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A Psicologia evolutiva e Psicologia da educação: algumas reflexões

Por:   •  6/3/2023  •  Artigo  •  1.499 Palavras (6 Páginas)  •  69 Visualizações

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Aula 2.  Psicologia evolutiva e Psicologia da educação: algumas reflexões

Nosso objetivo maior nestes textos introdutórios é trazer reflexões acerca da contribuição da psicologia no desenvolvimento e a relação com a aprendizagem humana, sobretudo, a partir das compreensões da psicologia evolutiva e da educação.

A psicologia evolutiva

 De acordo com Palácios (2004), “como qualquer outra disciplina a psicologia evolutiva trabalha com a mudança ao longo do tempo”. Seu principal objeto de estudo é a conduta humana nos processos de mudança psicológicos que ocorrem desde nossa concepção até a nossa morte.

Até pouco tempo, a psicologia evolutiva se dedicou exclusivamente ao desenvolvimento infantil e adolescente. Podemos dizer que hoje, há, ainda que timidamente, uma preocupação em ultrapassar esses níveis de desenvolvimento, especialmente, no que se refere à análise evolutiva da vida adulta e do processo de envelhecimento.

O século XX é marcado pelas concepções de dois grandes teóricos. Nos Estados Unidos, John Locke e, na Europa Jean Jaques Rousseau. Na concepção de Coll (2004), “a psicologia evolutiva americana apareceu muito ligada aos fatos e à observação da conduta”.

Entretanto, a influência dos estudos de Darwin fundamentada nas idéias de que a evolução consiste em uma série de mudança que levam a um estado final, nos passa a compreensão de que a psicologia evolutiva está relacionada, inicialmente, com essa idéia de evolução até o auge da maturidade, uma denominação mais comum na Europa.

Nesse contexto, dois grandes representantes mais eminentes das propostas organicistas foi, sem dúvida, Sigmund Freud (1856-1939), neurologista de formação e Jean Piaget (1896-1980), biólogo.  Suas contribuições sobre o processo de desenvolvimento psicológico não podem ser dissociadas da psicologia evolutiva.

 Além deles, outros autores europeus, mesmo numa orientação diferente, compartilham algumas de suas idéias. Estão entre eles Wallon, sem a grande repercussão de Piaget e Freud, mas com importantes contribuições nos países de língua francesa e em muitos de língua espanhola. Entretanto, é com o trabalho de Vygotsky (1896-1934) que as proposições sociogênicas começam a ganhar destaque. Veja, em seguida, nossa galeria de fotos.

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Figura I                                                              Figura II

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Figura III

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A Psicologia evolutiva contemporânea

Em termos gerais, ao nos referirmos à psicologia evolutiva contemporânea, estamos nos reportando a partir dos anos 1970, marcados especialmente pelo surgimento e pelo desenvolvimento da psicologia evolutiva do ciclo vital, que supõe uma ruptura conceitual com os modelos clássicos do desenvolvimento.

Na visão de Cool (2004), a psicologia evolutiva contemporânea passa a questionar três princípios fundamentais da psicologia anterior. O primeiro deles é o fato de que o desenvolvimento humano não é algo que afete somente a infância e adolescência, por isso nesse período os estudos focalizam a idade adulta e a velhice, pois, aqui, também ocorrem importantes fatores evolutivos. Em segundo lugar, nessa perspectiva de ciclo vital, o desenvolvimento passa a ser visto como multidirecional, ou seja, está orientado para metas diversas, não-universais nem necessárias bem como muiltidimencional, isto é, nem todas as dimensões evolutivas mudam da mesma maneira e na mesma direção. Em terceiro lugar, outra vertente que ganha ênfase nessa compreensão do ciclo vital é a natureza histórica e cultural dos sujeitos, em contraposição aos aspectos maturativos e universalistas das proposições organicistas.

É claro que as discussões acerca das proposições do ciclo vital abrem espaço não só para questões cronológicas, mas, sobretudo, de cunho temático, na medida em que essas perspectivas vão sendo aplicadas aos conteúdos e metodologias.

A Psicologia da Educação

De acordo com Coll (2004) “a finalidade da psicologia da educação é estudar os processos de mudança que se produzem nas pessoas como conseqüência de sua participação em atividades educacionais”.

Sendo uma disciplina que se preocupa com os processos psicológicos há uma necessidade de uma aproximação multidisciplinar do estudo dos fenômenos educativos, pois ela está relacionada aos fatores que facilitam ou obstaculizam a aprendizagem.

Não se pode negar que assim como outras disciplinas educacionais, a psicologia da educação está intimamente comprometida com uma teoria educacional de base científica, cujo objetivo é a contribuição para a descrição de atividades educacionais capazes de provocar mudanças naqueles que delas participam, entendidas assim como práticas educacionais em espaços também não-escolares, como, ambientes familiares e de trabalho, por exemplo.

A partir da década de 1960 assistimos a um crescente envolvimento da escola com a psicologia da educação, sobretudo em três grandes áreas como “a formação de professores, a pesquisa psicológica aplicada à educação e a intervenção psicológica sobre problemas e dificuldades do desenvolvimento, da aprendizagem e da conduta, especialmente aquela relacionada a crianças e adolescentes. Daí a necessidade cada vez maior da atuação do psicólogo nos espaços escolares, mas, infelizmente, muitas de nossas escolas públicas ainda necessitam de profissionais nesse campo de atuação. Se você ensina, reflita como está a estrutura organizacional de sua escola. Há psicólogos no quadro de funcionários? O que ele faz? No seu trabalho, em que você pode contar com ele?

Outras reflexões

Durante muito tempo, a psicologia da educação abordou o estudo do ensino e da aprendizagem como se fossem duas categorias separadas. Hoje, entendemos que para explicar como se aprende não podemos separar do como se ensina, pois, ao longo das últimas décadas vem-se corrigindo essa compreensão. Trabalhos como o de Freire, por exemplo, nos faz lembrar a necessidade do diálogo no ato de ensinar e aprender. Como o próprio autor nos lembra “o papel do educador não é propriamente falar ao educando, sobre sua visão de mundo ou lhe impor esta visão, mas dialogar com ele sobre a sua vida e a dele” (Freire apud Barreto, 2003).

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