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A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO TRATAMENTO JUNTO A PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA

Por:   •  27/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.107 Palavras (13 Páginas)  •  635 Visualizações

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A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO TRATAMENTO JUNTO A PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA  


RESUMO

Através de uma revisão bibliográfica abordaremos a insuficiência renal crônica (IRC) em seus aspectos fisiológicos e suas implicações na subjetividade do sujeito, bem como a importância da atuação do psicólogo na adesão e durante todo seu  tratamento. Destacando a atuação focada nos fenômenos do portador de IRC, não desconsiderando as implicações da família e da equipe, mas compreendendo-as como fatores inerentes a este processo. Explicitando a ênfase em desenvolver uma qualidade de vida, uma vez que não há irreversibilidade do quadro.

Palavras-chave: Atuação do psicólogo; Tratamento; Insuficiência Renal Crônica; Psicologia Hospitalar


Introdução

A insuficiência renal crônica (IRC) é a perda progressiva do funcionamento dos rins, cuja principal função é remover os resíduos e o excesso de água do organismo, ou seja, deixam de fazer a filtração das impurezas do organismo, podendo levar a morte. É também, um processo progressivo de deterioração da função renal ao longo de anos, associado à perda da capacidade de manter níveis normais de produtos do metabolismo das proteínas. Ela ocorre quando uma doença ou outra condição de saúde prejudica a função renal.

A IRC não apresenta muito sintomas, mas alguns sintomas podem estar relacionados a ela, como: fraqueza, cansaço, inchaço no rosto, pés ou pernas, dificuldade para urinar e alterações na urina. Não há possibilidade de recuperar a função dos rins, por isso o tratamento consiste em reproduzir mecanicamente a função dos rins, sendo através da hemodiálise (HD) ou dialise peritoneal. Dentre as modalidades terapêuticas, a HD é a mais utilizada e é considerada um procedimento complexo, no qual a adequação de materiais e equipamentos, o preparo e a competência técnico-científicos dos profissionais que deles participam, são muito importantes para evitar riscos e garantir melhores resultados na manutenção da vida do cliente e do seu relativo bem-estar.

As atribuições do psicólogo envolve a elaboração de recursos cognitivos e emocionais, o equilíbrio psicológico entre pacientes e familiares e desenvolvimento da humanização, além de estabilizar a autoestima e trabalhar nesse paciente e seus familiares a aceitação frente às limitações impostas pela doença e seu tratamento.

Em um primeiro momento, a quebra de tabus e preconceitos contribui no desenvolvimento das capacidades do individuo e o auxilia na compreensão frente sua patologia. O psicólogo trabalha, também, conteúdos emocionais relacionados à IRC, fazendo com que o paciente trabalhe de forma positiva sua autoaceitação, autonomia e conhecimento pessoal. Incentivando o paciente a estabelecer boas relações sociais, metas, objetivos e a ter um domínio do ambiente.

A necessidade do acompanhamento psicológico ao portador de IRC é necessária desde a descoberta da doença e inicio do tratamento, tendo o psicólogo um papel de proporcionar segurança, uma vez que os pacientes ao se queixarem e conversarem com seus familiares podem se sentir causadores de preocupação. Assim através do acompanhamento psicológico o paciente poderá explorar seus medos e fantasias a respeito da doença, elaborando-a de maneira mais saudável.

Resumidamente as principais atribuições do psicólogo hospitalar para com pacientes com IRC são: passar informações sobre o tratamento, sobre a doença e a importância de se seguir as orientações medicas para melhorar a qualidade de vida, buscar junto ao paciente uma ressignificação da doença, proporcionar o máximo de autonomia possível e auxiliar na adaptação à nova vida.

  1. A Doença Renal Crônica

A Insuficiência Renal Crônica é uma doença que resulta na perda da função dos rins, podendo ser aguda ou crônica. Por sua vez, o rim tem papel fundamental no desempenho da eliminação de toxinas produzidas pelo organismo, do excesso de água e sais e na produção de alguns hormônios como a vitamina D e Renina, que interfere na regulação da pressão arterial. Tal doença é considerada um grave problema de saúde pública, justificado por seu alto índice de morbidade e mortalidade e, também, por seu impacto negativo sobre a qualidade de vida. (FREITAS; COSMO, 2010)

Ela pode ser causada por diversos fatores, sendo as doenças que mais afetam os rins a diabetes e a hipertensão. Podendo ser ocasionada também pela pielonefrite (infecção dos rins), glomerulonefrite (inflamação onde ocorrem os processos de absorção, reabsorção e excreção de soluções durante a produção de urina), rins policísticos ou doenças hereditárias.

A doença renal crônica é determinada quando há perda de 80% das funções fisiológicas do rim, ou seja, quando a percentagem de rim funcional é inferior aos 20%. Geralmente é apenas nessa fase que surgem os primeiros sinais e sintomas no indivíduo, situação essa que dificulta a diagnose precoce.

Nos casos de insuficiência renal aguda, na grande maioria das vezes o individuo já se encontra internado quando é diagnosticado com a doença. Isso se dá muitas vezes pela falta de sintomas e conhecimentos prévios sobre a doença. Sendo assim, o paciente vai atrás de ajuda médica se queixando de algo e depois de consultas e exames se descobre portador de uma doença já em estado grave.

O comprometimento do rim não saudável pode ocorrer de maneira rápida ou lenta e progressiva até a fase mais grave, de perda total de sua função, necessitando de substituição renal (através de diálise ou transplante). Ressalta-se que mesmo com a efetivação do transplante, o paciente está sujeito a um controle medicamentoso por toda a vida.

Assim como a diversidade de doenças responsáveis por causar a IRC, vários são seus sintomas, como: diminuição da produção de urina, inchaço nas mãos, pernas ou pés causados por retenção de líquidos, sonolência, náuseas e vômitos, perda de apetite, sensação de frio e fadiga e outros.

  1. Tratamentos Disponíveis

A IRC como já salientado não tem cura, por isso seu tratamento tem como objetivos aliviar os sintomas da doença e poupar a vida do paciente. Os tratamentos oferecidos são: o tratamento conservador, a diálise peritoneal ambulatorial contínua, a diálise peritoneal automatizada, a hemodiálise e o transplante. (Martins & Cesarino, 2005 apud Pascoal et al., 2009)

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