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Resumo GOLDSCHMIED, Elinor; JACKSON, Sonia. Educação de 0 a 3 anos: O atendimento em creche.

Por:   •  10/10/2023  •  Abstract  •  13.750 Palavras (55 Páginas)  •  172 Visualizações

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Educação de 0 a 3 anos        

REFERÊNCIA

GOLDSCHMIED, Elinor; JACKSON, Sonia. Educação de 0 a 3 anos: O atendimento em creche. 2.ed. Tradução de Marlon Xavier. Porto Alegre: Artmed, 2006.

INTRODUÇÃO

        

Apesar dos grandes avanços em nosso conhecimento acerca de como um bebê se desenvolve desde antes do seu nascimento até a maturidade, ainda estamos longe de dar sério reconhecimento à importância dos primeiros três anos.

        Com a inserção da mulher no mercado de trabalho, impulsionou os estudos da grande importância dos primeiros meses de vida das crianças para o futuro desenvolvimento e aprendizagem. Este foi apenas o primeiro passo.

Atualmente as crianças que utilizam os centros de cuidado da primeira infância, as crianças podem passar longas horas em creches desde pequenas, quando suas mães voltam a trabalhar, além das dificuldades financeiras, também sofrem com o estresse de tentar dar conta do trabalho e das obrigações domésticas e sociais ao mesmo tempo. Portanto é muito importante os educadores da creche trabalharem em conjunto com os pais e sejam sensíveis às pressões que eles enfrentam.

Houve um aumento significativo no número de creches particulares, na forma de negócios,  assim como nas creches vinculadas a clubes, shoppings. Na ausência de outras formas de cuidado infantil, muitas mães usam como um pouco de alívio as responsabilidades constantes que uma criança representa.

A possibilidade de oferta de cuidado infantil de alta qualidade, implica em empregar funcionários qualificados, estrutura adequada, diminuindo seu lucro. Mas neste livro sugerimos que esse atendimento pode ser melhorado mesmo diante de uma estrutura insatisfatória e com recursos limitados, se colocarmos em prática de forma integral o conhecimento sobre a primeira infância.

Este conhecimento sobre como as crianças aprendem e se desenvolvem aumentou nos  e estudo do comportamento de bebês desde os primeiros momentos no mundo.

O objetivo deste livro é tornar essa mudança mais acessível, mostrando como ele se relaciona com a prática cotidiana nos centros de cuidado infantil, tanto em nível administrativo quanto no contato direto com crianças e pais. Nos capítulos seguintes, formulamos a ideia de que todos os aspectos do ambiente da creche podem dar uma contribuição significativa ao bem-estar emocional e a educação em seu sentido amplo, das crianças pequenas.

O livro objetiva ser de uso prático em vários níveis: para pessoas que cuidam de crianças no dia a dia em creches, ou em suas próprias casas, e a para gerenciadores e organizadores de serviços de cuidado infantil; ele também será relevante para quem trabalha com o estabelecimento e a manutenção de modelos e para administradores, trabalhadores e comunitários e a ampla gama de especialistas envolvidos com as crianças pequenas e suas famílias.

O cuidado adequado deve ser não somente educacional, mas também sensível e compreensivo; precisa ser formado por um entendimento imaginativo das experiências e dos estados emocionais das crianças pequenas, especialmente quando elas estão separadas de seus pais. Está a razão pela qual enfatizamos, ao longo deste livro, a necessidade de as cuidadoras e as professoras observarem atenta e sistematicamente as crianças das quais cuidam, para refletir sobre as suas observações, compartilhando-as e discutindo-as com os pais e entre elas mesmas.

1        A CRECHE NO CONTEXTO

Começamos aqui uma breve discussão sobre algumas dessas influências e então partimos para a descrição dos valores e princípios nos quais se apoia a abordagem do cuidado para a primeira infância descrito aqui.

Um quadro em processo de transformação

O entendimento de que as experiências mais precoces das crianças afetam profundamente sua aprendizagem e seu desenvolvimento passou por um processo demorado de aceitação.

O cuidado infantil com recurso público é visto, em primeiro lugar, como um recurso para ajudar as famílias a escaparem da pobreza, porém as experiências cotidianas das crianças tendem a ficar em segundo plano.

Duas visões sobre a infância

        A dicotomia das abordagens de Locke e Rousseau, consiste no problema inicial sobre o desenvolvimento infantil. Locke considera que a mente da criança ao nascer é uma tabula rasa, e que todos os conhecimentos eram adquiridos pela aprendizagem. enquanto Rousseau, considera que em um ambiente apropriado as capacidades inatas da criança se desenvolvem.

Os direitos das crianças

A criança tem o direito de ser respeitada como indivíduos, de serem escutadas e levada a sério, pois quando se tornarem mais velhas, elas possam tomar mais responsabilidades para si no sentido de exercer seus próprios direitos. se quisermos que elas cresçam como cidadãos ativos e participativos, precisamos aceitar que desde pequenos deve ser dada a oportunidade de expressar suas opiniões e sua parte na tomada de decisões, tão logo elas tenham competência para tanto.

Os adultos têm um papel importante na modelagem do comportamento das crianças, mas eles podem escolher fazermos de forma autoritária ou cooperativa por meio de ordens ou negociações. Isso não se trata apenas de conveniência mais sendo o direito das crianças serem respeitadas.

A importância do brincar

Todos os educadores que trabalham com  cuidado de crianças precisam entender a importância educacional do seu trabalho, para que as experiências das crianças sejam não somente satisfatórias mas promovam qualidade como curiosidade, criatividade, concentração e persistência.

Duas questões centrais sobre o brincar,  e que o brincar não depende da oferta de lugares especiais ou do oferecimento de objetos chamados de “brinquedo”, e a outra é que isso representa apenas um elemento na promoção do desenvolvimento da criança.

Com os estudos sobre esse tema estamos aprendendo a diferenciar os diferentes tipos de brincar.  É correto e razoável valorizar mais alguns tipos de brinquedo do que outros,  estimular o brincar complexo e concentrado, ao invés do brincar sem objetivo, em que não a atenção faz uma coisa após outra.

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