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A PSICANALISE E LINGUAGEM

Por:   •  24/5/2019  •  Resenha  •  708 Palavras (3 Páginas)  •  85 Visualizações

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Introdução

A fala e a linguagem são formações simbólicas, e como tal foi estudada por diversos linguistas que colaboraram para a compreensão da mesma em diversos aspectos sociais, individuais e culturais. A linguagem constitui a dimensão social, portanto a Psicologia e a Psicanálise são ciências que se constituíram por causa da linguagem. Tanto na análise quanto na psicoterapia o meio principal de acesso as questões do paciente é a fala, e a escuta, onde a interlocução é fundamental na relação terapêutica.  Como foi abordado por diversos linguistas o inconsciente é estruturado através da linguagem e os conteúdos recalcados também provêm dela e por meio dela podem ser revelados.

Trajetória dos Estudos Linguísticos

Ferdinand de Saussure foi um linguista e filósofo suíço que elaborou um arcabouço teórico que permitiu o desenvolvimento da linguística como ciência autônoma.   Saussure, estudou sobre as regras e convenções subjacentes que permitiam a língua operar.  Com o objetivo de analisar a dimensão social ou coletiva da língua ele distinguiu langue (língua, o sistema formal da linguagem que governa os eventos da fala) e parole (o discurso, ou os eventos da fala). Saussure tinha como objeto de estudo a infraestrutura da língua, ao que é comum a todos os falantes e que opera em um nível inconsciente.

Mikhail Bakhtin foi um filósofo e pensador russo que se propôs analisar as esferas da comunicação considerando aspectos históricos, culturais e ideológicos no uso efetivo da linguagem. As teorias bakhtianas se distanciaram da abordagem linguística de Saussare que considerava a língua como social apenas no aspecto das trocas entre indivíduos. Ele observava as influências do contexto social, da ideologia dominante e da luta de classes na língua.

Émile Benveniste sírio naturalizado francês foi um linguista que formulou a teoria da enunciação na qual reincorporou aos estudos linguísticos a noção de subjetividade. Assim a subjetividade é a capacidade do locutor se propor como sujeito do discurso que é possível através no exercício da língua. Para ele no processo de enunciação se constitui um eu e um tu, pessoas da enunciação, onde eu é subjetivo e transcende ao tu porque toma a palavra e o tu que é não subjetivo pois depende do eu para se instituído. Para ele o ego é o centro da enunciação e a subjetividade se constitui conforme se desenvolve a capacidade de dizer eu.

Chomsky, linguista americano, propôs a Teoria Gerativa, na qual divide a língua em interna e externa.A língua interna é individual cognitiva e mental e psicológica, e inerente ao ser humano. A língua externa é sociocultural, por isso variável, compreende os sons, palavras, regras gramaticais, escrita e permite a comunicação e interação contemplando aspectos cognitivos, psicológicos, socioculturais.

Michel Pêcheux foi um linguista francês que fundou a Escola Francesa de Análise do Discurso que afirma que a linguagem se materializa na ideologia e como se manifesta na linguagem, com isso ele objetivou explicitar os mecanismos de determinação histórica dos processos de significação, ou seja as relações de poder.

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