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VIGOTSKI E SUA OBRA TEORIA DAS EMOÇÕES: CONTRIBUIÇÕES PARA O CAMPO EDUCACIONAL

Por:   •  14/8/2019  •  Artigo  •  5.421 Palavras (22 Páginas)  •  262 Visualizações

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU [pic 1]

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

FAVENI

VIGOTSKI E SUA OBRA TEORIA DAS EMOÇÕES: CONTRIBUIÇÕES PARA O CAMPO EDUCACIONAL

ADELAR APARECIDO SAMPAIO

Caaratinga - MG

2016

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU [pic 2]

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

FAVENI

VIGOTSKI E SUA OBRA TEORIA DAS EMOÇÕES: CONTRIBUIÇÕES PARA O CAMPO EDUCACIONAL

ADELAR APARECIDO SAMPAIO

Artigo científico apresentado à FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Educação Especial e Inclusiva.

Caaratinga - MG

2016

VIGOTSKI E SUA OBRA TEORIA DAS EMOÇÕES: CONTRIBUIÇÕES PARA O CAMPO EDUCACIONAL

Adelar Aparecido Sampaio

RESUMO

A obra de Vigostki, o descreve com característica sócio interacionista. É reconhecida a importância das atividades que envolvem os alunos em suas relações sociais e cognitivas e a questão do conhecimento que perpassa o relacionamento sócio afetivo e, não somente, o aspecto físico de desenvolvimento. Partindo desse pressuposto, o estudo parte da concepção acerca dos sentimentos e emoções, os quais perpassavam todos os aprendizados, independente de qual origem. Desse modo, o artigo parte de estudo da obra Teoria das Emoções, de Vigotski e suas implicações para o campo educacional.

.Palavras-chave: Vigotski, emoção, educação.

        

1- INTRODUÇÃO

        A Psicologia de Lev Semenovitch Vigotski vem progressivamente ganhando visibilidade no cenário científico contemporâneo. No Brasil, isso pode ser comprovado pelo número crescente de publicações em periódicos científicos, como também por meio do cadastramento de grupos de pesquisa no Diretório de Pesquisas do CNPq. Não obstante, a temática sobre a vida e obra desse grande autor vem ganhando força e destaca-se em debates e discussões sobre suas contribuições para o campo de Psicologia e da Educação.

        A vasta e intensa produção do autor e a dificuldade de acesso a ela - tomada aqui como fonte primária na língua de origem, o russo - e as diferentes traduções e interpretações da obra não esgotaram o estudo acerca das diversas temáticas abordadas pelo autor. Especificamente na obra Teoria das Emoções, Vigotski dá vazão à problemática do desenvolvimento ontogenético, da triangulação biológico-histórico-cultural e da questão pensamento-linguagem, além de temas como a constituição e o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, como imaginação, memória, atenção, abstração e emoção.

        Nota-se que não é comum no meio acadêmico que esta obra seja arrolada nas referências como bibliografia de disciplinas que abordam seus fundamentos. É neste sentido que o artigo procura abordar, a partir de revisão bibliográfica, as principais ideias sobre o estudo da emoção na obra Teoria das Emoções de Vigostki, assim como reportar algumas de suas contribuições para o campo educacional.

2- DESENVOLVIMENTO

2.1 Principais ideias da obra Teoria das Emoções

        O livro "Teoria das Emoções" pode ter incompletudes, poderia não estar concluso quando o autor morreu, que foram publicados "rascunhos" da obra e não se sabe se houve ou não criteriosa revisão antes da publicação.

        É redundante em várias partes do livro o debate e revista às teorias psicológicas até então predominantes, sobretudo aquelas que se baseiam em Renê Descartes (século XVII), em William James e Lange (século XIX). Para tal, serve-se de teorias de Espinoza (1632-1677), pois este aborda teses mais próximas daquelas em que Vigotsky acredita e fundamenta.

        Ao longo dos vários capítulos, Vigotsky infere que as teorias de James e Lange não se sustentam e que há no ser humano uma essência emocional e afetiva e que são influenciados por fatores externos e pelo meio em que ela vive.

        A construção de uma teoria da psicologia dos afetos ficou estagnada, isto é, praticamente não deu passos por grande espaço de tempo. Com isso, por não falar na grande importância da solução dos problemas e de investigações psicológicas das paixões não se pode planejar de modo correto a psicologia do homem.

        Vigotsky traz as seguintes questões levantadas por M. Bentley num simpósio ocorrido em 1928: “A emoção é algo mais que um simples título de um capítulo”? Qual o seu conteúdo? Ao defender a importância da teoria das emoções, lança outras questões, expondo que, apesar de ocupar um importante espaço nos cursos gerais de psicologia e em tratados, tem sido renegada a poucos tópicos e poucas reflexões em torno da sua real utilidade social.

        O embate crítico em torno do desenvolvimento e da teoria dos afetos é antigo e imortal. Apesar disso, ele entende que é a própria crítica, como condição primeira, uma importante aliada na construção da teoria e no seu planejamento. Todavia, as novas portas abertas por estas críticas devem ser adentradas com propósitos liberais e imparciais para abordar os novos problemas e estudos da psicologia dos afetos com maior liberdade.

        O primeiro passo, apesar de estranho, é dado a partir do que já está posto teoricamente em relação à teoria das paixões sustentadas pelas abordagens fisiológicas e neurológicas. Porém, caso queira obter resultados sólidos e consistentes o pensamento científico materialista não poderá, de modo geral, avançar e desenrolar-se do modo como está posto pela teoria em vigor. Este capítulo da psicologia (paixões, dos afetos) está em posição de inferioridade se comparada a todas outras. Ou, como diz Bentley, está cheio de material morto. Em outros termos, a teoria dos afetos está condenada, semelhantemente como um presidiário. Neste caso, a cadeia é o interior da teoria organicista.

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