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Psicologia Social: Psicologia Cognitiva

Por:   •  14/8/2016  •  Relatório de pesquisa  •  5.857 Palavras (24 Páginas)  •  606 Visualizações

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De acordo com Reed (2000) resolução de problemas é um esforço para tentar superar obstáculos que atrapalhem o caminho para uma determinada solução. Esta resolução engloba as maneiras como o sujeito utiliza de suas ideias, criatividade, as formas e processos para se conduzir uma tarefa e solucioná-la da melhor maneira possível.

Para Matlin (2004) “resolução de problema” é utilizado quando temos um problema e queremos soluciona-lo, porém, a solução não é imediata. Ela diz que os problemas vão ter três estágios: o estado inicial, o estado de meta e os obstáculos. O estado inicial vai descrever o início do problema, aonde você vai pensar a respeito do problema. O estado de meta é aquele em que você resolve o problema, assim já tendo passado pelo estado inicial em que você pensou a respeito do problema e resolveu e por fim os obstáculos, que são as dificuldades da passagem do estágio inicial para o estágio de meta.

Ainda concordando com Matlin (2004), para que a compreensão do problema ocorra é necessário ter coerência, correspondência e conhecimentos básicos. A coerência é um modelo em que as partes têm que estar interligadas e essa ligação tem que ter coerência. (Exemplo: você tem uma frase, você olha a sentença, juntas as palavras assim criando uma ligação entre as palavras), a correspondência é uma relação interna (sua observação diante da situação) e o que está sendo compreendido. (Exemplo: a mulher dá a receita e fala que tem que passar o pano quente do iogurte a outra pessoa entende que o iogurte está em um recipiente aberto e que vai sujar o pano) e o conhecimento básico é quando já tem familiaridade com o assunto (Exemplo: ler um artigo de um assunto que você não tem domínio, para entender você tem que ter um entendimento sobre aquele vocabulário que está sendo utilizado).

Para que possamos resolver os problemas que nos são propostos, Sternberg (2010) afirma que fazemos o uso de alguns passos, que são o ciclo da resolução de problemas, e se definem como: a identificação do problema, a definição do problema, a formulação de estratégia, a organização das informações, a alocação de recursos, o monitoramento da solução do problema e por último a avaliação da solução do problema. O primeiro passo, a identificação, se define como identificar o problema tal qual ele aparece. Após a identificação, é necessário que se tenha uma definição e representação do problema em um grau que se possa compreender com precisão de como solucioná-lo. O próximo passo é a formulação de estratégias na resolução do problema, que pode envolver aspectos de análise, que desmembra a totalidade do problema complexo utilizando elementos mais simples, ou o processo de síntese, que consiste em agrupar os elementos e dispô-los em algo útil. 

Sternberg (2010) também diz que na organização das informações, o sujeito tenta integrar as informações que julga necessárias para realizar a tarefa de modo eficaz, trazendo consigo referências ou ideias próprias de como resolvê-lo. Este estágio é importante para uma boa solução de problema, pois o sujeito deve entender as informações que possui e agrupá-las de modo que suas ideias o levem a resolver a tarefa pretendida. Na alocação de recursos, é necessário observar quais os recursos necessários e limitados para tal tarefa, como exemplo de tempo, dinheiro, espaço, etc. Deve-se haver um planejamento por parte do executor da tarefa, de forma que se aloque corretamente os recursos para a solução do problema. O monitoramento diz respeito ao uso cuidadoso do tempo no processo de resolução do problema, de modo que este seja usado para que se chegue com êxito na resolução do problema, testando e avaliando se seus objetivos estão sendo cumpridos, no decorrer de todo o processo de solução de tal problema. A avaliação consiste em avaliar ou revisar ao final da solução do problema, todo este processo, em busca de qualquer erro de execução ou novos problemas a serem solucionados a partir de um problema que já está sanado. 

Na resolução de problemas podemos ter alguns fatores que influenciam na resolução, como a perícia, que são aquelas pessoas em que um excelente desempenho na atividade, essa habilidade exige muito treino e pode demorar um tempo para ser adquirida, a configuração mental é outro problema em que a pessoa tenta a solução de um problema passado em um novo problema, mesmo sendo problemas diferentes, assim criando uma rotina mental. A configuração mental é um exemplo de tendência geral, chamado de entrincheiramento aonde ocorre pensamento automático, assim criando categorias antigas e elas ficaram aprisionadas e um último problema que pode ser citado é a fixação funcional em que vai se referir ao modo como pensamos sobre os objetos. (Matlin, 2004).

Sternberg (2010) define que os problemas podem ser classificados como mal estruturados (quando não possuem caminhos fáceis e claros para suas soluções) e bem estruturados (quando esses caminhos são claros). Os problemas bem estruturados podem ainda exigir uma série de movimentos, de possibilidades para que se possa atingir sua solução, quando isso acontece temos um problema de movimento. Ele ainda afirma que os problemas podem ser ricos ou pobres em conhecimento. Um problema é considerado rico em conhecimento quando esse exige que os participantes tenham um conhecimento prévio de algum assunto específico para resolvê-lo. Quando isso não ocorre, e as informações para solucionar o problema já são apresentadas na sua formulação, dizemos que esse problema é pobre em conhecimento.

A solução de problemas obtidas em grupo é melhor do que aquelas obtidas individualmente. Existem alguns obstáculos e auxílios para a resolução de problemas, os obstáculos são: a configuração mental, o entrincheiramento e a fixação funcional. Existe também a transferência, que é quando aproveitamos do conhecimento ou habilidades adquiridas em uma solução de problema anteriormente feita para solucionarmos outros problemas, e a incubação, que é quando deixamos o problema de lado durante um curto período de tempo para que possamos achar a solução do problema. (Sternberg, 2010)

De acordo com o estudo realizado por Silva e Adda (2007), existem diversos métodos para avaliar a noção de tempo, entre eles três são mais utilizados os de estimativa, reprodução e produção. No de estimativa a pessoa deve expressar verbalmente quanto tempo determinado intervalo durou, na reprodução uma determinada duração é apresentada ao participante e esse deve replica-la, e no de produção o experimentador deve dizer um determinado intervalo e o participante tem que produzir esse intervalo de alguma forma.

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