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Aprendizagem

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Por:   •  1/3/2015  •  6.409 Palavras (26 Páginas)  •  592 Visualizações

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I. INTRODUÇÃO

O presente trabalho vem tratar do assunto aprendizagem no ambiente escolar e as suas implicações na relação aluno - professor. Aponta também informações sobre a aprendizagem enquanto aparato cognitivo, suas especificações, características e como elas se desenvolvem ao decorrer da v ida do individuo.

Esse trabalho apresenta os diferentes aspectos das diversas correntes da psicologia, entre elas destacam-se: as comportamentalistas, as cognitivistas e as humanistas.

Citamos as principais teorias da aprendizagem e os seus principais autores esclarecendo a contribuição de cada um para a totalização do seu conceito.

Com o auxilio de algumas dinâmicas aqui apresentadas, tentamos ilustrar na pratica a forma como poderiam ocorrer às interações no âmbito escolar, e a absorção do conteúdo pelo aluno, como também a produção do conhecimento.

II. DESENVOLVIMENTO

1. Conceituação

A aprendizagem é um processo de aquisição de conhecimentos, habilidades, valores e atitudes, possibilitado através do estudo, do ensino ou da experiência. Este processo pode ser analisado sob diversas perspectivas, pelo que existem diferentes teorias da aprendizagem.

Segundo alguns estudiosos, a aprendizagem é um processo integrado que provoca uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende. Essa transformação se dá através da alteração de conduta de um indivíduo, seja por Condicionamento operante, experiência ou ambos, de uma forma razoavelmente permanente. As informações podem ser absorvidas através de técnicas de ensino ou até pela simples aquisição de hábitos. O ato ou vontade de aprender é uma característica essencial do psiquismo humano, pois somente este possui o caráter intencional, ou a intenção de aprender; dinâmico, por estar sempre em mutação e procurar informações para o aprendizagem; criador, por buscar novos métodos visando a melhora da própria aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e erro.

Isto é, o ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, necessitando de estímulos externos e internos (motivação, necessidade) para o aprendizado. Há aprendizados que podem ser considerados natos, como o ato de aprender a falar, a andar, necessitando que ele passe pelo processo de maturação física, psicológica e social. Na maioria dos casos a aprendizagem se dá no meio social e temporal em que o indivíduo convive; sua conduta muda, normalmente, por esses fatores, e por predisposições genéticas.

Dessa forma, aprendemos muitas coisas na vida, umas diferentes das outras: ter medo de cobra, dançar, decorar uma poesia, distinguir árvore de capim, saber o que é liberdade, saber que um substantivo pode ser comum ou próprio, cultivar rosas. Essas diferentes formas de aprendizagem exigem condições diferentes para ocorrer. Robert Gagné, no Livro Como se realiza a aprendizagem (Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 1974), analisa oito tipos de aprendizagem: aprendizagem de sinais, aprendizagem de tipo estímulo-resposta, aprendizagem em cadeia motora, aprendizagem em cadeia verbal, aprendizagem de discriminação, aprendizagem de conceitos, aprendizagem de princípios e solução de problemas.

Aprendizagem de sinais: Ter simpatias e antipatias, preferências, medo da água ou das alturas; chorar com facilidade, ruborizar-se e outros comportamentos involuntários podem ser resultado de aprendizagem de sinais produzida por condicionamento respondente, também chamado condicionamento clássico, exemplo: diante da diminuição da intensidade luminosa, nossas pupilas se dilatam; diante de alimento, salivamos; quando descascamos cebolas, choramos, etc. A dilatação ou contração da pupila, a salivação e o lacrimejar diante de cebolas são comportamentos involuntários: mesmo que não queira, você apresenta tais comportamentos.

Estímulo-resposta: Neste caso, a aprendizagem consiste em associar uma resposta a um determinado estímulo: o aluno levanta quando o professor manda, o cão dá a pata quando o dono pede, o filho fica quieto quando a mãe pede. A associação estímulo-resposta é estabelecida mais facilmente quando a resposta é reforçada, ou seja, recompensada: o aluno que obedece ao professor recebe uma nota mais alta, o filho que obedece à mãe recebe uma barra de chocolate ou é elogiado, etc.

Cadeias motoras: Nenhum comportamento existe isoladamente: nadar consiste numa sucessão de movimentos, assim como andar de bicicleta, tocar piano, dançar, jogar basquete. Cada um desses comportamentos compõe-se de uma sucessão de comportamentos mais simples: forma-se uma cadeia contínua de estímulos e respostas. Em alguns casos, para que tais cadeias sejam aprendidas, é necessário que se sucedam uma à outra, sempre na mesma ordem, e que sejam repetidas muitas vezes: assim, para aprender a nadar é preciso repetir os mesmos movimentos, na mesma ordem; para aprender a tocar uma música, o pianista precisa repetir muitas vezes as mesmas notas na mesma ordem; para aprender a escrever uma palavra, a criança precisa escrever as mesmas letras, na mesma ordem, repetidas vezes; etc.

Cadeias verbais: A memorização torna-se mais eficiente quando associamos as palavras, formando cadeias. Neste caso, uma palavra funciona como estímulo para a lembrança de outra: ao pensarmos em belo, recordamos um sinônimo(bonito) ou um antônimo (feio), etc.

Aprendizagem de discriminação: Discriminar consiste em dar respostas diferentes a estímulos semelhantes. Por exemplo, uma criança vê um passarinho e diz: “Pintassilgo”; vê outro e diz: “Andorinha”; vê um terceiro e grita: “Canário”; etc. Os três passarinhos são semelhantes: têm características iguais (duas patas, cabeça, bico, penas, etc.), mas têm também características diferentes (cor, tamanho, forma do rabo, etc.) e a criança aprende a discriminar, a distinguir essas diferenças, atribuindo nome diferente a cada passarinho.

Aprendizagem de conceitos: Na aprendizagem de conceitos, o indivíduo aprende a dar uma resposta comum a estímulos diferentes em vários aspectos. Por exemplo, uma pessoa aprende o conceito de pássaro - um animal voador, com duas patas, penas, asas, rabo, bico, etc. -, e já viu canários, pintassilgos e andorinhas, mas nunca viu um sabiá. Aparece um sabiá e a pessoa logo o identifica como um pássaro, embora não saiba discriminá-lo pelo nome, pois, na aprendizagem de discriminação, nova aprendizagem é necessária para cada estímulo diferente.

Aprendizagem de princípios: Princípio é uma cadeia de dois

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