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A Maternidade e Formas de Maternagem

Por:   •  6/11/2021  •  Projeto de pesquisa  •  1.030 Palavras (5 Páginas)  •  244 Visualizações

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

THAIS PEREIRA DA SILVA - 920117142 INGRID DINIZ JORGE - 920121216 MEMORIAL 4ºF – NOTURNO

ATIVIDADE 2

“O Raciocínio teórico-clínico da Psicanálise freudiana”.

Trabalho dissertativo referente a discussão de caso clínico, apresentado para obtenção de nota na disciplina de Psicanálise e constituição do sujeito, sob a orientação do Professor Ms. Isaías Gonçalves Ferreira.

São Paulo 2021

ATIVIDADE 2 – Questão dissertativa - Estudo de caso “O Raciocínio teórico-clínico da Psicanálise freudiana”

Modalidade de sofrimento apresentada

O caso descreve uma senhora que apresenta uma modalidade de sofrimento com sintomas que aparentemente se aproximam do que Freud descrevia como sendo um quadro de neurose obsessiva. É claro que para dar um diagnóstico preciso seria necessária uma investigação mais apurada, mas os dados aqui fornecidos pelo autor apontam nessa direção.

O sofrimento psíquico é decorrente de como o sujeito entende o mundo e se organiza diante dele. Essa combinação pode se tornar patológica na medida em que o sujeito reage às coisas percebidas por ele. A relação desequilibrada entre a percepção do mundo e de si mesmo pode desencadear quadros de neurose (MINERBO, 2014).

No Dicionário de Psicanálise de Laplanche e Pontalis encontramos a seguinte definição de neurose: “Afecção psicogênica em que os sintomas são a expressão simbólica de um conflito psíquico que tem raízes na história infantil do sujeito e constitui compromissos entre o desejo e a defesa” (LAPLANCHE & PONTALIS, 1998, p. 296).

Podemos ainda identificar no caso descrito o mecanismo de defesa da formação reativa, aspecto bastante característico da neurose obsessiva. Nela o sujeito apresenta hábitos ou atitudes que vão em oposição aos seus afetos. Os desejos recalcados se manifestam na consciência de forma oposta ao seu sentido, mas com a mesma força original. Os afetos podem se manifestar como uma rigidez nas atitudes do sujeito, num excesso de moralidade, ou de higiene, dentre outras manifestações (LAPLANCHE & PONTALIS, 1998).

Os elementos formadores do sintoma

Com seus estudos sobre a memória, Freud diz sobre o caráter de falsificação, dado por rearranjos constantes em sua organização, que dão origem às fantasias. No centro dessas ficções, encontra-se a presença dos pais como agentes traumáticos e uma ambivalência de

sentimento em relação a eles. Essas considerações levam à construção de uma teoria da sexualidade infantil. (Freud, [1896] 1976, Carta 52).

Freud ([1905] 1976, diz que na primeira infância o sujeito é um ser de pura satisfação e que é em relação a essas experiências sexuais primeiras que se ordena toda a vida sexual do adulto. Elas dão origem à fantasia inconsciente que orienta o sujeito na sua relação com o desejo, sua economia libidinal, pois constituem um primeiro laço com o outro, imaginário, orientada pelo princípio do prazer. (No texto "Três ensaios sobre uma teoria da sexualidade").

O desejo possui relações estreitas com a formação de sintomas e com o trauma e a angústia. Nesta relação com o desejo, o trauma e a angústia representam, respectivamente, uma divisão na relação com o desejo, na medida em que sua representação é barrada ao eu, fixada como inconsciente - não há realização do desejo, dividindo o sujeito na relação com aquilo que o constitui - seu desejo - e o que desta divisão sobra, insiste como desprazer, a angústia.

Seguindo essa linha de raciocínio podemos associar o trauma da senhora ao se relacionar sexualmente com alguém, com a imagem ao ver seus pais em um ato sexual.

“Certa vez saiu de casa sem avisar e acabou sujando seu vestido, quando sua mãe soube de tal proeza proferiu as seguintes palavras “você já é uma mocinha, não pode ficar suja, desse jeito como algum garoto vai se interessar por você?”

A frase da mãe usada após a mudança de comportamento com a filha, faz ela associar liberdade, sujeira e sexo. Liberdade suja, sexo sujo.

Ocasionando a obsessão por limpeza, por associar que o sexo é sujo. Fazendo com que na vida ela seja obcecada por manter tudo limpo.

Se tornando escrava de um prazer e desprazer inconsciente.

A relação com o outro

Na categoria das defesas obsessivas, observamos que a formação reativa(vizinha), foi a defesa utilizada como forma de separar a ideia que é incompatível do afeto, depositando suas frustrações na vizinha.

Devido rejeições e fracassos amorosos, ocorre uma retirada e uma perda do teste de

realidade, um empobrecimento do eu, decidindo viver sua vida “sozinha” esperando sempre pelo par perfeito, associação feita no passado após uma bronca de sua mão que fez a menina seguir o mandamento:

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