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Análise Do Filme Curta Metragem "O Dia Em Que O Dorival Encarou O Guarda" A Partir Da Visão De Bleger, Lapassade E Guilhon De Albuquerque.

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Por:   •  7/3/2014  •  853 Palavras (4 Páginas)  •  1.767 Visualizações

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Análise do filme curta metragem “O dia em que o Dorival encarou o guarda” a partir da visão de Bleger, Lapassade e Guilhon de Albuquerque.

Levantamos alguns elementos que aparecem no filme:

Instituição

Violência

Hierarquia

Alienação

Identificação

Burocracia

Ideologia

Compaixão

Medo

Poder

Conflitos

Os elementos listados acima, são comuns em relações e conflitos existentes entre indivíduos de uma mesma instituição, e não nos é difícil identificar qualquer um deles nas escolas, em hospitais em empresas. A colocação no filme é uma crítica sobre a forma com que estes elementos acontecem em uma prisão militar.

Guilhon nos fala que a instituição tende a estender seus limites além daquilo a que se propõe inicialmente, a ampliar seu âmbito de ação. A prisão pune o condenado com seu afastamento da sociedade, mas o filme mostra a prisão indo além deste isolamento. Priva sensorialmente o prisioneiro em uma cela solitária, sem direito a banho, sem direito a falar, sem o menor direito. Tenta quebrar a personalidade subjugando e humilhando, interfere na mente do prisioneiro.

Segundo Guilhon esta prática indecente do âmbito de ação de uma instituição é possível devido ao caráter inapalpavel do objeto institucional, e devido aos efeitos ideológicos das praticas institucionais que pretendem, acima de sua função, a legitimação do instituido. Nesta mesma direção nos aponta Bleger quando afirma que as instituições tendem a ter a mesma estrutura dos problemas que pretende tratar e para a qual foi criada. Lapassade define a instituição a partir do conjunto do que está instituído, enquanto jurisdição e política e pauta toda e qualquer relação calcada sempre numa organização burocrática. Segundo Bleger, quando isto ocorre o objetivo terapêutico da organização fica impedido. A organização se protege de toda socialização sincrética ( interação pessoal e aspectos simbióticos), vinculando-se aos aspectos organizados de forma fixa e estável. A organização passa a fazer parte da personalidade do grupo e a partir desta dinâmica passam a padecer do mesmo mal que tentam tratar.

Esta situação pode ser causada pelo medo de se deparar com uma forma de organização sincrética que vai diluir os limites pessoais, a identidade, diluindo portanto os estereótipos e modelos seguros de relação (distanciamento)

A prisão mostrada pune a violência com a violência. No espancamento daquele que rompeu com a lei, o prisioneiro, a própria lei é deixada de lado pelos guardiões da lei, para que a organização continue a existir dentro do paradigma de obedecer ordens.

A violência está instituída ( Lapassade), é utilizada para ir além do deveres da instituição (Guilhon) e é o sintoma que a instituição deveria tratar( Bleger).

Durante o decorrer do filme os diversos elementos necessários a manutenção da violência dentro da instituição vão aparecendo,. Quando o prisioneiro pede ao primeiro guarda para que o permita tomar banho e este nega por estar obedecendo ordens, embora a solicitação do prisioneiro fosse plausível o guarda mostra sua alienação, que segundo Lapassade é o traço definidor da burocracia.

Esta última segundo Bleger surge quando a normalização da conduta para que se atinjam fins explícitos transforma-se num fim em si, exigindo a fidelidade

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