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A Abordagem da Aprendizagem social

Por:   •  3/7/2019  •  Trabalho acadêmico  •  668 Palavras (3 Páginas)  •  470 Visualizações

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Segundo o teórico da aprendizagem social tradicional Walter Mischel, o comportamento de gênero precede o conhecimento do gênero, ou seja, quando uma criança do gênero feminino faz “coisas de menina”, a mesma obtém o conhecimento de que é uma menina. As crianças normalmente padronizam seu comportamento baseado no modelo de um dos pais e também no de outros adultos ou crianças. Com isso, quando a criança recebe feedback comportamental acerca do seu gênero juntamente com os ensinamentos diretos dos pais e de outros adultos, a tipificação de gênero é cada vez mais reforçada. Entretanto, devido aos estudos feitos na década de 1970 questionando essa teoria e o surgimento de explicações cognitivas, ela perdeu a força dando lugar para a mais recente teoria social cognitiva de Albert Bandura.
De acordo com essa nova teoria que incorpora alguns elementos cognitivos, a observação permite que as crianças aprendam muito sobre comportamentos típicos do gênero antes de realizá-los. E, também reconhece que as crianças selecionam ou mesmo criam seus ambientes através de suas escolhas de companhias e atividades. No entanto, os críticos da teoria social cognitiva questionam a ausência da explicação sobre como as crianças diferenciam entre meninos e meninas antes de terem um conceito de gênero, ou o que inicialmente motiva as crianças a adquirir conhecimento de gênero, ou como as normas de gênero tornam-se internalizadas. Para esses teóricos, a socialização desempenha um papel central no desenvolvimento do gênero. Essa socialização inicia-se na primeira infância, bem antes da compreensão consciente do gênero. Gradativamente, à medida que a criança começa a regular suas atividades, os padrões de comportamento passam a ser internalizados. A criança não precisa mais de
feedback ou da presença de um modelo para agir de maneira socialmente aprovada. As crianças se sentem agradáveis consigo mesmas quando vivem de acordo com seus padrões internos e se sentem mal quando não o fazem. Uma parte dessa passagem do controle socialmente orientada para a autorregulação do comportamento relativo ao gênero pode ocorrer entre os 3 e os 4 anos. Portanto, os pais, os colegas e a mídia podem influenciar nesse desenvolvimento.

Influências da família – A influência da família no papel do gênero pode ser forte mesmo em casos que ocorra preferências contrárias ao estereótipo (caso de David de 4 anos, neto da governadora da Louisiana, pág 294). Normalmente, a experiência da criança na família parece reforçar as preferências e atitudes típicas do gênero. Embora apenas aparente, pois, é difícil separar a influência genética dos pais da influência do ambiente que eles criam. Além disso, ao invés dos pais apenas encorajar o comportamento típico do gênero da criança, eles podem muitas vezes estar respondendo. Como no caso de pais, principalmente o genitor do sexo masculino, que demonstra desconforto ao ver o menino brincar de boneca, o que é considerado algo típico de “meninas”. Essas atitudes vindas dos pais estão mais ligadas aos meninos do que as meninas devido ao fato de que os meninos tendem a ser mais fortemente socializados por gênero. As meninas, por sua vez, têm mais liberdade em suas ações. Os irmãos também influenciam bastante nesse processo de desenvolvimento de gênero, uma vez que, crianças pequenas com um irmão mais velho do mesmo sexo tende a ser mais típica de seu gênero, como se ocorresse uma espécie de referenciação do irmão mais velho para a criança.

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