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Análise do filme 12 homens e uma sentença

Por:   •  22/6/2015  •  Resenha  •  915 Palavras (4 Páginas)  •  962 Visualizações

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O filme de 1957 ''Doze Homens e uma sentença''(com o título original de ''Twelve Angry Man'') trata da história de um julgamento em júri popular de um jovem porto-riquenho acusado do brutal crime de ter esfaqueado e matado o próprio pai. Quando ele vai a julgamento, doze jurados se reúnem para decidir a sentença, levando em conta que o réu deve ser considerado inocente até que se prove o contrário: e que não poderão encerrar o júri sem que tenham chegado todos ao mesmo veredicto. Onze dos jurados têm plena certeza de que ele é culpado, e votam pela condenação, mas o oitavo jurado acha que é melhor investigar mais para que a sentença seja justa. Para isso ele terá que enfrentar diferentes interpretações dos fatos, e a má vontade dos outros jurados.

Ao decorrer da história podemos perceber vários fatores psicológicos influenciando cada um dos jurados, quando não á todos. Logo de início, pela própria situação que lhes foi imposta, eles devem interagir, reunir informações e saber se os outros concordam ou não com suas percepções: o próprio sistema judiciário os coloca numa situação de necessidade de Comparação Social .

Diante dos fatos neste primeiro momento, a maioria dos personagens adota a postura mais objetiva possível, refletindo muito pouco sobre alternativas que contrariem suas próprias crenças e noções primárias. Alguns dos jurados inclusive se utilizam de argumentos tais como: ''Você não viu a cara daquele moleque?''. Pesquisas sugerem que as primeiras impressões podem influenciar fortemente expectativas e atribuições dos indivíduos.

Do mesmo modo se o indivíduo X, Y e Z tem determinado ponto de vista, representando a maioria, é bastante provável que você também seja influenciado a ter a mesma conduta. Na primeira votação organizada entre os próprios jurados, em que cada um levantava a mão e dava seu veredicto inicial, pode-se perceber, pelo semblante de alguns jurados, de que não estavam tão certos de sua posição, e que muito provavelmente estavam apenas seguindo as idéias de uma maioria. O ser humano, inicialmente, prefere não ter uma conduta estranha.

Vieses que atendam aos nossos interesses também configuram uma força coercitiva, como podemos ver no caso de um dos jurados, bonachão, que votava sempre a favor da maioria, por que queria a todo custo ir embora mais cedo, recusando-se a discutir as possíveis provas e refletir a fundo com os colegas.

A difusão do efeito da responsabilidade é outro possível fator de influência. No filme, o jovem acusado, caso fosse considerado culpado, teria pena de morte. O que teria levado então, a que a maioria esmagadora dos jurados( com exceção do oitavo) tenha se sentido suficientemente a vontade no veredicto que considerava o réu culpado, mesmo sem uma análise cuidadosa dos fatos apresentados? A resposta é simples: quando se está só, a culpa é só sua. Se você está numa mesma situação, mas com várias outras pessoas, a culpa passa a ser dividida, e é mais fácil conviver com ela, ainda mais quando o dilema é vago e ambíguo, como no caso do suposto crime cometido. Sentir-se anônimo, ou desconhecido aumenta a agressão no laboratório e na vida.

Outro fator a ser notado é a identidade do sofredor. Quando o indivíduo da situação é socialmente melhor visto, maior a probabilidade de que se vejam as coisas por seu lado, e que se sensibilizem de sua situação. No caso da história

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