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As limitaçoes do uso DSM

Por:   •  15/5/2015  •  Resenha  •  1.148 Palavras (5 Páginas)  •  431 Visualizações

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Na Grécia antiga, desde o século 5 a.C., Hipócrates buscou estabelecer um sistema de classificação para as doenças mentais. Palavras como histeria, mania, e melancolia eram usadas para caracterizar algumas delas. Ao longo dos séculos seguintes, diversos termos foram sendo incorporados ao jargão médico, como, por exemplo: loucura circular, catatonia, hebefrenia, paranóia, etc. Entretanto, o primeiro sistema de classificação abrangente e de cunho verdadeiramente científico surgiu com os estudos de Emil Kraepelin (1856-1926), que reuniu diversos distúrbios mentais sob a denominação de demência precoce - posteriormente chamada de esquizofrenia por Bleuler -, ao lado de outros transtornos psicóticos, separando-os do quadro clínico da psicose maníaco-depressiva. Freud (1895), quase ao mesmo tempo, destacava da neurastenia uma síndrome, denominada neurose de angústia, que passou a ser classificada e estudada juntamente com outros tipos de neurose,hipocondríaca, histérica, fóbica  e  obsessivo - compulsiva.   No ano de 1952, a associação Psiquiátrica Americana (APA) publicou a primeira edição do Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-l) , continha glosario de descrições de categoria diagnosticas, e foi o primeiro manual oficial de transtornos mentais a concentrar-se na utilidade clinica.  e as edições seguintes, foram  publicadas em 1968. O ( DSM-II) era parecido com (DSM-l) mas eliminava o termo “reação” esse termo se refletia a influencia da perspectiva psicobiologica de (Adolf Meyer). 1980 (DSM-III-R) e (1994) (DSM-IV) foram revistas, modificadas e ampliadas. (Artigo de revisão, A Revisão e as limitações do uso do DSM-IV na pratica clinica) A terceira edição do manual de transtornos mentais (DSM-III) em  1980 foi o mais revolucionário de todos representou um importante avanço em termos do diagnostico dos transtornos mentais e facilitou imensamente as pesquisas epiricas.  tornou-se um marco na historia da psiquiatria moderna .novas categorias foram descritas ,como ,por exemplo, neurose da angustia , foi subdividida em transtorno de pânico com o sem agorafobia,  transtorno de ansiedade generalizada , a fobia social  tornou-se entidade nosologica  própria ,a psicose  maníaco-depressiva  passou a ser denominado de transtorno do humor bipolar ,com ou sem sintomas psicóticos. Passaram a evitar pronunciar algumas palavras .tais como o termo neurose, para não suscitar questões etiológicas ,também termos como histeria foram tiradas do texto ,pelo mesmo motivo a expressão doença mental foi  substituído por transtorno mental,etc. outra característica importante do (DSM-lll) foi a hierarquização dos diagnosticado. Um paciente diagnosticado com esquizofrenia, não poderia receber o diagnostico simultânea de transtorno de pânico . dessa forma então era entendida a velha  maxima  da medicina , que preconiza  a identificação  de uma única patologia para  explicar todos os sintomas que compõem o quadro clinico de um paciente. sendo assim a esquizofrenia  não pode ser tratada como uma alguém que desenvolveu um quadro de pânico .pois a esquizofrenia e um quadro considerado mas grave. Entretanto, em 1987, com a publicação do DSM-III-R, esta hierarquia foi abolida, e o manual passou a incentivar a feitura simultânea de dois ou mais diagnósticos num mesmo paciente. Surgiu, assim, o conceito de comorbidade, em psiquiatria, que foi confirmado pelo DSM-IV e amplamente difundido nos anos 90, sendo utilizado regularmente nos dias atuais. O DSM-IV é, portanto, um manual diagnóstico e estatístico, que foi adotado pela APA ,e que correlaciona-se com a Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10, da (OMS). Trata-se de um sistema classificatório multiaxial - publicado nos anos 90, que são considerados "a década do cérebro" pela OMS, organizado de maneira a agrupar 16 classes diagnósticas distintas, que recebem códigos numéricos específicos e se distribuem por cinco grandes eixos, que são os seguintes:

Eixo l – descreve os transtornos clínicos como transtorno de pânico sem agorofobia depressiva, delírio, a dependência de álcool etc.

Eixo ll – descreve transtorno mental severo, transtorno de personalidade, transtorno da personalidade esquizoide, transtorno de personalidade borderline, transtorno da personalidade dependente.

Eixo lll –descreve as condições medica gerais,diabetes, hipertençao, artrite etc.

Eixo lv – se trata dos problemas psicossociais ou ambientais, associando-se com  transtornos mentais, em questões escolares ou domestica.

Eixo v – constitui-se por uma escala de avaliação global de funcionamento (Agf) que recebe uma numeração, por exemplo : Agf = 82. A vantagem de utilizar o (DSM- V)  e que ele atingiu muitos dos objetivos. Na pratica clinica, exemplo a ser destacados ,indivíduos anteriormente diagnosticado como, histérico , era ridicularizados ,nas salas de atendimento de urgência, por não terem seus sofrimentos reconhecidos pelo médicos .alguns termos pejorativos  eram usados como por exemplo : crise pitiatica , pissico , piti etc. mas na verdade muitos deles sofriam de ataque de pânico ,mas era desmoralizado porque seu sintomas ,parastesia , ( formigamento e adormecimento, tontura, medo de morrer ou de  perder o controle, entre outros eram mal interpretado ,por quem os atendia. O desenvolvimento da pesquisa  na  área da saúde mental, tomaram um impulso extraordinário nos últimos anos. Isso resulto em uma grande melhoria na qualidade  de vida oferecida aos  pacientes. As  limitação do uso  (DSM-IV) trouxe inúmeras desvantagens.a primeira diz a respeito do próprio sistema,que produziu uma excessiva  fragmentação dos quadros clínicos dos transtornos mentais. A segunda dificuldade diz respeito ao profissional que vai utiliza-lo. O (DSM-lV ) não  deve ser usado como uma lista infalível, que ,sendo preenchido fornece automaticamente um diagnostico psiquiátrico. Que em mãos inexperiente podem trazer resultados desastrosos. O (DSM-lV) não e um compendio de psiquiatria, e não deve ser usa como única fonte de conhecimento da especialidade. Isso nos leva a refletir que tudo que  o( DSM-lv) esta longe de resolver os problemas diagnósticos e estatísticos de nossas especialidade. Desta forma, ambos os sistemas diagnósticos - DSM-IV e CID-10 - são nosograficos  e têm por objetivo listar e classificar os transtornos mentais, mas não substituem o exercício da clínica. O modelo desse sistema denominado a categorial, se  opõem, em contrapartida com o dimensional. O modelo categorial distingue também o transtorno primário, que ocorre primeiro em sequencia temporal, do secundário. É o caso do quadro da depressão secundária ao transtorno de pânico, descrito por (Klein ET AL)  (apud Gomes de Matos), que se origina da desmoralização pela qual passa o paciente, que não recebe do profissional o diagnóstico e o tratamento adequados. Ele passa a ser tratado com indiferença ou hostilidade pelos amigos e familiares, estribuidos pelo parecer médico errôneo, e não consegue avaliar o grau de seu sofrimento e as limitações funcionais e sociais decorrentes do transtorno,   Assim, no modelo dimensional, ao contrário do anterior, a depressão e a ansiedade são consideradas a expressão de uma mesma e única patologia. Por outro lado, o modelo dimensional ganhou força, neste século, principalmente com os estudos de (Kretschmer & Akiska)l, que se basearam no pensamento de Platão e na visão holística do homem. Atualmente, diversos autores desenvolvem pesquisas com o intuito de aprimorar os sistemas categoriais, DSM-IV e CID-10.

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