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A Raiva e Agressividade

Por:   •  15/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.500 Palavras (10 Páginas)  •  254 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA

CURSO DE PSICOLOGIA

AMANDA BATTAGLIN CRANCIANINOV

GABRIEL EDUARDO DIAS

GABRIELA STROCCO RENISZ

HERICK OLIVEIRA CAMARGO

RAFAELA CLARO DE FARIAS

RAFAEL VALÉRIO DE ALMEIDA

ESTUDO DAS EMOÇÕES

Raiva e Agressividade

CURITIBA

2018

AMANDA BATTAGLIN CRANCIANINOV

GABRIEL EDUARDO DIAS

GABRIELA STROCCO RENISZ

HERICK OLIVEIRA CAMARGO

RAFAELA CLARO DE FARIAS

RAFAEL VALÉRIO DE ALMEIDA

ESTUDO DAS EMOÇÕES

Raiva e Agressividade

Trabalho apresentada ao

Curso de Psicologia da Pontifícia

Universidade Católica do

Paraná, como requisito à

obtenção de nota parcial do segundo bimestre.

Professora: Ana Beatriz Pedriali Guimarães

CURITIBA

2018

SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        4

2        RAIVA E AGRESSIVIDADE        5

3        CONCLUSÃO        9

REFERÊNCIAS        10

  1. INTRODUÇÃO

A partir das discussões e teorias filosóficas sobre a mente e o corpo muitos filósofos clássicos formularam concepções para explicar as origens e a função das emoções para o indivíduo humano. Com o desenvolvimento da ciência a partir do séc. XIX e o aprimoramento de áreas do conhecimento como a psicologia, a biologia e a antropologia, as problematizações filosóficas em relação à razão e emoção passaram a ser investigadas tanto de forma teórica quanto de forma prática para comprovar cientificamente as informações geradas sobre as emoções. Inicialmente surgiu um grande interesse sobre os processos cognitivos, os quais incluem as atividades mentais relacionadas ao armazenamento de conhecimento, raciocínio e de memória. Recentemente, como a evolução das áreas da neurofisiologia e neuropsicologia, têm sido intensificado o interesse em estudar as bases neurais e processos envolvidos nas emoções.

Neste trabalho iremos focar em pesquisas desenvolvidas sobre a emoção da raiva e comportamento gerado por ela, a agressividade. Ambas são explicadas como formas de proteção do indivíduo contra ameaças externas e identificadas como algo inato, assim como característica de identificação de um determinado grupo, influenciado por uma intenção de inclusão em um meio social, sendo então gerados a partir de um estímulo ambiental e social.


  1.  RAIVA E AGRESSIVIDADE

A raiva e a agressividade são fenômenos de natureza humana, é impossível livrar-se delas. A partir da perspectiva filogenética estudada pela psicologia evolutiva é possível afirmar que as atuais características humanas surgiram ao longo do passado evolutivo recente, este ambiente onde foram geradas tais características era um ambiente no qual o ser humano tinha que caçar, coletar, livrar-se de predadores e rivalizar com grupos adversárias na disputa por recursos escassos e terras para moradia. Por ser um ambiente caracterizado por suas dificuldades de sobrevivência somente os indivíduos com maior capacidade adaptativa sobreviveram e propagaram seus genes.

Atualmente, o ser humano vive em ambientes bem mais confortáveis e cômodos, porém seu cérebro ainda mantém características adaptadas ao passado evolutivo, por se tratarem de informações que são úteis para a sobrevivência. Dentre elas se destacam o comportamento cooperativo, a seleção de parceiros, a linguagem, o processo de categorização de grupos e o comportamento violento em alguns contextos.

Ao identificar estas características podemos explicar uma ampla variedade de padrões comportamentais humanos, inclusive os socialmente não desejáveis como o comportamento violento. As sociedades pré-históricas tinham a necessidade de competir por alimentos, territórios e parceiras(os) sexuais com os membros dos outros grupos que viviam às redondezas, portanto, consequentemente entravam em conflitos. Ao analisar as lesões existentes nas ossadas de membros das sociedades antigas é evidente a presença de padrões semelhantes aos encontrados nas populações mais modernas, mostrando uma continuidade do comportamento violento no decorrer do tempo. Em estudos antropológicos podemos verificar que até em sociedades pacíficas ainda existem registros de ocorridos que envolvem violência.

Supõe-se então que o comportamento agressivo pode ter sido um atributo naturalmente selecionado no ambiente ancestral por ter beneficiado os sujeitos que o apresentavam, não foram encontrados relatos e registros históricos de sociedades e épocas onde não ocorreu nenhum tipo de conflito, não importa qual a localidade do planeta esteja sendo analisada.

 Freud (1933) em resposta à uma carta de Einstein de “Por Que a Guerra”, já afirmava que:

“É pois um princípio geral que os conflitos de interesses entre os homens são resolvidos pelo uso da violência. É isto que se passa em todo o reino animal, do qual o homem não tem motivo por que se excluir.” (p.198).

O homem, em sua condição animal, também possui essa emoção e comportamento, se fazendo elas necessárias para a sobrevivência e conservação da espécie. Através disso o ser humano pode posicionar-se e defender-se diante de situações que o colocam em perigo.

Há inúmeros fatores que podem influenciar na raiva e agressividade, entre eles podemos citar os fatores social e psíquico. Visto que ambos andam em conjunto, um possui influência sobre o outro. O social funciona como uma espécie de estimulante para o psíquico, assim, a partir do momento que temos influencias do meio social, o psicológico será uma resposta à elas. A sociedade gera, mas também restringe a expressão da agressividade individual, de forma a jamais extingui-la. A era moderna tem proporcionado cada vez mais estímulos que contribuem para esse comportamento. No livro “A Cultura da Agressividade” (2004) de Jacob Pinheiro Goldberg, é possível observarmos alguns exemplos desses estímulos (sociais) presentes no cotidiano, como o trânsito, a política, a internet, as próprias salas de aula, a preocupação em relação à assaltos/furtos, as religiões, entre outros. Quando paramos para analisar a história, vemos que embora esse sentimento e comportamento sempre estiveram presente, nos tempos modernos eles se mostram de uma maneira mais intensa. Com o passar dos anos a sociedade passou de uma visão altruísta para uma egocêntrica. Essa transformação pode ser explicada com a entrada da modernidade e mais especificamente, com a entrada da tecnologia.

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