Desenvolvimento físico

DESENVOLVIMENTO FÍSICO

Podemos afirmar que o desenvolvimento físico é altamente dependente da maturação, embora possa ser influenciado negativa ou positivamente por fatores ambientais. Pg

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MATURAÇÃO – forças biológicas geneticamente programadas que direcionam o crescimento em tamanho, emergência e o controle dos movimentos, integração das impressões sensoriais, possibilidade de sentar, andar, controlar as esfíncteres, segurar um lápis e aparecem na mesma seqüência para todos os indivíduos da espécie.

Ponto de vista INTERACIONISTA – hereditariedade e meio ambiente direcionam o desenvolvimento. Ex. desenvolvimento físico é fortemente dependente do código genético. A criança que traz uma tendência para ser alta ou baixa, gorda ou magra, pode sofrer influências dependendo do tipo de alimentação, prática de esportes, doenças, etc. Mas se a tendência da criança é ser alta, provavelmente será. Com a linguagem o processo é mais complicado, pois também depende do meio ambiente. Ex. não há estímulo que faça uma criança de 6 meses falar. Mas se estiver no timing da maturação e não receber estímulo ambiental, poderá apresentar retardo na aquisição da linguagem. Todos os aspectos do desenvolvimento, FÍSICO, SOCIAL, EMOCIONAL E INTELECTUAL, são interligados e interdependes.

DESENVOLVIMENTO MOTOR - É o resultado da maturação de certos tecidos nervosos, aumento em tamanho e complexidade do SNC, crescimento de ossos e músculos. Surgem espontaneamente desde que a criança possa exercitar-se. Pode ser adiantadas, medianas ou atrasadas, e podem ter como consequências: um reflexo na auto-imagem, nos relacionamentos sociais (entre os iguais) e no mundo que a cerca. Os aspectos do desenvolvimento físico não ocorrem mecanicamente. São vivenciados pela criança e pela família e formam a base do EU CORPORAL. Uma personalidade se constitui a partir de um corpo e do que acontece neste corpo e é apreendido pela pessoa tendo repercussões emocionais.

O conhecimento que a criança vai tendo de seu próprio corpo, à formação de sua imagem corporal e os sentimentos que são despertados por esta ou aquela característica vão desenvolver sua auto imagem. Sendo assim, ao estudar o desenvolvimento físico do bebê, devemos levar em consideração os aspectos intelectuais, emocionais e sociais envolvidos no processo.

Quatro motivos para estudar o desenvolvimento físico 1- Torna possíveis novos comportamentos – há uma sequência complexa de mudanças físicas que por mais imperceptíveis que sejam, são o fundamento necessário da mudança de comportamento. Exemplo: um bebê de 10 meses não pode ser treinado para usar o vaso sanitário, porque os músculos do esfíncter anal ainda não estão totalmente maduros. 2- Determina a experiência – a extensão das capacidades ou habilidades físicas de uma criança pode ter um importante efeito indireto sobre o seu desenvolvimento cognitivo e social, influenciando a variedade de experiências que ela pode ter. Exemplo: um bebê que é capaz de engatinhar, explora mais os ambientes.

3- Afeta as respostas dos outros – novas habilidades físicas modificam as experiências da criança e a maneira pela qual as pessoas que estão a sua volta respondem. Exemplo: um treinador de futebol pode incentivar mais uma criança com boa coordenação ampla (a correr) e uma professora de sala de aula pode valorizar mais um aluno com habilidade motora fina mais desenvolvida a desenhar e escrever. 4- Afeta o autoconceito – características e habilidades físicas têm uma influência significativa sobre o autoconceito ou sobre o senso de auto-eficácia de uma criança. Aquela crença interna de ser capaz de realizar alguma tarefa. Aquilo que a criança escuta dos outros e suas ideias sobre a imagem cultural de um corpo ideal. A escolha das atividades preferidas pela criança, seu comportamento em situações sociais e seu senso de valor podem ser afetados, pela imagem corporal e pelo senso de auto-eficácia física formados no início da infância.