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Assédio Moral

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Por:   •  29/6/2014  •  Seminário  •  1.894 Palavras (8 Páginas)  •  166 Visualizações

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Dentre as cenas que considerei mais marcantes, destaco uma em que que o capitão do time de futebol, desanimado com uma série de derrotas seguidas, é desafiado pelo treinador a percorrer aproximadamente 50 metros do campo, tocando apenas as mãos e os pés no solo, com um outro jogador, que supunha-se ter 63 kg, nas costas. Além disso, o rapaz teria que fazer esse percurso com os olhos vendados, ficando incapacitado de saber o quanto já havia percorrido.

Acreditando ser essa uma tarefa que estava apta a realizar, iniciou o desafio com muita motivação interna, queria mostrar ao grupo que era capaz de fazer aquilo. Entretanto, o peso do amigo e o esforço que fazia para não encostar os joelhos no chão começaram a tornarem-se dolorosos para ele na medida em que percorria os primeiros metros. Em sua mente, ele ainda precisava alcançar o alvo dos 50; e sua força interior o impulsionava a isso. Como não podia ver o quanto percorrera, uma batalha psicológica interna começou a ser travada; ele acreditava que poderia chegar na distância estabelecida, mas seu corpo estava dizendo o contrário.

Sinalizando cansaço, seus músculos começaram a “queimar”de dor, e sua mente entendia que era hora de parar. Em contrapartida aos fatores internos, seu treinador, que caminhava ao seu lado o tempo inteiro, insistia repetindo: “você vai conseguir”... “só mais alguns passos”... “vamos lá”... “mostre do que você é capaz”...

A cena representa um momento decisivo para ambos, algo está sendo construído no caráter daquele jogador e o treinador sabe disso. O rapaz continua sem saber o quanto já percorreu. Tudo o que ele sabe é que está doendo muito e que a lógica o impulsina a parar. O restante do time, que assistia a tudo de forma desinteressada, põe-se de pé ao perceber o que está acontecendo.

O rapaz implora “está queimando”, o treinador responde “Eu sei que está queimando, mas falta pouco”, ele grita “está doendo”, e ouve de forma encorajadora “eu sei que está doendo, mas você é capaz de suportar, a sua maior batalha agora é psicológica”. Exausto, sem forças, desanimado, o rapaz desaba no solo... não dá mais... triste, ele pergunta ao treinador: “consegui ao menos percorrer os 50 metros?”.

Nessa hora, a sua venda é retirada; o restante do time o contempla; o treinador sorri dizendo: “olhe o quanto você andou; você atravessou todo o campo; você percorreu quase 100 metros com 63 kg nas costas... então, nunca mais me diga que você não é capaz”. Ouvindo o comentário, o jogador que fora carregado completa: “treinador, eu peso 73 kg”.

Podemos aprender muitas lições nessa cena de poucos minutos, mas queria deter-me em apenas 4 delas:

1 - Não temos idéia do nosso verdadeiro potencial... a verdade é que nós podemos fazer muito mais do que acreditamos poder. Embora conheçamos boa parte do nosso verdadeiro potencial, só Deus o conhece por completo e só quando caminhamos ao Seu lado podemos descobrir isso.

Se o treinador tivesse, incialmente, desafiado o jogador a percorrer os 100 metros, com certeza ele nem teria iniciado a prova; poderia ter chamado o treinador de louco e, muito provavelmente, sairia dali ofendido e magoado. No entanto, o jovem percorreu os 100 metros, indo muito mais além do que imaginava e realizando um trajeto que ele mesmo não se julgava capaz de realizar.

Deus muitas vezes age da mesma forma conosco... a Bíblia está cheia de exemplos disso: José, Moisés, Gideão, Davi, Paulo, etc... eles são exemplos de pessoas que andaram 100 metros com Deus, crendo que estavam percorrendo uma jornada de apenas 50.

Deus conhece nosso potencial, Ele sabe o que somos capazes de realizar quando confiamos totalmente nEle e obedecemos ao Seu direcionamento. E, como um treinador prudente, nos ensinará isso através dos anos e das experiências que nos permite vivenciar. Da mesma forma como Ele não avisou a Gideão que enviaria apenas 300 homens para a batalha contra os midianitas, quando o convidou a liderar o exército, Ele também não nos alerta sobre todos as dificuldades do percurso antes de largarmos.

Creio que por saber que muitos diriam “não” se pelo menos imaginassem o quão íngrime o caminho proposto realmente é, Deus simplesmente nos convida para percorrer o trajeto e se propõe a estar ao nosso lado durante todo o percurso... Ele sabe do que somos capazes de fazer quando confiamos plenamente nEle... E Ele também sabe o quanto teremos crescido ao chegarmos ao alto de cada colina e descobrirmos que, por causa dEle, atravessamos muito mais dificuldades do que acreditávamos ser possível.

2 - O Jogador tinha os olhos vendados, impedindo-o de ver o quanto já havia percorrido... quando sabemos com clareza onde se encontra o marco final, planejamos a melhor estratégia, reunimos as nossas forças, geramos um impulso interno, saltamos as barreiras iniciais, atravessamos as dificuldades emocionais e fixando nossos olhos no ponto de chegada, iniciamos a prova.

Pode até ser complicado, mas chegaremos lá e, quando isso acontecer, sentiremos o alívio do dever cumprido... mesmo que tenhamos forças de sobra para ir além do marco estabelecido, estaremos tão felizes por termos feito o que consideramos ser o nosso melhor, que pararemos ao atingirmos o ponto que nossos olhos fixaram.

Não precisamos de muito apoio externo para esse tipo de corrida, porque sabemos o quanto andamos e o quanto falta a cada passo dado... nossa motivação interna é quem nos impulsina a continuarmos.

No entanto, imaginem-se realizando o mesmo trajeto vendados. O que muda quando não conseguimos fixar nossos olhos no ponto de chegada? Simplesmente, não temos a mínima idéia de onde ele se encontra. Como da primeira vez, vamos planejar a estratégia, calcular os ríscos, reunir nossas forças, gerar um impulso interno e dar a largada... mas, como estamos impossibilitados de saber o quanto do trajeto já percorremos e o quanto ainda nos resta, necessitamos de apoio externo, principalmente quando todas as nossas motivações internas se esgotarem.

É nessa hora que as palavras de ânimo

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