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A Psicologia E O Desenvolvimento Humano

Artigo: A Psicologia E O Desenvolvimento Humano. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  2/12/2013  •  1.934 Palavras (8 Páginas)  •  607 Visualizações

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A Psicologia e o Desenvolvimento Humano

Vamos dar início aos trabalhos?

Nesta primeira aula, vamos conversar um pouco sobre as diferentes teorias do desenvolvimento na Psicologia. Como ponto de partida, gostaria de inserir a discussão sobre as contribuições da Psicologia para a formação docente.

Comumente, vemos uma posição bastante estanque do educador em frente ao aluno. É muito comum o professor tomar a si mesmo como referência e não fazer um questionamento sobre como se porta em frente aos alunos. Como bem dizia Lacan, em seus estudos psicanalíticos, a culpa do fracasso - no processo de aprendizagem - é sempre do Outro (conceito que veremos ao longo das aulas) e nunca de si mesmo.

A que isso leva? Além de ser forma de fugir das responsabilidades, temos a manutenção da posição de quem tudo sabe, ou seja, o educador se mantém no pedestal daquele que detém o saber ainda que sobre altos custos para a sua saúde, inclusive.

A Psicologia pode trazer contribuições para esse processo a partir do momento em que questiona essas situações. Consideramos para o andamento de nossos estudos, três pontos fundamentais, para você, educador, não se esquecer ao longo do processo que iremos realizar.:

1. É fundamental que vocês percebam que a formação é sempre continuada, ou seja, nunca chega ao seu fim. Porém, não basta tomar os conteúdos debatidos durante os cursos, seminários, oficinas, etc, como sendo parte da outra pessoa, sem qualquer tipo de vínculo consigo próprio. Por isso, a verdadeira formação do educador é aquela que passa a fazer parte de si mesmo como uma "formação do ser".

Aí, vocês podem entender que, quando estamos falando de desenvolvimento, dizemos do nosso próprio desenvolvimento e não apenas o do outro. Quando estudamos Psicologia, estudamos a nós mesmos, sendo inevitável a separação da teoria com a própria vida cotidiana.

2. Os conhecimentos desenvolvidos pela Psicologia não são saberes fechados e prontos, mas sempre em processo de contínuo aperfeiçoamento. Assim sendo, não é possível tomar cada aluno como comprovação de uma teoria. Cada sujeito é único e devo, como pesquisador - e educador - que sou, perguntar-me sobre quem é esse aluno, como posso auxiliá-lo no processo de seu desenvolvimento. Dessa forma, concordo com Adorno, teórico da escola de Frankfurt (http://www.infoescola.com/filosofia/escola-de-frankfurt/), quando afirma que a grande tarefa do professor é fazer-se supérfluo, ou seja, permitir que o aluno exercite o seu papel como sujeito da própria aprendizagem.

3. Por último, vale a pena retomar a ideia de que não existe um desenvolvimento padrão para todos os seres humanos. O que existe são certos parâmetros construídos e/ou observados que nos permitem entender como ocorre a estruturação física, mental, cognitiva e emocional do sujeito humano. Porém, não podemos tentar padronizar esse processo, já que ele é muito dinâmico.

Não existe dúvida de que o professor sofre as demandas de uma sociedade cada vez mais rápida. Os pais, o mercado de trabalho, ou mesmo o currículo escolar, determinam as metas a serem alcançadas. Porém, o mais importante é reconhecer o papel que possuem na formação do ser que se encontra à frente de vocês para, desta forma, traçar metas que respeitem os princípios éticos tomados para referência. Essa é a mensagem inicial que deixo a vocês.

Agora podemos começar para valer!

Logo de partida, vamos ver um VÍDEO sobre as etapas do desenvolvimento?

Questão para Refletir:

Anotem o que acharam de mais interessante e depois tentem responder à pergunta:

"O que é, afinal de contas, desenvolvimento?"

Interessante o vídeo, não é mesmo? Ele é bastante didático, ao apontar que cada etapa possui traços característicos. Mas ele peca em uma coisa: o desenvolvimento não pára nunca. Mesmo para Piaget, autor citado como referência.

Mas como assim, professor? Desenvolvimento é mudança. Ainda que a pessoa faça algo que seja considerado como socialmente culpável. Para chegar neste ponto, ela teve que aprender coisas, construir capacidades e habilidades novas, ou seja, desenvolver-se.

Como ocorre o desenvolvimento? Primeiro, a pergunta central é outra. Vigotski, no livro "A Formação Social da Mente" afirma que a questão é: "como o homem se faz humano?"

Isso significa que o homem nasce potencialmente humano, ou seja, ele pode se tornar humano, mas ainda não é ao nascer. Ele não anda, não fala, não se protege. O pensamento ainda é muito arcaico e alguns autores - como Piaget e Freud, por exemplo, - afirmam que existe uma etapa na qual o homem ainda nem conhece o mundo à sua volta. Por isso, a característica central do desenvolvimento é a mudança.

Mas qual é a fonte dessa mudança?

Essa é uma pergunta muito interessante. Alguns vão dizer que o ser humano já possui, em seus genes, todas as condições e características que estarão presentes durante a vida. Essa é uma visão bastante determinista, ou seja, que indica caminhos fechados para o que cada um será ao crescer. Chamamos de abordagem inatista. É um pouco esse o espírito das pesquisas com o genoma humano: tentar encontrar no DNA as fontes das características de personalidades presentes em cada um.

Para Saber Mais:

Existe um filme muito legal que discute essa questão. Chama-se "Gattaca - A Experiência Genética" de Andrew Niccol (http://www.terra.com.br/cinema/ficcao/gattaca.htm (texto) e http://www.youtube.com/watch?v=o7OYCmynrRU trailer do filme). Vale a pena dar uma conferida.

Existem outras pesquisas que apontam para caminhos diferentes. O homem forma-se de acordo com o ambiente em que está. Assim, o contexto imediato oferece as condições para o desenvolvimento. Conforme o arranjo dessas condições, maior a possibilidade de cada um se desenvolver. Nesse caso, falamos de uma abordagem ambientalista.

A frase central dessas duas concepções é

"Filho de peixe, peixinho é";

Porque, ou será como os pais, devido às capacidades e habilidades transmitidas pelo DNA ou pela influência direta da educação dada por eles.

Existe, ainda, uma terceira visão nessa discussão. O ser humano não é produto de seus genes, nem produto do ambiente. Ele é uma verdadeira reconstrução

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