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Antropologia

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Por:   •  21/3/2015  •  8.535 Palavras (35 Páginas)  •  350 Visualizações

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ologias norteadoras de seus estudos científicos.

1.1 O que interessa aos Sociólogos e Antropólogos?

Etimologicamente, a palavra Sociologia vem do latim socius=sociedade e do grego logos= estudo, isso quer dizer que o interesse pela organização e funcionamento das sociedades humanas e das leis e normas, que regem as relações sociais e as instituições é o que define o fazer científico do sociólogo. Este interesse se expressa nos estudos sobre a constituição e/ou desintegração de grupos como a família, a tribo ou a nação. Também é do interesse do sociólogo o comportamento, o sentido e os valores que os indivíduos e grupos compartilham ao formar o que chamamos de sociedade. A Antropologia, cujo significado descende do grego antropus=homem e logos=estudo, caracteriza-se como a ciência que procura conhecer o ser humano como um ser cultural, como um produtor de cultura. Ao pensar esse ser, em sua totalidade, a investigação antropológica dividi-se em três dimensões: a biológica, a sociocultural e a filosófica. Deste modo, os seus objetos de estudo são a religião, a guerra, os costumes alimentares, a organização política, a vida sexual, o parentesco, etc. O que interessa aos antropólogos, desde o século XIX, é estudar as diferenças e semelhanças, bem como a diversidade cultural entre os grupos humanos. Leitura Complementar na InternetPara saber mais a respeito da origem, dos métodos e das teorias destas ciências sugerimos os sites:http://www.antropologia.com.brhttp://www.sociologia.com.br

Após termos esclarecido os interesses desta disciplina, você está convidado (a) a seguir conosco uma breve trilha da história da cultura ocidental a fim de que juntos compreendamos as características sociais, políticas e culturais que constituem o homem e a sociedade contemporânea.

1.2 A Pré-Modernidade: do Mito ao Iluminismo.

Do século XII ao VIII a.C. , os homens ocidentais viveram e se relacionaram, tendo como base moral, política e cultural (conjunto de hábitos e costumes) o saber Mítico. Mas o que significa este saber? Podemos compreender o MITO como um relato simbólico, passado de geração em geração dentro de um grupo que narra ou explica a origem de determinado fenômeno, ser vivo, acidente geográfico, instituição, costume social, etc.

Um dos exemplos mais lembrados na história são os poemas de Homero. A este poeta costumam-se atribuir dois poemas épicos: a Ilíada, que narra a guerra de Tróia, e a Odisséia, que narra as aventuras de Ulisses, o herói que ao retornar à Ítaca - sua cidade natal - após a guerra de Tróia, enfrenta vários obstáculos recorrendo aos seus poderes heróicos. Estes “poderes” são ofertados ao herói pelos Deuses.

Lembre-se de que os gregos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários Deuses e cada um desses estava associado a um elemento natural e/ou cultural. Como, por exemplo, Zeus era associado aos raios, Posêidon ao mar, Deméter à fertilidade da terra, Atena à sabedoria, Apolo à música, Afrodite ao amor entre outros.

Contexto Histórico de Surgimento da Sociologia 1

e as Diferentes Correntes Teóricas

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Nesta época acreditava-se que os Deuses decidiam o destino da vida humana. O herói, assim como os outros mortais, vivia na dependência dos deuses e do destino, faltando a ele a noção de vontade e de livre escolha. O que o diferenciava dos homens simples era o fato de ter sido escolhido pelos deuses devido a alguma virtude sobressalente aos demais como beleza, força, bondade, etc.

O que é importante apreender desta época é que os homens relacionavam-se entre si, e com a natureza, a partir de uma conduta em que o passado, as histórias contadas e/ou relatadas pelos mais velhos (anciãos) eram consideradas parâmetro de ação no mundo. Eram pedagógicas! E serviam para conduzir a vida em sociedade. Importante também é precisar que a natureza era considerada a extensão e representação dos Deuses e, devido a este fato, não se poderia intervir ou interferir nela. A natureza era sagrada. O entendimento dos homens era de que os Deuses manifestavam-se através dela. Por isso, os homens poderiam apenas observar o mundo e não interferir nele. Quem interferir nele, o que somento os Deuses poderiam fazer. Desta forma, as explicações para os fenômenos da natureza eram elaboradas através do MITO. A organização social dava-se através de fratrias e tribos onde estes grupos se organizavam em torno de um totem que usualmente representava um animal, planta ou instrumento de trabalho importante para a economia do grupo.

Estas narrativas sobre a origem e organização do mundo (cosmogonia), bem como a narrativa sobre a origem dos deuses (teogonia), admitiam contradições, porque a sua veracidade provinha da autoridade religiosa do narrador e não necessitava de coerência lógica nem de apresentação de provas. No entanto, do ponto de vista prático e teórico, o mito começou a ser insuficiente e novos modos de pensar começaram a surgir.

Alguns homens desta época social passaram a questionar tanto a predestinação como o fato do “narrador” não precisar apresentar os fatos de forma que conduzisse à prova da verdade. Um pensamento crítico racional instala-se como forma de pensar e conduzir a vida humana. Aproximadamente no período que se inicia no século VIII a.C. e estende até o século VI a.C., foi introduzida, na vida social, uma nova forma de visão do homem sobre si mesmo e sobre a natureza. O processo histórico e lento, que teve como resultado o surgimento da escrita, da moeda, da lei, da polis (cidades), incluiu o inovador pensamento filosófico às formas mais arcaicas de pensar. Ou seja, a complexidade das relações sociais conduziu os homens à transformação das idéias a respeito do mundo (homem e natureza).

O que significa Filosofia? Podemos compreender a partir de sua etimologia. A palavra vem do latim phílos=amigo, amante e sophía=conhecimento, saber. Ou seja, o filósofo seria o “amante do saber”. Mas a qual saber esses homens se referiam?

Para muitos historiadores “a filosofia é filha da Cidade”. Isso quer dizer que foram justamente os problemas sociais, políticos e econômicos - emergentes no momento em que os homens deixaram de ser nômades e assumiram uma forma fixa de organização social - que impulsionaram o surgimento de uma nova forma de conhecimento, pensamento e crença.

No entanto, o pensamento mítico não deixou de existir, ele apenas não representava mais a “forma de explicar” o mundo natural e social. Um exemplo claro disto é que até os dias de hoje encontramos povos que explicam o mundo através

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