Análise da Carta Aberta sobre testes psicológicos

Como o próprio título da notícia trás, a “Carta aberta à população chama a atenção para o uso inadequado de testes de avaliação psicológica não reconhecidos e por profissionais não habilitados”.

A notícia não apenas expõe o problema, mas também explica o porquê de ser um problema, quando informa que, a avaliação psicológica é um processo complexo, e que por isso, sendo o psicólogo o profissional habilitado a realizar avaliações psicológicas, somente este tem permissão legal para aplicar testes psicológicos, conforme o Art. 13 da lei 4.119/62. Sendo assim, relatar que não-psicólogos estão fazendo uso deste instrumento, é o mesmo que dizer que várias pessoas são enganadas e prejudicadas recebendo um tratamento não qualificado, comprometendo assim, gravemente o resultado deste.

Além de mencionar a questão dos testes online, que só podem ser utilizados se obtiverem um selo de qualidade do CFP, outro ponto abordado na publicação é que os testes psicológicos só devem ser postos em prática após a adaptação à realidade brasileira (no caso de testes vindos do exterior), e validação por parte do Conselho Federal de Psicologia, mas que negligentemente, muitos testes são inseridos e utilizados no Brasil sem este devido procedimento, não garantindo assim, resultados confiáveis, no mínimo.

Acontece que, de acordo com Maria Cristina Pellini, conselheira do CFP SP, o teste psicológico é utilizado em diversos processos na qual, os problemas que a publicação expõe, pode acarretar em graves erros, inclusive por vidas em risco.

Como explicação pode-se citar seus exemplos como no caso do porte de arma, obtenção da CNH, realização de cirurgia bariátrica, entre outros.

De forma geral, a carta aberta tem como principal objetivo orientar o leitor usuário a verificar a autenticidade dos testes que lhe são aplicados e a capacitação de quem os aplica; diminuindo o risco do prejuízo que pode ser fatal. É de fundamental importância que este tipo de informação seja passado às pessoas, tanto para combater as irregularidades que ocorrem no âmbito da psicologia, quanto para conscientizar àqueles que recorrem à seus serviços; e os CRP’s e o CFP tem a obrigação de fornecer tal conhecimento.

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