A Origem da Mindfulness na Psicologia

MINDFULNESS:

Uma abordagem histórica e seus

benefícios na Psicologia Educacional

Barra do Garças – MT

Junho – 2023

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SUMÁRIO

1.0 - INTRODUÇÃO        3

2.0 -  MINDFULNESS        4

2.1 – RAÍZES NAS TRADIÇÕES ORIENTAIS        4

2.2 - INTRODUÇÃO DO MINDFULNESS NA PSICOLOGIA        4

2.3 - POR QUAL MOTIVO O GRUPO ESCOLHEU A TÉCNICA E COMO O GRUPO CHEGOU NA DECISÃO:        6

2.3.1 – Benefícios do mindfulness para ansiedade e estresse causado pelos pré-vestibulares        6

2.3.2 – Técnica simples e acessível        8

3.0 - CONSIDERAÇÕES FINAIS        10

4.0 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        11

1.0 - INTRODUÇÃO:

A prática do mindfulness tem se tornado cada vez mais popular no campo da psicologia como uma abordagem eficaz para promover o bem-estar mental. Neste trabalho, exploraremos a origem histórica da mindfulness na psicologia, destacando suas raízes antigas e como ela evoluiu para se tornar uma prática reconhecida e aplicada em várias abordagens.

        

2.0 -  MINDFULNESS

2.1 – RAÍZES NAS TRADIÇÕES ORIENTAIS

A história do mindfulness remonta a milhares de anos e tem suas raízes nas tradições contemplativas orientais, especialmente no budismo. O termo "mindfulness" é uma tradução da palavra em pali "sati" e em Sânscrito "smriti", que se refere à capacidade de estar presente, consciente e atento ao momento presente.

O surgimento dessa meditação está associado ao príncipe Siddhartha Gautama, fundador do budismo. No século VI a.C., Siddhartha deixou sua vida de luxo e empreendeu uma jornada espiritual em busca da iluminação. Depois de anos de práticas ascéticas e meditativas, ele alcançou a iluminação debaixo de uma figueira Bodhi e tornou-se o Buda.

O Buda ensinou o caminho do mindfulness como parte essencial do seu ensinamento. Ele enfatizou a importância de estar plenamente consciente do momento presente, observando as sensações, pensamentos e emoções sem julgamento. O objetivo era desenvolver uma compreensão mais profunda da natureza da existência humana e alcançar a libertação do sofrimento.

Ao longo dos séculos, essa meditação foi transmitida de geração em geração nas tradições budistas. Essas práticas contemplativas incluíam meditações formais, como a meditação da respiração e a meditação da atenção plena, bem como a incorporação nas atividades cotidianas, como comer, andar e realizar tarefas simples.

No século XX, o mindfulness começou a se espalhar para o Ocidente, principalmente através do contato entre mestres budistas e estudiosos ocidentais. Um marco importante foi a popularização do mindfulness nos Estados Unidos pelo Dr. Jon Kabat-Zinn na década de 1970 que será mencionado posteriormente.

2.2 - INTRODUÇÃO DO MINDFULNESS NA PSICOLOGIA

A introdução do mindfulness na psicologia ocidental marca um marco significativo na evolução dessa prática milenar oriental. A psicologia ocidental, predominantemente influenciada por abordagens científicas e empíricas, abriu caminho para a integração do mindfulness como uma técnica terapêutica eficaz para o tratamento de várias condições de saúde mental.

A entrada do mindfulness como ciência na psicologia ocidental começou a ganhar destaque na década de 1970, quando o Dr. Jon Kabat-Zinn, professor de medicina da Universidade de Massachusetts, após um período de autodescoberta, onde se envolveu com práticas contemplativas e filosofias orientais, ele decidiu aplicar os princípios da meditação na área da saúde e do bem-estar e assim desenvolvendo o Programa de Redução do Estresse Baseado em Mindfulness (Mindfulness Based Stress Reduction - MBSR). foi projetado como uma intervenção secular baseada em técnicas de mindfulness adaptadas da tradição budista.

O programa foi originalmente concebido para ajudar pacientes com dor crônica a gerenciar sua condição, mas acabou se tornando uma técnica amplamente utilizada para uma variedade de problemas de saúde física e mental.

O MBSR baseia-se na ideia de que a atenção plena pode ser cultivada por meio de práticas formais e informais de meditação. Ele ensina os pacientes a se tornarem mais conscientes do momento presente, observando com curiosidade e aceitação seus pensamentos, emoções e sensações corporais, sem julgamento. As práticas incluem a meditação sentada, a caminhada consciente, o body scan (exploração corporal) e o yoga mindfulness.

Durante essas sessões, os pacientes aprendem a trazer a atenção plena para suas experiências cotidianas, desenvolvendo habilidades para lidar com o estresse, a dor e outros desafios da vida. O MBSR tem sido utilizado em uma variedade de configurações, incluindo hospitais, clínicas, escolas e ambientes corporativos.

A eficácia do MBSR tem sido amplamente estudada e documentada em pesquisas científicas. Estudos têm demonstrado que o programa pode reduzir o estresse percebido, melhorar o bem-estar psicológico, aumentar a resiliência emocional, promover a regulação do humor, reduzir a dor crônica e melhorar a qualidade de vida. Além disso, o MBSR tem sido utilizado como complemento ao tratamento da depressão, ansiedade, o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e outras condições de saúde.

A introdução do MBSR na psicologia ocidental abriu portas para uma nova técnica terapêutica. O mindfulness passou a ser considerado uma prática não religiosa e secular que poderia ser aplicada em um contexto terapêutico, independentemente das crenças ou religiões dos indivíduos. Isso permitiu que profissionais de saúde mental incorporassem essa meditação em suas abordagens terapêuticas, ampliando as opções de tratamento disponíveis.

Além do MBSR, outras abordagens baseadas em mindfulness foram desenvolvidas e aplicadas na psicologia ocidental. A Terapia Cognitivo-Comportamental baseada em Mindfulness (MBCT) é uma delas. Essa abordagem combina técnicas da terapia cognitivo-comportamental tradicional com exercícios de Mindfulness, focando na identificação e na modificação dos padrões de pensamento negativos e na promoção de uma maior consciência do momento presente.