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A UBERIZAÇÃO DO TRABALHO - Resenha Crítica

Por:   •  17/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  714 Palavras (3 Páginas)  •  1.628 Visualizações

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Vídeo “UBERIZAÇÃO DO TRABALHO: documentário discute a precarização pós reforma” REDE TVT (publicado em 7 de junho de 2019) encontrado em <https://www.youtube.com/watch?v=eZfdM16ORY0>

O vídeo aborda a temática da terceirização do trabalho como fonte da precarização. O documentário em questão – GIG – A Uberização do Trabalho - dirigido por Cauê Angeli, mostra alguns personagens que representam os trabalhadores comuns, que se sujeitam a oferecer seu serviço através de um aplicativo.

Através do documentário e dos apontamentos do economista Euzébio Jorge Siqueira de Souza, são discutidos os termos pelos quais os trabalhadores são contratados, a princípio, com o preço estipulado pelo próprio algoritmo do aplicativo, tirando completamente a liberdade do trabalhador em valorizar seu esforço.

Outro ponto, bastante discutido pelos participantes, foi a falta de seguro, como é feita essa terceirização, que tira completamente a responsabilidade de qualquer situação problema da empresa, deixando o trabalhador com todo o prejuízo. Como exemplo, é mostrado um motorista que sofreu um acidente, além dos danos sobre o bem material, o motorista é levado pelo SUS, caindo também na situação precária de saúde pública, ou seja, a empresa sai ilesa enquanto o trabalhador sofre com os danos, tanto materiais, quanto físicos e emocionais.

Toda essa situação é fomentada pela aprovação da Reforma Trabalhista, feita durante o governo Temer, que tira ainda mais os direitos do trabalhador. A princípio, houve a promessa de aumento de empregos e da economia, entretanto, o cenário atual é saturado de desemprego e de uma queda na economia, forçando o desempregado a buscar alternativas de renda, levando o mesmo a se sujeitar às condições oferecidas pelos aplicativos, iludidos através de uma promessa de empreendedorismo, onde você constrói seu próprio capital humano.

Entretanto, toda essa “nova forma de trabalho” foi tão bem aceita pela sociedade, devido ao ambiente massivo e exaustivo das empresas e locais de trabalho, que a cada dia mais são as causas do adoecimento do trabalhador, que se vê diante da alternativa de buscar uma mudança através do trabalho “autônomo” se sujeitando às “regalias” que os aplicativos oferecem, visto que você “faz sua própria jornada de trabalho”. O que não contam, é que para se conseguir um valor mínimo de sobrevivência, às vezes, é necessário muitas horas.

Os aplicativos oferecem pagamento por horas trabalhadas, pedidos atendidos, então se um trabalhador está gastando seu tempo, parado, à espera de um pedido, não recebe por isso. Portanto, caímos num cenário repleto de trabalhadores, que na verdade, não trabalham pra ninguém, estão sozinhos, dependendo apenas de um celular, tendo que trabalhar de 12 a 14 horas por dia, para receber um valor mínimo que garanta sua sobrevivência, sendo necessário às vezes, até de esforço físico, como os entregadores que vão de bicicleta, e que podem acabar não trabalhando muito, devido à exaustão física e emocional, também.

O economista Euzébio Jorge Siqueira de Souza assertivamente comenta que o cenário do mercado de trabalho atual é composto por uma interação entre o moderno e o arcaico. Numa simbiose profunda. “Os avanços tecnológicos permitiram outro tipo de exploração do trabalho”. Ele também comenta que a reforma trabalhista promove uma profunda segregação, desigualdade e polarização do mercado de trabalho.

Dentre as questões levantadas pelo economista, está também a falta de especialização do trabalhador atual. Devido à grande jornada de trabalho, à crise, e toda a dificuldade financeira que o mesmo se encontra, é preciso escolher entre se especializar, ou trabalhar, e com o novo mercado de trabalho, a especialização, experiência e tempo de trabalho não são fatores determinantes durante um processo seletivo, visto que um jovem que possui mais conhecimento em tecnologia pode ser escolhido ao invés de um adulto com mais tempo de empresa. Esse é apenas um dos exemplos que o mesmo dá a respeito do cenário atual da economia e mercado em que estamos inseridos, que infelizmente, não é um quadro específico do Brasil, e sim mundial.

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