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ANÁLISE E RELATO DA CONTRIBUIÇÃO DOS TEÓRICOS CLÁSSICOS DA PSICOLOGIA PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

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Por:   •  26/5/2014  •  3.323 Palavras (14 Páginas)  •  296 Visualizações

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Sigmund Freud

Sigmund Schlomo Freud nasceu em seis de maio de 1856, em Freiberg na Morávia, que fazia parte do Império Austro-Húngaro, hoje pertencente à Pribor na República Tcheca.

Foi o primogênito dos oito filhos do judeu Jacob Freud, vinte anos mais velho que sua mãe Amália Freud. Seu pai era um homem autoritário e severo, ao mesmo tempo em que o temia sentia amor por ele, já a sua mãe era carinhosa e protetora, que lhe despertava uma ligação de paixão. Este medo pelo pai e a atração pela mãe mais tarde identificou como complexo de Édipo. Grande parte do desenvolvimento de suas teorias teve base autobiográfica, tendo como referência suas experiências e recordações da própria infância.

Estudou Medicina na Universidade de Viena, onde gostava de pesquisar no laboratório de Neurofisiologia. Formou-se em 1882 e passou a trabalhar no Hospital Geral de Viena com o neurologista francês Jean Martin Charcot, que o inspirou para a realização de seus estudos com observações do uso da hipnose.

Especializou-se em Neurologia, desde o início demonstrou interesse em estudar os distúrbios emocionais, conhecidos por “histeria”. Utilizou pela primeira vez o termo psicanálise em 1896, com o objetivo de investigar os processos mentais e tratar os desequilíbrios psíquicos.

Freud acreditava que histeria era uma forma de manifestação da neurose, na qual as emoções reprimidas levariam aos sintomas de histeria, como descreve no livro: “Estudo sobre Histeria”, publicado em 1895.

Passou a trabalhar com o desenvolvimento de formas que atingisse as emoções reprimidas, abandonou a terapêutica da hipnose utilizando a interpretação de sonhos e a livre associação como vias de acesso ao inconsciente humano.

Constatou que os sintomas da neurose poderiam desaparecer se o paciente conseguisse expressar suas emoções reprimidas. Com isso, desenvolveu a livre associação, uma das técnicas psicanalíticas onde, o paciente fala tudo o que lhe vem à mente e ao falar surgem os sentimentos em memórias reprimidas. A livre associação é uma forma de penetrar no inconsciente, possibilitando trabalhar a terapia com base nestas experiências, compreendendo as causas da neurose.

Acreditando que outra forma de penetrar o inconsciente seria através dos sonhos, iniciou o processo de autoanálise, trabalhando a introspecção e interpretação dos seus próprios sonhos, em 1899 publicou “A interpretação dos sonhos”. Freud defendia que os sonhos são uma manifestação dos desejos, trabalhando com eles pode-se chegar às memórias e sentimentos profundamente reprimidos, podendo compreender melhor os pacientes.

Segundo Freud outra manifestação de desejos reprimidos surge através de atos falhos ou esquecimentos, publicou esta teoria em 1901 no livro: “Psicopatologia da Vida Cotidiana”. Nos procedimentos mentais Freud não admitia a existência de meros acidentes, o pensamento aparentemente sem sentido, o lapso casual, o sonho fantástico possui um significado que pode desvendar os segredos da mente.

“Explorando a mente humana Freud definiu que o comportamento humano é fruto do seu inconsciente, onde ocorrem conflitos internos entre impulsos e o que é socialmente aceito. Em 1923 reformulou a composição do psiquismo humano com um modelo estrutural da mente composto por três partes distintas, que interagem entre si: o id é a zona do inconsciente regida pelo prazer e satisfação, o ego é a instância psíquica que funciona como mediadora entre o id e o superego, o superego é a instancia consciente moral, que resulta nas restrições do ego.” (BOCK, 2008, p.51)

Atribuindo importância ao desenvolvimento sexual Freud publicou em 1905 o livro: “Três ensaios sobre teoria da sexualidade”, onde afirmava a importância do impulso sexual ou libido vivida nos primeiros anos de vida, não relacionando ao ato sexual em sim, mas na busca de prazer por parte do ser humano.

Freud definiu cinco etapas do desenvolvimento psicossexual:

“Fase Oral (0 aos 2 anos) a zona erógena é a boca. Através da boca que a criança descobre o mundo, por isso que bebes tendem a levar tudo o que pegam a boca. Seu objeto de desejo é a mãe, que através da amamentação lhe proporciona satisfação;

Fase Anal (2 aos 4 anos) a zona erógena é a região anal. Nesta fase a criança passa a adquirir o controle esfincteriano, começando a ter noções de higiene. Inicia a criação do superego e passa por períodos de ambivalência, conhecido como “fase de birras”;

Fase Fálica (4 aos 6 anos) a zona erógena são os genitais . Inicia-se a fase do exibicionismo, despertando-lhes a curiosidade e o prazer em tocar nos órgãos genitais. Com isto a criança começa a perceber a diferença anatômica entre meninos e meninas e ao serem defrontadas com estas diferenças fantasiam a amputação do pênis e sentimento inconsciente de ameaça a castração, gerando o que Freud chama de “Complexo de Castração”. É nesta fase que também surge o “Complexo de Édipo”, no qual o menino passa a sentir-se atraído pela mãe e sente raiva do pai, e na menina ocorre o inverso;

Fase de Latência (6 aos 11 anos) nesta fase a sexualidade está reprimida e surge o aumento do interesse da criança em desenvolver suas capacidades sociais e intelectuais. O aparelho psíquico encontra-se completamente formado nesta fase;

Fase Genital (a partir dos 11 anos) nesta fase há a retomado dos impulsos sexuais, e o o objeto de desejo não está mais no próprio corpo, mas sim no outro. Desenvolve-se o desejo de gratificação sexual mútua bem como a capacidade de amar.” (BOCK, 2008, p.50)

Freud revolucionou o século XIX com a sua teoria do desenvolvimento psicossexual, contribuiu para história da educação, atribuindo importância à criança e sua sexualidade, levando educadores a compreender que a criança não é um ser assexuado. Ao comprovar que o desenvolvimento da personalidade está associado às experiências emocionais vividas em cada fase do desenvolvimento sexual e que a repressão a estas dão origem as neuroses refletidas na fase adulta se faz necessário que educadores compreendam as formas de expressão da sexualidade infantil, de modo a não reprimi-las. A criança não é passiva em seu desenvolvimento, é protagonista, investigadora, indaga e desperta diversas curiosidades, sendo importante que o educador tenha conhecimento de que as primeiras investigações sexuais da criança servem para situá-la no mundo. A relação da criança com o educador possibilita o que Freud chama de transferência, pois acredita que a criança não aprende sozinha, e sim através das relações sociais. A partir do conhecimento de como se processa o desenvolvimento emocional

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