.

“O filme deve ser interpretado como mais uma forma de manifestação das percepções humanas, inserido no âmbito de práticas e representações culturais, políticas e ideológicas de seu tempo”. (ALMEIDA; PELEGRINE. 2012, p.68). A afirmação dos autores aponta para uma visão do cinema como documento cultural, carregado de significados que vão além do roteiro. O filme, deve ser lido como um produto de seu tempo, revelando valores, tensões, ideologias e até contradições presentes na sociedade que o gerou. Essa perspectiva exige do espectador uma leitura crítica e contextualizada, que considere o cinema como prática social e representação simbólica.

Hugo morava escondido na parte de dentro do relógio central na estação de trem Gare Montparnasse, em Paris, onde já de início Méliès toma o caderno que hugo tem imagem do robô, ele sempre passa apuros com a perseguição de uma guarda do cinema.

O pai de dele era também relojoeiro e trabalhava em um museu consertando relógios, enquanto o tio de hugo também cuidava da manutenção dos relógios da estação. Como já era a tradição da profissão na família, o menino herdou essa profissão e, com isso, desenvolveu um conhecimento profundo sobre mecanismos e engrenagens. Essa habilidade está ligada ao contexto histórico da década de 1930, onde a precisão do tempo e o avanço da tecnologia eram essenciais para a sociedade, especialmente em uma estação de trem movimentada.

Nessa época o cinema também estava começando a se desenvolver tecnicamente, e hugo, com seu conhecimento mecânico, tem a visão mais ampla para entender o funcionamento de dispositivos, ou seja, como o robô deixado pelo seu pai. Destaco à fala do protagonista do filme “Se você perde o seu propósito, é como se estivesse quebrado. ” - Hugo Cabret, aqui nesta fala o personagem traz a essência do espirito do filme.

Hugo e Isabelle a sobrinha de Méliès começam uma bela amizade logo após ele receber seu livro queimado pelo tio dela onde ela seca suas lagrimas e, juntos, seguem as pistas deixadas pelo pai de hugo, como crianças mexem em tudo eles acham o livro e os desenhos antigos relacionados a Méliès, além de investigar o autômato que seu pai tentou consertar, isabelle quer saber onde hugo mora, obtendo permissão depois de alguma relutância. Lá, Hugo fica surpreso ao descobrir que Isabelle usa como um colar a chave de que necessita para fazer o autômato funcionar presente de Mama Jeanne quando eles conseguiram consertar o mesmo e ligar com a chave ele desenha uma cena de "Viagem à Lua", o que faz com que isabelle reconheça seu tio e que ele é o cineasta que todos pensavam em estar desaparecido.

O primeiro filme que o pai de Hugo viu no cinema foi "Viagem à Lua" de Georges Méliès, ele era fascinado pelos filmes, o que gerou nele uma grande paixão pelo cinema. Assim, quando hugo, ao ver o mesmo filme mais tarde, sente uma conexão com seu pai e se encanta pela magia do cinema, particularmente pela forma como Méliès criava mundos fantásticos. O enredo do filme se torna um símbolo da relação de hugo com a sétima arte e o legado de seu pai, reforçando a ideia de que os filmes, como os sonhos, podem transportar as pessoas para mundos de fantasia.

O robô foi uma criação do pai de Hugo, que o estava tentando consertar antes de morrer. Esse elo entre o passado de hugo e a história do cinema leva hugo e isabelle a investigar o autômato e a história de Méliès, buscando entender como o cineasta, que havia sido esquecido, se relaciona com a história do cinema e com a memória de seu pai.

 A descoberta de que Méliès estava vivo e que havia perdido sua identidade como cineasta é um momento de revelação. Hugo e Isabelle, com a ajuda de pistas deixadas por seu pai e o autômato, desvendam a história do cinema e a relação de Méliès com o passado.

As obras de Méliès eram conhecidas pelo uso de truques de ilusionismo, cenários pintados e efeitos especiais, como cortes rápidos de câmera, superposições e técnicas para fazer objetos desaparecerem ou se transformarem. Filmes como "Viagem à Lua" e "O Reino das Fadas" aparecem no filme, representando os primeiros experimentos de Méliès com efeitos especiais e narração fantástica. Esses filmes são fundamentais para a história do cinema, pois mostraram a capacidade do cinema de criar mundos imaginários e de contar histórias de maneiras nunca vistas antes.

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