Paciente Na Psicoterapia De Grupo

O PACIENTE NA PSICOTERAPIA DE GRUPO

Neste estudo foi apresentado o desenvolvimento do paciente na psicoterapia de grupo, os fatores que causam mudanças e as especificidades desta modalidade terapêutica. Descreve a forma que o paciente assimila o processo psicoterapêutico e de que maneira participa para o alcance de sua própria melhora.

A psicoterapia de grupo é organizada da seguinte forma: os clientes, sentados em circulo, na presença do terapeuta, apresentam-se pelo nome ou apelido e as regras da terapia são apresentadas. Os participantes são convidados a expor em palavras e discutir suas preocupações, para que o terapeuta e os membros do grupo tomem conhecimento do que se passa com cada um deles. Não há entraves ou censura imposta, as discussões são abertas e sem agenda preestabelecida. Assim o paciente estará envolvido ativamente na terapia assumindo responsabilidade com o grupo e desenvolvendo compreensão tanto consigo quanto com os outros.

Os assuntos falados pelo grupo são confidenciais e os pacientes desenvolvem respeito e confiança, começando a assumir riscos nos temas examinados e na interação estabelecida.

Todos os participantes da psicoterapia de grupo são tratados com respeito e dignidade, independente da idade, do nível socioeconômico e cultural, talento e capacidade individual, pois cada participante é uma rica fonte de experiências, tanto para si próprio, quanto para os demais.

Para participar da terapia é necessário que os participantes tenham disciplina e aceitem as regras, que tenham motivação, e que estar ali seja uma atividade considerada prioritária na sua vida. No inicio da terapia o paciente traz consigo, sua bagagem familiar e social, suas crenças, valores e atitudes e distorções que ocasionam as dificuldades ou comportamento inapropriados.

Os pacientes não compreendem como a terapia irá causar mudanças, e acreditam que o terapeuta resolvera todos os seus problemas. Com o decorrer da terapia passam a entender que eles próprios é que irão assumir papel ativo na sua própria psicoterapia,explorando,analisando, compreendendo e tentando novas soluções para os problemas.

O interesse em mudar deve vir do próprio paciente não apenas de seus familiares. Mas as mudanças podem diferir entre as duas partes, e o paciente é quem irá estabelecer o que é melhor para ele. E ter consciência de que o que necessita ser alterado não são apenas as pessoas ao seu redor, mas também sua própria pessoa e sua maneira de se relacionar consigo mesmo, e com o mundo ao seu redor.

Quando os pacientes se sentem seguros, pois encontra consideração, respeito, sinceridade e empatia da parte dos integrantes do grupo, passam a revelar suas intimidades e seus sentimentos positivos, negativos ou ambivalentes. Com mais abertura para vivenciar diversas situações que se deparem, manifestando suas características pessoais.

Nesse processo alguns analisam cuidadosamente os riscos a que estão sujeitos com a autoexposição, para não se sentirem melindrados ou agredidos como no passado que viveram.

É imprescindível que o grupo participe, pois o paciente ao se auto avaliar, tem a oportunidade de observar seu comportamento, opinião, sentimentos, estado emocional e seus problemas em relação aos demais podendo rever sua identidade.

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