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A Produção Social da Identidade do Anormal

Por:   •  5/6/2019  •  Resenha  •  487 Palavras (2 Páginas)  •  383 Visualizações

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Resumo:

A Produção Social da Identidade do Anormal

2019/01


Em todas as épocas, a identidade social do anormal identificada por alguns critérios, onde indivíduos que possuíam alguma(s) característica(s), que por sua diferença, acarretavam à possibilidades de participação na construção coletiva de sobrevivência e reprodução de diferentes agrupamentos sociais.

A concepção hegemônica moderna de anormalidade social tem como base o paradigma biológico, onde está ciência chegou ao nível de certeza ao identificar o estado normal e o patológico, considerando doença como um desvio do estado habitual de saúde.

A normalidade em biologia não pode ser somente comprovada pela maior frequência de uma manifestação orgânica, mas pela possibilidade de esta manifestação, mesmo que relativamente rara, ser normativa.

O conceito de anormalidade social não vai se tornando cada vez mais preciso, mas vai se modificando, na medida em que as condições sociais vão sendo transformadas pela própria ação do homem e que geram novas necessidades na relação indivíduo-meio social.

Se, em outras formações sociais, seja em tempos diferentes, os requisitos de expectativas sociais não exigiram ou exigem uma determinada atuação, que pode identificar a existência de uma anormalidade, esta não é identificada.

Com a criação de instituições para os ditos deficientes com o objetivo de capacitá-los para se integrar no meio social e produtivo, que com sua deterioração, e com o internato auto-suficiente, passaram a atribuir a imagem de incapacitado aos seus pacientes.

Cabe verificar como a institucionalização da educação especial, onde o Brasil não se diferenciou muito da postura adotada pela Europa, foi produzindo uma concepção de deficiência como consequência de suas ações.

O internato, como forma exclusiva no atendimento de crianças deficientes, cria uma identidade social de necessidade da sua separação do meio social, para não atrapalhar o meio e proteger os incapacitados.

Devido a problemas financeiros, com a deterioração comentada anteriormente, ao elitismo por ser difícil e visto como prêmio a garantia de uma vaga, e seu método de internato, na medida em que esses institutos não conseguiam se organizar a dar aos seus alunos formação suficiente para sua integração social, isso contribuia para sua própria clientela ter uma auto-imagem depreciativa de inferioridade e incapacidade.

No Brasil houveram três momentos da educação especial, onde no terceiro, houve uma ampliação que não só significou o incremento do atendimento aos quadros patológicos já incorporados pela educação especial, mas passou a englobar quem possuía dificuldades decorrentes de processos sociais e de escolarização inadequadas.

Ao não incorporar a maior parcela das crianças anormais, a educação especial contribuiu decisivamente para a disseminação da concepção de inversibilidade da anormalidade.

Como não há seriação, fica impossível o acompanhamento os níveis de escolarização e distribuição do aluno por série. Assim não se tem qualquer estatística oficial sobre os níveis de aprovação, separando o alunado das classes regulares e os das classes especiais.

Se por um lado a constituição dos anormais não é deixada de lado pela sociedade, por outro, esta mesma produz uma série de problemas que não podem ser considerados meras deformações de uma sociedade que se pretende harmônica.

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