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A PSICOPATOLOGIA ESPECIAL

Por:   •  29/11/2017  •  Resenha  •  1.994 Palavras (8 Páginas)  •  345 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SOCIEDADE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA - 5º PERÍODO

PSICOPATOLOGIA ESPECIAL

BRUNA BRITO

TAÍS DE CASTRO FIGUEIRA

AVALIAÇÃO

CAMPOS DOS GOYTACAZES

2017 

        Texto relacionando o vídeo conferência “A epidemia das drogas psiquiátricas”, da Laura Delano com as considerações e articulações com os conceitos “medicalização da vida e inflação diagnóstica” e também com a “Psicopatologia de Jaspers”.

  1. A epidemia das drogas psiquiátricas

        A vídeo conferência que traz como tema principal a epidemia das drogas psiquiátricas, tem como palestrante a Laura Delano, contando um pouco da sua trajetória e suas complicações diante a medicalização da sua psicopatologia. Ela começa contando um resumo da sua infância e adolescência, que foi diagnosticada com diversos distúrbios mentais e já chegou a utilizar dezenove drogas psiquiátricas, ouvindo sempre de profissionais da saúde que passaria toda sua vida dessa forma, a base de medicamentos, em hospitais, por não haver cura para sua doença.

        Em mais detalhes é dito que era uma criança aparentemente estável, foi criada em um bom ambiente familiar, com boas condições financeiras, ia bem na escola e com os amigos, mas não escapava das pressões e expectativas (impostas mesmo que indiretamente) pelo padrão da sociedade americana e dos pais por exemplo, para não ser um fracasso ou decepção. E que por conta de uma experiência intima e profunda consigo mesma, disse que “perdeu seu sentimento corporal e tudo ficou escuro, e quando me via no espelho me achava alguém estranha”, segundo palavras da própria Laura Devano. E mesmo tentando sufocar esses sentimentos e agir como se nada tivesse acontecido, chegou um momento que se tornou excessivo, apresentando comportamentos agressivos, surtos e até ideações suicidas. A partir desses episódios foi levada até o sistema da saúde mental por seus pais, passando por psicólogo e psiquiatra, o qual diagnosticou com alguns distúrbios e a prescreveu um tratamento medicamentoso.

        Acreditava que um estranho falar o que você está sentindo e te rotular como se tivesse um defeito, era algo errado, sabia no fundo que estava apenas reagindo ao problema que é a sociedade em si, e não ela. Mas esse pensamento não era suficiente para mudar suas atitudes de continuar seguindo desempenhando um papel em que era “normal”. Ao ingressar na faculdade de Harvard, imaginou que conseguiria ser feliz, já que tinha batalhado tão arduamente para estar ali e que nada aparentemente era significado para estar tão insatisfeita como estava. Porém, estava enganada, continuava a mesma de antes e isso foi a levando para um caminho de autodestruição.

        Se rendeu assim a escolha de procurar um novo psiquiatra, que a aliviou dizendo sobre sua psicopatologia e alegando que teriam uma série de medicamentos para trata-la, chegou até a se questionar do porquê de não ter aceitado antes o diagnóstico e o tratamento. Mas não demorou muito para sua esperança se dissipar, ao decidir ser uma boa paciente e seguir rigorosamente com aquele coquetel de remédios,

Comprando o DSM para entender sobre os sintomas e quanto mais se envolvia na ideia de ser bipolar, sua vida começou a afunilar para essa identidade – crendo que fosse levar para um estágio de felicidade e equilíbrio – por ser apenas questão de tomar o remédio certo.

Foi a época que ela mais demorou a sair desse sistema de medicação – aconteceu ao contrário.

Proposito e direção – perdeu

O foco passou a ser uma boa paciente.

Pensamentos suicidas se tornaram cada vez mais lógicos. – Tentativa de suicídio.

 

Abusos de substancias

Ex paciente mental autodenominada

E quis contar sua trajetória como diagnosticada com distúrbio mental desde nova e como se perdeu no sistema da saúde mental e como esse rotulo de distúrbio bipolar, modelou como criança e como as drogas me afetaram e mostrou que eu tinha que sair desse sistema se eu quisesse realmente sobreviver. 

Como foi sair do sitema, como foi deixar as drogas e como fundou o trab como ativista

O filme “Geração Prozac” tem como contexto a década de 80 e apresenta como protagonista a jovem Lizzie, que desenvolve um quadro depressivo após fatores que influenciam na patologia como a desestruturação familiar após a separação dos pais, pressão e expectativa por parte da mãe e isto foi acentuado após o ingresso à faculdade. Lizzie, durante seu tratamento, foi indicado para a terapêutica da doença a utilização do medicamento Prozac®, que possui como princípio ativo a fluoxetina, um inibidor seletivo da recaptação de serotonina, tendo efeito antidepressivo. O filme procura transmitir a banalização da prescrição de medicamentos em transtornos mentais em enorme escala, principalmente nos Estados Unidos.

  1. Medicalização da vida e inflação diagnóstica

        Allen Frances, autor da obra “Voltando ao Normal”, caracterizou e denominou como inflação diagnóstica, o fenômeno do aumento do consumo de fármacos psicoativos a fim de amenizar ou solucionar transtornos mentais que, muitas vezes, pode ser resolvida apenas com a psicoterapia, sem a necessidade da utilização de substâncias exógenas comercializadas pela indústria farmacêutica. O autor interpreta o contexto social vivido como de estresse constante e competição, tornando-se nocivo para a saúde mental e fragiliza a população de maneira geral, tornando-a vulnerável ao desenvolvimento de transtornos mentais. Com esse desenvolvimento de estresses decorrentes do convívio social, costuma-se ter como interpretação de solução imediata a medicalização, por muitas vezes desnecessária, por parecer o recurso mais rápido e que movimenta capital para a grande indústria farmacêutica, porém, esse recurso não deveria ser aproveitado tão banalmente visto que medicamentos psicotrópicos podem gerar muitos efeitos adversos muito danosos como, por exemplo, a dependência química dessas substâncias.

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