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Encino A Distancia Ead

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Por:   •  10/6/2013  •  1.726 Palavras (7 Páginas)  •  464 Visualizações

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PSICOLOGIA SOCIAL

PROF.º LINDOLFO A. MARTELLI

NAVIRAÍ/MS

2013

HUMILHAÇÃO SOCIAL UM PRECONCEITO A SER DETIDO.

A humilhação social é uma modalidade de angústia disparada provocada pelo impacto traumático da desigualdade das classes e para assim explicá-la e caracterizá-la, utilizamos a investigação marxista de Marx e a psicanálise de Freud.

Entre esses pensamentos desses dois grandes nomes, os pensadores interrogaram-se sobre o livro escrito por Freud, O mal estar na cultura e o livro de Marx O Capital. Duas visões de mundo, um regime de investigação. Podemos dizer que há uma concorrência entre esses dois pensadores, qual ideia escolher?

O mecanismo do homem não pode ser visto como um fato natural, mas sim como fato histórico e intersubjetivo. A humilhação social tem mecanismos econômicos e inconscientes, ou seja, Marx diz que esses mecanismos ocorrem com a mercantilização das relações sociais e Freud com a formação das pressões inconscientes.

Notamos ao longo do artigo, que no mundo de hoje se você não tem dinheiro você não tem representa ninguém para sociedade, por isso muitas vezes julgamos a cultura de certa parte da população sobre a ótica da nossa cultura, pois, muitas vezes a classe do proletariado para sobreviver vende artefatos fabricados por eles que trazem traços concretos da sua cultura, para conseguir manter as necessidades básicas. Essa classe é desprovida, não tem benefícios, Muitas vezes essa humilhação se torna tão grande que acaba provocando no individuo excluído uma indignação que acaba refletindo na sua conduta pessoal.

A desigualdade política sempre aparece em nossa história, desde a época da escravidão até os dias atuais. A classe do proletariado é privada de adquirir certos direitos, o que significa que os filhos dos indivíduos dessa classe vivem uma eterna angustia. O que podemos fazer é cobrar mais politicamente por projetos sociais de distribuição de renda, de maneira controlada, para uma melhoria na condição financeira desse povo tão oprimido.

Percebe-se no artigo lido: A desigualdade e a invisibilidade social na formação da sociedade brasileira, da autora Ava da Silva Carvalho Carneiro, que o objetivo mais importante é analisar a desigualdade social e, sem desvincular a esse estudo, analisar também a invisibilidade social, reunindo ideias dos autores que serão citados abaixo.

Estes temas serão estudados e desenvolvidos por Jessé Souza e Fernando Braga da Costa, na formação e constituição da identidade da sociedade brasileira, os autores irão fazer um intercâmbio, uma interlocução entre a psicologia e sociologia. Esses autores notam e apontam em suas obras que a desigualdade social é um problema ou fenômeno que ocorre na constituição do povo brasileiro. Nota-se também que Roberto da Matta reuniu conceitos como personalismo, o familiarismo e o patrimonialismo ao estudar a sociedade brasileira para explicar o jeito de ser do povo brasileiro.

Ao analisarmos as informações passadas pelo artigo percebemos que a desigualdade social ocorreu e ocorre durante toda a formação da sociedade brasileira, e nota-se ainda que a invisibilidade está presente em todo esse processo, cobrindo papéis importantes nesse processo.

Percebemos por exemplo que o psicólogo Fernando Braga da Costa procurou conhecer adentramente profissões que ofereciam apenas o corpo como instrumento, ferramenta de trabalho; trabalho de profissionais que são excluídos socialmente da sociedade, por ser considerado desqualificado. Ou seja, notamos que a invisibilidade está presente na população nos trabalhos mais precários e porque não dizer nos sem nenhum tipo de valor, pois eles são humilhados, desrespeitados e até mal pagos.

Certamente a desigualdade social ocasiona a invisibilidade social, pois se você é de uma classe subalterna, de poucos recursos, passa necessidades sendo invisível para a sociedade. O sociólogo Jessé Souza apresenta e mostra teorias sólidas para explicar o Brasil e seu povo. Ele diz que não acredita que a realidade das pessoas que são socialmente humilhadas, descrita como verdadeiramente é, possa definir o que é desigualdade e sua origem social.

Quando ele retorna a Florestan Fernandes (a integração do negro na sociedade de classes), ele conclui que mais desejo de raça era tornar-se gente, ser visível aos olhos da sociedade.

Destarte os autores procuram desenvolver estratégias para se lidar com questões sociais tão frequentes em nosso dia a dia, Mas podemos dizer também que a sociologia foi mais a fundo para dar conta do contexto histórico, e a psicologia vai direto aos relatos de seus sujeitos.

A desigualdade social ocorreu, e ocorre durante todo o contexto histórico de formação social do país e consequentemente a invisibilidade social a acompanha. O que devemos fazer é utilizar essas ideias da Psicologia e da Sociologia pra melhorar essas questões.

Fernando Braga da Costa se utiliza de uma psicologia crítica, esta pode ser considerada que tem um compromisso social. Esta criticidade é essencial para que ele ofereça uma visão completa da invisibilidade social e das suas influências na sociedade brasileira. Para tal ele se utiliza de um método de pesquisa antropológico, a etnografia. Inserindo-se entre seus objetos de estudo os garis da USP, procurou acompanhar a rotina destes para poder caracterizar e vivenciar as dificuldades diárias de uma classe desprezada socialmente. Para compreender seu objeto de estudo ela não apenas acompanha e observa seu objeto de estudo, ele se torna um deles. A pesquisa demonstra e relata a humilhação social sofrida na pele pelo autor e pelos garis.

Costa combate a psicologia individualista e se volta para as relações interpessoais e para a comunidade em que vivem, ele também faz uma interlocução com as demais áreas das ciências humanas. Há um compromisso social do autor verdadeiro, pois ele se engaja com o contexto social e busca compreender a realidade deles a todo o momento. Porém, deve se tomar cuidado ao inserir-se dessa forma, pois se corre o risco de voltar-se apenas para um lado da moeda, e defender em demasia apenas uma classe. Costa traz a tona desigualdade que muitos insistem em não ver, e passa a mostrar claramente pessoas esquecidas por muitos, ele sente na pele esse esquecimento.

Jessé Souza conclui que o desejo dos “invisíveis” era ser visto, tornar-se gente, esses sujeitos podem ser definidos como menos-cidadãos, para Sposati (1995), o homem só é reconhecido quando contribui para

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