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APRENDIZAGEM BEHAVIORISTA, INTERACIONISTA E HUMANISTA

Por:   •  1/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.981 Palavras (8 Páginas)  •  111 Visualizações

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   APRENDIZAGEM BEHAVIORISTA, INTERACIONISTA E HUMANISTA

A aprendizagem passa por diversos estágios do desenvolvimento humano, e existem inúmeros trabalhos relacionado a esse tema. Já o desenvolvimento, é a evolução que se dá desde o início, até o final da vida. A seguir, apresentaremos o ponto de vista de quatro autores que passaram parte de suas vidas desenvolvendo obras que buscam explicar o desenvolvimento do ser humano, e seus processos de aprendizagem.

Piaget

 Jean Piaget (1896- 1980), foi um pesquisador suíço que dedicou boa parte da sua vida a estudar como o conhecimento é adquirido no indivíduo desde o seu nascimento, publicou diversos trabalhos sobre a aprendizagem humana. Para o autor, todo organismo vivo precisa viver em equilíbrio com o meio ambiente, caso contrário não sobrevive (FILHO, PONCE E ALMEIDA, 2009).

 Em 1920, em um trabalho em Paris, despertou seu interesse enquanto desenvolvia questões para testes de inteligência infantil, quando percebeu que a mente da criança não era uma miniatura da mente do adulto, e suas lógicas eram diferentes, pois os processos de construção da cognição humana mudam com o passar do tempo. Piaget então, descreveu o desenvolvimento cognitivo em quatro estágios, e cada um é caracterizado por aquilo que o indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias. São eles: Sensório-Motor, Pré Operacional, Operacional concreto, e Operacional formal. No Sensório-motor (0 a 2 anos), a criança vivencia o mundo através dos sentidos e das ações, desenvolvendo a permanência do objeto, e ansiedade diante do estranho. No estágio Pré-operacional (2 a 6 anos), a criança representa coisas com palavras e imagens, usando a intuição ao invés do raciocínio lógico, desenvolvendo um egocentrismo, e gosta de brincadeiras de faz de contas. No estágio Operacional concreto (7 a 11 anos) já ocorre o desenvolvimento de pensamento lógico sobre eventos concretos, entende analogias e faz operações aritméticas. E no Operacional formal, (12 anos em diante) já está desenvolvido o raciocínio abstrato, com potencial para o raciocínio moral amadurecido.

Para Piaget, a aprendizagem é a alavanca do conhecimento. Em 1998, elaborou as leis do desenvolvimento da inteligência. A primeira lei, é a da conservação da matéria (5 a 7 anos) onde uma criança percebe que uma bolinha de massa pode se transformar em uma cobrinha de massa; a segunda, a lei da conservação do peso (7 a 9 anos), onde a criança identifica que a bolinha e a cobrinha são tem o mesmo peso, apesar de terem formas diferentes,  e a terceira, a lei da conservação do volume (9 a 11 anos), onde a criança identifica que a bolinha e a cobrinha tem o mesmo volume (FILHO, PONCE E ALMEIDA, 2009).  

Para Piaget, o desenvolvimento se refere ao domínio de habilidades, transformando-as em hábitos. Basicamente, o desenvolvimento tem foco na habilidade baseada na ação e não no conhecimento que vem através da aprendizagem e estudo. Porém, funciona de modo simultâneo na execução de ações que nos exigem cognição e atitude de modo rápido ou prolongado. Segundo o autor, existe uma hierarquia lógica que compreende as estruturas cognitivas mais simples e naturais, que com o passar do tempo se tornam estruturas mais complexas. O desenvolvimento é construído através da relação com o ambiente e com outros seres humanos, a partir dos dois aspectos de desenvolvimento cognitivo. O aspecto psicológico (espontâneo), e o aspecto psicossocial. No psicológico, é o ser humano em sua característica orgânica. Tudo o que a criança aprende por si mesma e na sua relação com o ambiente. O aspecto psicossocial, é sobre as relações do indivíduo com família, escola, amigos, etc. É o que o ser humano aprende por transmissão, a partir de outro ser humano. A teoria piagetiana afirma que é preciso esperar o tempo correto para submeter a criança a determinadas aprendizagens psicossociais, pois para se construir um novo instrumento lógico, são necessários instrumentos lógicos preliminares. E na escola, o professor deverá se posicionar como um orientador, provedor de desafios cognitivos, que deverá proporcionar trabalhos e situações variadas, para tornar os alunos sujeitos da construção do seu conhecimento.

Vygotsky

Lev Semenovich Vygotsky (1896- 1934), foi um autor soviético que morreu prematuramente, mas deixou uma grande colaboração na compreensão do desenvolvimento no ser humano, vendo o desenvolvimento infantil. Diferentemente de Piaget, ele descreve o desenvolvimento de fora para dentro, onde o sujeito não nasce predeterminado, mas a educação que esse sujeito recebe contribuirá para sua formação humana. Vygotsky divide o desenvolvimento infantil em três aspectos: Instrumental, Cultural, e Histórico. O aspecto Instrumental, se refere a natureza das funções psicológicas complexas. Onde há resposta aos estímulos apresentados no ambiente, e também a alteração e modificação desses estímulos como instrumento do comportamento. O aspecto Cultural envolve os meios socialmente estruturados e o tipo de instrumento que a criança dispõe para dominar as tarefas, como o instrumento da linguagem, para dominar a tarefa de se comunicar. O aspecto Histórico, se funde com o Cultural, pois os instrumentos que o homem usa para dominar o ambiente e seu comportamento, foram criados e modificados ao longo da história social da civilização. (BOCK, FURTADO E TEIXEIRA, 1999).

Na primeira infância (0 a 3 anos), a atividade dominante da criança é a comunicação emocional direta, e a atividade objetal manipulatória, onde o adulto é a peça central que satisfaz as necessidades da criança, e apresenta o mundo a ela. Na transição da primeira infância para a infância, a criança muda seu jeito de ser e agir, passando por uma “crise”. A criança busca motivações, e se mostra resistente ao adulto, não respeitando os limites impostos. Novamente, diferente de Piaget, Vygotsky vê o desenvolvimento psicológico/mental dependente da aprendizagem, na medida em que se dá por processos de internalização de conceitos, que são promovidos pela aprendizagem social, principalmente a planejada no meio escolar. (RABELLO, E.T. e PASSOS, 2018).

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