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Crianças e o natal

Por:   •  30/12/2015  •  Artigo  •  480 Palavras (2 Páginas)  •  215 Visualizações

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Família não é regra, é afeto.

A família é uma construção humana, ou seja, ela forma sua estrutura “tradicional” de acordo com a cultura do local onde está inserida. Dessa forma fica difícil pensar em uma “fórmula” familiar, visto que se mudar de região essa “fórmula” se altera. E se o conceito de família é mutável, então é preciso pensar nela como uma instituição de possibilidades e não uma estrutura fixa.

A ideia é que se possa mudar o foco do olhar, expandir a capacidade de visualizar a família. Quando ocorre a separação do casal ao invés de pensar que a família acabou é preciso pensar que duas novas famílias estão se formando. Que uma mãe e seu filho, ou um pai e seu filho são uma família completa, que pode no futuro agregar mais pessoas, mas que em si mesma já se basta. Irmãos que moram juntos na ausência dos pais por motivo de orfandade ou abandono formam uma família, o casal homoafetivo, poliafetivo, as famílias formadas por avós, filhos, netos são uma constituição familiar. Os diversos arranjos precisam ser respeitados e precisam sentir-se uma família.

Muito mais importante do que a forma como a família é formada são os papéis que cada um de seus componentes desempenha e a afetividade existente entre eles. Um casal homoafetivo possui plenas condições de criar seus filhos transmitindo afeto, segurança e limites, sendo que se essas características faltarem a um casal hetero isso não será possível. A capacidade de criar filhos independe da genética, do sexo dos pais, da cor ou idade deles, se possui um ou dois, ela é construída pela capacidade de transmissão do afeto e da manutenção das necessidades e direitos básicos.

A família precisa ser olhada em sua capacidade de afeto recíproco e a partir desse olhar perceber que o que gera a família “desestruturada” não é a sua composição, mas a forma como seus elementos se relacionam. Pessoas que não foram cuidadas adequadamente ao terem seus filhos (biológicos ou adotivos) não conseguem transmitir o que não possuem, são reflexos de sua história, é o que carregam de bagagem que repassam nas suas interações familiares e sociais. Isso não quer dizer que alguém que não teve uma criação adequada não é capaz de criar seus filhos, pois também somos seres em transformação, mas isso só ocorre se algum momento da vida entrarmos em contato com o afeto, é preciso aprender a amar, a cuidar a limitar, a ser família.

Ao perceber que a família é formada por inúmeros arranjos o olhar passa a ser sobre o cuidado e não mais sobre regras culturais, treinar o pensamento para perceber as pessoas como seres em transformação e as famílias como entidades criadas por essas pessoas, possibilitará a oportunidade de sair da zona de conforto, e acomodação, para vivenciar uma experiência única de valorização do afeto e do viver bem.

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