Estudo das Emoções Pela Visão da Morfofisiologia

Quarenta por cento das ocorrências de doenças cardíacas são justificadas por problemas de hipertensão, hipercolesterolêmica, obesidade e diabetes.

Segundo estudos, no Brasil os homens possuem uma maior disposição para doenças cardíacas, porém o maior número de óbitos em função de doenças cardíacas ocorre entre as mulheres.

Essa diferença de óbito entre os gêneros percentualmente demonstra que as mulheres ultrapassam em 6,40% os homens nesse quesito.

 Alguns dos fatores que influenciam a mortalidade feminina ligados a doenças coronárias são: fatores hormonais, transmissões genéticas, diferenças de estruturas e funcionamento cerebral, e até mesmo fatores psicossociais.

Segundo Favorato e Aldrighi as mulheres coronariopáticas relatavam mais insatisfações com suas vidas, tristezas, e se emocionavam com maior facilidade do que as outras mulheres, que se encontravam dentro do controle.

Os efeitos do estrogênio são relacionados a incidência de doenças arteriais coronárias e aterosclerose.

Os estrogênios estão relacionados à metabolização de serotonina, e dessa forma atua no organismo como um antidepressivo. Isso mostra que durante a menopausa possui-se uma incidência de depressão em função da forma como se apresentam esses hormônios no organismo da mulher.

As emoções estimulam ações que determinam padrões de atividades fisiológicas, auxiliando assim o comportamento adaptativo.

Geralmente as interações sociais que determinam as emoções que irão ocorrer, como serão expressas e quais consequências terão.

A emoção possui duas dimensões: Intensidade e Frequência. A Intensidade: é a força das experiências emocionais. A Frequência: é a percentagem do tempo em que a emoção avaliada predomina sobre as outras.

A Intensidade com que as emoções são expressas provocam diferentes consequências na vida das pessoas, e essas consequências refletem na saúde.

A inibição das emoções durante um determinado tempo já era um grande estresse acumulativo, consequência de um grande esforço psicológico para que essa inibição seja possível.

         Foram criadas seis categorias para classificar de uma forma geral as emoções. Foram elas: raiva, medo, tristeza, alegria, amor e surpresa.

As emoções negativas podem afetar a estabilidade elétrica do coração, como a ansiedade e a depressão.

        Arritmia é ocasionada pela somatório de três condições: a instabilidade elétrica miocárdica, o evento desencadeador ligado ao stress mental, e ao estado psicológico intenso. A ansiedade ainda não foi relacionada com as doenças cardíacas.

         Existem um maior número de estudos sobre emoções negativas do que estudos sobre emoções positivas. A ausência de uma emoção negativa não faz com que necessariamente exista uma emoção positiva no indivíduo. Emoções positivas podem ajudar a reduzir os efeitos do estresse que atua no sistema cardiovascular.

        Estudo realizado para compreender as alterações emocionais que ocorrem no cotidiano de pacientes com monitorização eletrocardiográfica:
Objetivo identificar pacientes em risco de arritmias causadas por emoções através de uma avaliação diagnóstica de rotina como o exame de Holter durante 24 horas.

Objetivos:

-Identificar emoções simultaneamente arritmia

-Verificar a ocorrência da de arritmia semelhantes em sujeitos com relatos emocionais também semelhantes.

Através da observação de escrever e analisar a associação entre as emoções e as atividades relatadas durante o período do exame.
O estudo foi realizado com um grupo constituído por 13 homens e 17 mulheres, com idade entre 48 e 69 anos.

"O aparelho de Holter é utilizado para avaliação de sintomas que podem ser causados por alteração do ritmo cardíaco e a duração de 24 horas é aquela que apresenta melhor relação custo-benefício."

 

         Cada participante recebeu um aparelho e também as orientações necessárias, logo as atividades realizadas no período de 24 horas seriam registradas e indicadas com início e término de cada uma delas. Cada um dos pacientes fez um relatório diário, onde qualquer diferenciação em suas emoções ocorresse seria relatada.

No final das 24:00 o aparelho era retirado do paciente e ele era entrevistado por um médico com o objetivo de obter informações complementares para a pesquisa. Os dados analisados na final da pesquisa foram apenas de momentos em que o paciente permanecia em vigília, logo os momentos em que eles se encontravam dormindo foram excluídos.

        Os resultados emocionais de todos os países que participaram da pesquisa foram organizados em categorias e subcategorias, sendo elas: "emoções positivas (abençoado, alegria, satisfação e segurança), emoções neutras (tranquilidade) e emoções negativas (ansiedade, preocupação, raiva, surpresa e tristeza)."
         A pesquisa então consistiu em conseguir identificar a relação entre as classes de emoções como categorias temáticas dentro de um contexto global do texto.

De acordo com o Exame de Holter, as mulheres apresentam mais arritmias do que os homens, tanto arritmias ventriculares  quanto as arritmias supraventriculares. Sendo interessante destacar que as mulheres tendem a ter o dobro de arritmias supraventriculares do que ventriculares, sendo que esse numero nos homens apresentar um valor quase similar.

De modo que nas mulheres as arritmias ventriculares se apresentam mais em períodos da manhã, quando estão a fazer algumas atividades laborais de casa, e também podem apresentar na parte da noite, quando se subestima que esteja sonhando, como os emocionais são acumulados durante a parte do dia, essas preocupações podem vir através de sonhos de forte conteúdo emocional, podendo contribuir para uma arritmia.

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