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A Diferença Entre Vínculo e Relação

Por:   •  12/11/2019  •  Relatório de pesquisa  •  1.229 Palavras (5 Páginas)  •  173 Visualizações

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Psicologia institucional (resumo).

J. Bleger.

Tipos de sociabilidade em Bleger.

Diferença entre Vínculo e Relação

Nascemos em um vínculo indiferenciado e vamos aos poucos nos desenvolvendo a ponto de transformarmos os vínculos em relações cada vez mais diferenciadas e organizadas, e com isto será possível construirmos nossa identidade e o sentido de realidade que nos define como sujeitos.

O núcleo sincrético se caracteriza como simbiótico e ambíguo, relaciona-se a impulsos agressivos e libidinosos que se fundem.

Podemos concluir que para Bleger o objetivo de intervenção da psicologia institucional é o desenvolvimento da personalidade, e para isto será necessário promovermos a relação intergrupal ou intragrupal.

Processos grupais e Dimensão Institucional.

O autor procurou abordar o grupo em relação ao indivíduo, como possibilidade de alcançar níveis de elaboração e integração do ser humano, de uma forma tal que não se poderia alcançar na abordagem individual.

No que foi formulado por ele está a ideia de que em todo o grupo existe um tipo de relação baseado na comunicação não verbal que paradoxalmente nega a própria relação na medida em que dificulta a possibilidade de individualização dos sujeitos.

Pode se afirmar que o grupo será sempre uma instituição, mas que tende a estabilizar-se como organização no sentido de uma distribuição hierárquicas de funções que se realizam em áreas e ou espaços delimitados.

Ao afirmar que o indivíduo é grupo, o autor conclui que a organização é parte da personalidade porque a relação entre a identidade e a organização se dá pelos aspectos normativos da personalidade que organiza as normas e pauta a condutas das organizações.

Conclui-se que os processos grupais e institucionais se dão a partir de um movimento que é próprio da dinâmica intersubjetiva. Há dois níveis de comunicação: Sincrético sem valor simbólico que se da de maneira não integrada e dissociada, sendo fortíssimo vínculo, mas não relação.

Organizado que permite o surgimento da relação, com cisão do ego a ponto de permitir a coexistência de mais de uma atitude psíquica em relação á realidade.

O enquadramento na obra de Bleger.

Enquadramento.

O enquadramento é uma técnica de trabalho do psicólogo institucional. Foi proposta por Jose Bleger (1984) e não possui como objetivo a solução de problemas pontuais ou localizados na instituição. Neste sentido, não se identifica com a forma de atuação do psicólogo como um integrante do quadro de funcionários da mesma, mas na condição de um assessor.

O enquadramento tem sua razão de ser como um meio de se tentar garantir que o trabalho de análise seja efetuado numa condição de neutralidade.

No caso do psicólogo institucional, é este quem deverá se deslocar, efetuando seu trabalho no “campo” do paciente, ou seja, na própria instituição.

O enquadramento da tarefa do psicólogo na instituição tem por objetivo, como método de trabalho que é, a estabilização de determinadas variáveis, as quais definirão um campo estável de atuação para o psicólogo.

Burocracia e estereotipia.

É neste último sentido que a emprega Bleger, para descrever o quanto (o grau) de conflitos presentes numa instituição e, o mais importante, o quanto podem vir a ser explícitos (conscientes) ou permanecerem implícitos (inconscientes).

 Devemos destacar também a forma como Bleger entende os conflitos de uma instituição. Para o autor, os conflitos são constitutivos do ambiente institucional, não são necessariamente ruins. É por este motivo que o objetivo do psicólogo institucional não deverá ser o de eliminá-los, mas permitir que venham à tona para serem trabalhados.

        A ausência de conflitos para Bleger, portanto, não é um sinal de que as coisas vão bem numa instituição. Pelo contrário, dirá o autor, esta situação é bastante preocupante. A esta situação deu o nome de ESTEREOTIPIA.

A estereotipia é a situação na qual se evita tomar consciência dos conflitos existentes na instituição. É um tipo de defesa institucional.

A estereotipia atua, então, no sentido de manter a estrutura institucional estável, evitando-se as mudanças. Esta imobilidade, este “congelamento” da instituição é o que caracteriza uma situação burocrática para Bleger. 

Uma consequência importante da burocracia é que esta promove uma inversão entre meios e fins da instituição. Neste sentido, é possível, então, pensarmos numa série de inversões que ocorrem no interior da mesma, resultantes todas da situação burocrática.

Outra inversão importante destacada por Bleger diz respeito ao fato de que as instituições, ao se burocratizarem, acabam por reproduzir o problema que pretendem resolver.

A instituição como totalidade.

Em psicologia institucional, devemos considerar a instituição como uma totalidade.

A psicologia institucional não é meramente uma psicologia aplicada. 

A instituição não poderá ser estudada ou definida parcialmente, mas sempre em sua totalidade. Para Bleger a instituição é entendida como um sujeito.

A instituição possui duas dimensões: uma consciente e outra inconsciente, que Bleger nomeará como as dimensões explícitas e implícitas da instituição. Será a partir destas dimensões que, por extensão, poderá o psicólogo delinear os objetivos institucionais implícitos e explícitos.

Por considerar a instituição como um sujeito, à semelhança do paciente da clínica individual, é que Bleger dirá que esta é uma TOTALIDADE.

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