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Descoberta do inconsciente e o percurso histórico de sua elaboração

Por:   •  10/4/2017  •  Resenha  •  1.514 Palavras (7 Páginas)  •  659 Visualizações

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Descoberta do inconsciente e o percurso histórico de sua elaboração

A existência de processos psíquicos inconscientes, é defendida por Freud através de uma tese, demonstrando que a força convencional entre psíquico e consciente é completamente inadequada e separada em um super valor aprovado à consciência. Achando o inconsciente, ele produz uma verdadeira revolução, classificada por Lacan (1985). Ao consolidar que o inconsciente pensa, Freud repeliu a consciência de seu lugar de centro, deixando assim o privilégio aos pensamentos conscientes. O essencial de sua descoberta demonstra que os processos de pensamentos inconscientes se produzem à junto da consciência. A concepção de um sujeito dividido é colocado em cena, não ocupando um lugar central na consciência. O que ele descobre é a falta de uma linha imaginaria à volta do qual os processos psíquicos onde se ordenam. O centro ordenador se torna carente e o sujeito é descentrado. A ideia de um sujeito  é caracterizado pela sua divisão, e pelo sua ansiedade. A formação do aparelho psíquico composto por três sistemas – o consciente, o pré-consciente e o inconsciente – remetem precisamente à noção de divisão e eixo do sujeito.

Entre os anos 1893 a 1899, o método utilizado era a hipnose. Freud no intuito de aliviar o paciente do sofrimento de seus sintomas, tinha como objetivo técnico consistir essencialmente descobrir o sintoma e o momento em que aconteceu. Freud descobriu uma grande dificuldade entre os pacientes no esforço em relacionar seus sintomas com algo em relação a si próprios, ou seja, constatou a presença de um poderoso obstáculo entre as  ideias inconscientes, impedindo-as de se tornarem conscientes. Hoje sabemos que os resultados terapêuticos alcançados por meio de alguns métodos tornando o desejo inconsciente ainda mais inacessível, como também, de forma mais fundamental, conduzem a uma alienação imaginária do sujeito ao desejo de um outro, ao qual ele passa a se submeter. A prática clínica de Freud comprovava que as emoções penosas despertadas pelos eventos traumáticos permaneciam estreitamente vinculadas à sua lembrança. Freud observava que os sintomas histéricos desapareciam quando desapareciam, por meio da descarga das emoções relacionadas aos acontecimentos traumáticos. O trabalho da psicoterapia partia dos sintomas manifestos do sujeito e culminava com a localização das causas que o haviam determinado. Nessa época, Freud relata ter ficado muito impressionado com o fato de a lembrança do trauma permanecer, muito tempo após a sua ocorrência, eficaz, viva enquanto agente etiológico dos sintomas atuais do sujeito.

 Segundo Freud, uma cena só se torna traumática quando transformamos em lembrança, a partir de uma cena em repetição. Dois tempos são gerados no traumático: o tempo do acontecimento e o a posteriori, que é o tempo da produção de sua significação, o sintoma pode ter lugar. Isso conduz a duas conclusões: a primeira é que o valor do trauma não está no acontecimento em si, mas na associação estabelecida pelo sujeito; a segunda, é que o traumático é sempre singular. No segundo momento de elaboração sobre o trauma, Freud conclui que o caráter traumático não é algo real vivido pelo sujeito, o trauma surge no a posteriori, no momento em que se inicia uma interpretação da cena vivida. Em seu interior é apresentado a origem do desejo a realização do desejo não seria outra coisa senão o começar de novo satisfação de forma alucinatória daquilo que o sujeito toma como sendo o seu EU. O trauma desde o princípio foi relacionado à um grande estimulo que, ao tomar o valor de um impacto devido a sua intensidade, deixa uma forte impressão no aparelho psíquico e que lhe exige esforço na produção de um sentido. Um evento traumático, refere-se ao fato de o paciente apresentar uma perda de memória dessas relações simbólicas. A lembrança do fato permanece registrada no aparelho psíquico, porem o paciente nada recordava. De acordo com as elaborações avançadas nesse período, tornar algo consciente consistia precisamente em restabelecer as conexões causais simbólicas perdidas, fato que se torna ainda mais digno de nota ao lembrarmos.

Breuer realça a existência, de estados de divisão de consciência análogos aos produzidos nos estados de hipnose, isto é, uma geologia da consciência que separa os grupos psíquicos de idéias. isso se trata aos estados artificialmente induzidos pela hipnose.

Se destacar que as elaborações produzidas inicialmente por Freud sobre o recalque, foi definido como um processo defensivo por meio da qual o sujeito expulsava do campo da consciência as idéias que lhe pareciam incompatíveis com as representações que fazia de si mesmo. Através do recalque, é separado um grupo de ideias, conscientes, passando a desempenhar um papel fundamental na formação dos sintomas histéricos.

Ao afirmar que "a histeria se origina de uma repressão de uma idéia incompatível, Freud define o recalque: "O ego do paciente foi abordado por uma idéia que se mostrou incompatível, que provocou, por parte do ego, uma força de repulsão com a finalidade de defender-se da idéia incompatível. Essa defesa, de fato, foi bem sucedida, as ideias estão somente isoladas da consciência, sendo assim, fundado o campo do inconsciente. Freud em seus estudos fala que o recalque era o operador responsável pela existência de grupos de ideias formadas no consciente, e de que, portanto, ele deveria ser situado como causa divisão da consciência. Para Freud o se define inteiramente pelo recalque, o que levou Freud analisar que as representações de desejo são expulsas do campo da consciência, vindo a inscrever-se no campo do inconsciente, tornando-a inacessível à consciência.

Sobre Terapia Analítica, Freud afirma que o poder de influência que o analista uma aliança estreita entre transferência e sugestão foi apreendida a partir de sua larga experiência clínica e, de forma mais particular, em sua prática com o método da sugestão hipnótica, permitindo-lhe dissecar a relação entre autoridade e sugestão. Freud chega à conclusão que os sintomas não são determinados por uma única lembrança ou uma única ideia ao que acontece com o sujeito, e sim, por um seguimentos de "traumas parciais; entrelaçados entre si. Assim pode-se dizer que certo número de lembranças ou de vários de pensamentos;  encontrava-se um abundante material psíquico, formando uma estrutura relacional com as três formas que Freud nos apresenta o aparelho psíquico como um perfeito arquivo de memória.

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