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A doutrinação e seus métodos

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Por:   •  2/9/2013  •  Tese  •  2.366 Palavras (10 Páginas)  •  384 Visualizações

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A doutrinação e seus métodos

Astolfo Olegário de Oliveira Filho

De Londrina

Necessidade de doutrinação – Alguns espíritas, diz Herculano Pires ( ), pretendem suprimir a doutrinação, alegando que esta é realizada com mais eficiência pelos bons Espíritos no plano espiritual. Essa é uma prova de ignorância generalizada da Doutrina no próprio meio espírita, pois nela tudo se define em termos de relação e evolução. Os Espíritos sofredores permanecem apegados à matéria e à vida terrena, razão pela qual os Protetores Espirituais têm dificuldade de comunicar-se com eles. O seu envolvimento com os fluidos e as emanações ectoplásmicas próprias da sessão mediúnica lhes é, portanto, necessário, o que evidencia que a reunião mediúnica e a doutrinação humana dos desencarnados são uma necessidade. ( )

A morte não tem o poder de transformar ninguém. Cada Espírito, ao desencarnar, leva consigo suas virtudes e defeitos, continuando na vida espiritual a ser o que era quando ligado ao corpo, com seus vícios e condicionamentos materiais, dos quais se liberta pouco a pouco. Além disso, confundido pelas lições recebidas das religiões tradicionais, o Espírito não encontra no Além aquilo que esperava: nem céu, nem inferno, muito menos o repouso até o juízo final. Ao contrário, ele aí encontra a dura realidade espiritual, fundamentada na existência da lei de causa e efeito, onde cada qual se mostra como é, sem disfarces, falsas aparências ou o verniz social.

Sua condição espiritual determina sua aura psíquica e seu peso específico, frutos ambos da elevação maior ou menor de seus pensamentos, sentimentos e atos. Quanto mais elevados estes forem, mais rarefeito será seu perispírito, de modo que cada habitante do mundo espiritual se coloca em seu merecido e devido lugar, sem privilégios de qualquer espécie.

Os que se encontram em posição de perturbação por falta de esclarecimento adequado, ou por renitência no mal, necessitam ser orientados, para que, em se modificando mentalmente, melhorem sua condição espiritual. Como muitas vezes estão ainda cheios de condicionamentos materiais, tais Espíritos repelem a ação mais direta dos orientadores desencarnados, razão pela qual requerem um contato com os encarnados, naturalmente mais afeitos aos fluidos densos da matéria. É o que ocorre nas sessões mediúnicas.

Os orientadores desencarnados lhes falam, mas não conseguem atingi-los. Em contato, porém, com um médium, pelo fato de terem vibrações assemelhadas, há a possibilidade de entendimento. Surge, então, a doutrinação, que visa a modificar sua forma de pensar e de agir, buscando sua melhora.

Ensinando-lhes o caminho do bem e do perdão, despertando-os para a necessidade de renovação espiritual, ajudamo-los a descobrir o Evangelho de Jesus para a sua libertação integral. ( ) É por isso que a doutrinação dos Espíritos desencarnados é de grande importância para apressar o progresso dos companheiros que estagiam no mundo espiritual, trazendo benéficos resultados para o mundo corpóreo. ( )

Objetivos da doutrinação – Diz-nos Edgard Armond ( ) que as sessões de doutrinação de Espíritos objetivam esclarecer entidades desencarnadas a respeito de sua própria situação espiritual, orientando-as no sentido do seu despertamento no plano invisível e o seu subseqüente equilíbrio e progresso espirituais.

Para facilitar o seu despertamento ou o seu esclarecimento, Espíritos jungidos ao habitat terrestre por força da lei de afinidade são trazidos às sessões de doutrinação e aí ligados momentaneamente a médiuns de incorporação, com o que, no contato com os fluidos benéficos da corrente aí formada, acrescidos dos ensinamentos recebidos do doutrinador encarnado, logram quase sempre despertar e retomar o caminho do aperfeiçoamento espiritual.

Doutrinar Espíritos não é, porém, tarefa fácil, pois exige conhecimentos doutrinários bastante desenvolvidos e senso psicológico para que o doutrinador possa captar com rapidez a verdadeira feição moral do caso que defronta e, em conseqüência, encaminhar a doutrinação no devido rumo.

É necessário ainda ao doutrinador possuir paciência e bondade, humildade e tolerância, porque somente com auxílio dessas virtudes poderá enfrentar os casos mais difíceis em que se manifestam Espíritos maldosos, zombeteiros ou empedernidos.

Segundo observa André Luiz ( ), a pessoa envolvida nessa tarefa não pode esquecer que a Espiritualidade Superior confia nela e dela aguarda o cultivo de determinados atributos como os que se seguem:

a) direção e discernimento;

b) bondade e energia;

c) autoridade fundamentada no exemplo;

d) hábito de estudo e oração;

e) dignidade e respeito para com todos;

f) afeição sem privilégios;

g) brandura e firmeza;

h) sinceridade e entendimento;

i) conversação construtiva.

A doutrinação, informa Herculano Pires ( ), existe em todos os planos, mas o trabalho mais rude e pesado é o que se processa em nosso mundo. Orgulhoso e inútil, e até mesmo prejudicial, será o doutrinador que se julgar capaz de doutrinar por si mesmo. Sua eficiência depende sempre de sua humildade, que lhe permite compreender a necessidade de ser auxiliado pelos bons Espíritos. O doutrinador que não compreende esse princípio precisa de doutrinação e esclarecimento, para alijar do seu espírito a vaidade e a pretensão. Só pode realmente doutrinar Espíritos quem tiver amor e humildade.

Dito isto, Herculano Pires observa, na mesma obra já citada, que é importante não confundir humildade com atitudes piegas, com melosidade. Muitas vezes a doutrinação exige atitudes enérgicas, não ofensivas nem agressivas, mas firmes e imperiosas. É o momento em que o doutrinador trata o obsessor com autoridade moral, a única autoridade que podemos ter sobre os Espíritos inferiores, que sentem a nossa autoridade e se submetem a ela, em virtude da força moral de que dispusermos. Essa autoridade, no entanto, só conseguimos adquirir por meio de uma vivência digna no mundo, sendo sempre corretos em nossas intenções e em nossos atos, em todos os sentidos, porquanto as nossas falhas morais não combatidas, não controladas, diminuem nossa autoridade sobre os obsessores.

Métodos a serem utilizados – Na tarefa de doutrinação dos Espíritos que se comunicam nas sessões

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